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Cotovia e Companhia

Olá Pessoas! Bem-vindas a este blogue onde (m)anda, esvoaçando, a Cotovia🐦! "Nascemos poetas, só é preciso lembrá-lo... Saber é quase tudo. Sentir é o Mundo." Mafalda Carmona

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Cotovia e Companhia

31
Out20

De Chanel a Candy Man...

Dia #8/100


Cotovia (MC)

...ou a beleza da fealdade...ou como os nossos "monsters" estão sempre tão atentos...

Afinal o "glamourouso" bordado na camisola revelou mais a inspiração deste dia 31, quando pela noitinha, o halloween terá lugar, se bem que entenda pouco destas festividades, tal como os meus queridos anglicismos, coisas importadas. Por isso, e como poderão verificar pelas fotos, bordei um motivo aberto a várias interpretações, mas para mim é um Candy Man, entre assustador e fofo. Provavelmente um momento de desvario criativo, aparentemente como reação voluntária ao plágio.

Assim, mesmo se num caso aparentemente insignificante, está revelada a minha falta de vocação para fazer cópias, e esta falta de adesão à cópia, provavelmente foi o fio condutor da minha acção enquanto profissional, mãe e educadora. 

Não copiar, significa não estragar o que é único em cada lugar, ser humano, ou princípio apenas para o moldar na forma de uma coisa ou pessoa pré-existente, a uma mera cópia, em substituição do original.

Mesmo se diferente do meu "gostar", mesmo se para alguns "inaceitável", mesmo se revelar um percurso "difícil" ou ficar fora dos 99%. Porque no original, no  único, está o caminho para, embora acompanhado dos "monsters", se ter uma hipótese de se viver ou criar algo realmente significante.

Considero isso a forma de mostrar o meu respeito pelo outro, pelo lugar, pelo mundo, e o modo de contribuir para dar a cada uma das pessoas, dos lugares e coisas, a possibilidade de serem eles mesmos, na sua individualidade e de nessa individualidade se descobrir os erros e acertos, corrigir as rotas de vida e de raciocínio criativo para se chegar a uma linguagem e expressão únicas.

E, aceitar esta unicidade, é aceitar os "monsters" que vivem dentro de nós, é aceitar a beleza do imperfeito, e mesmo de uma certa dose de fealdade.

Atenção, não são os monstros tipo Anibal do "silêncio dos inocentes", ou similares, pois esses são casos para outro tipo de abordagem como já esclareci aqui. São os monsters presentes quer nas nossas obsessões como nas barreiras auto-impostas. São aqueles monsters a enfrentar e vencer numa luta justa, e porventura infindável, pois apenas destas lutas irão sair os "prémios" ou recompensas para nos ajudar a completar esse percurso único.

P.S.: No campo da individualidade, a filha S. não vê Candy Man nenhum no bordado, mas antes duas pessoas abraçadas e pequenos corações de amor em redor, já a filha R. desatou a rir quando revelei o resultado final, sei lá eu o porquê... 

 

30
Out20

De Cotovia e Companhia, a Claudia Schiffer...

Dia #7/100


Cotovia (MC)


...ou como as restrições podem, tão facilmente e com a dose certa de engenho, transformar-se noutras coisas...

Pelo menos essa é a expectativa da atividade criativa para este fim de semana que abarca o dia 1 de novembro, feriado de todos os Santos, dia de celebração religiosa, e também o dia de celebrar o meu nascimento, ocorrido na freguesia de Alfama, no número 13 de uma morada com nome de santo.

Esta intervenção dos santos, segundo algumas pessoas (não digo quais por causa desta coisa da protecção de dados) terá sido crucial para o meu feitio, digamos, exigente, não ser ainda mais... exigente e transformar-se noutra coisa... talvez mais apropriada para ser festejada no dia de halloween.

Sendo que, sinceramente faço nem ideia de onde isso veio, pois sou muito fofa e inofensiva na maior parte do tempo, segundo a minha própria pessoa.

Aliás, pelo exemplo apresentado na fotografia já em baixo deste parágrafo, as minhas atividades, no seu mais subversivo, limitam-se a almejar dar a esta Cotovia um pouco do "glamour" de Claudia Schiffer, surrupiando*, perdão, inspirando-me, num modelito da Star Claudia, para "costumizar" uma das camisolas de lã "démodés" do armário da roupa, onde suspeito, ocorreram ao local para uma convenção de camisolas e camisolões e lá ficaram em estado de "ocupas" desde o ano 2000, o que não é de estranhar pois estou sempre a tentar reciclar e fico em êxtase quando alguém elogia qualquer roupa e digo: "-Ah?! Esta? Tem 20 anos. Muito linda, não é?"

Ora então chega a hora de vos apresentar "O" modelito para costumizar e com o qual tenho a pretensão de ser, só um bocadinho, criativa pois na verdade estou a arrebarbatar* uma ideia da Chanel:

Claudia.jpg

 

Assim, está feita a introdução da temática arrebarbatações*.

Posto isto, esta é uma 6ª feira sem concelho-deslocações*, medida em vigor por Resolução de Conselho de Ministros (n.º 89-A/2020) desde a meia noite de hoje, dia 30 de outubro e até dia 3 de novembro.

Ou seja, antes disto já me tinham tirado o feriado no meu aniversário como feriado, agora deixam-no a meio caminho porque existe, mas não existe, mas existe, nem sei bem no que ficamos e acho que não sou a única a não saber.

Coisa esdrúxula, e apesar de, ou sobretudo para, não concordar com o Sr. mal aventurado A.V., aceito esta medida como necessária, e presto detalhada atenção naquilo que as alíneas a) a n) estabelecem como exceções:

de a n.JPG

Mas, apesar disso estas exeções, noto, e vocês deviam notar também, são descritas como restrições.

As restrições sempre me fizeram confusão, porque são condições, e sendo condições, para mim, existe uma certa negociação. Dou um exemplo: "Podes comer a sobremesa se terminares a refeição principal toda antes disso..." Portanto nesta situação da Resolução também se passa algo parecido, ou passou, suponho, quando não se cumpriram as recomendações anteriores, e provavelmente a continuação do incumprimento poderá levar a um desfecho ao estilo : " Ok, então vais para o "recolher obrigatório" e ficas sem sobremesa por uns 15 dias".

Mas isso sou só eu a divagar e continuo a dizer que não sou ninguém para contestar a medida, nem tenho intensão de incumprir.

Mas, apesar disso a frase "restrições por Resolução de Conselho de Ministros" faz-me sentir um discreto arrepio na base dos 7 chakras, além de me recordar de uma das primeiras passagens do diário de Anne Frank:

cada vez saíam mais decretos... Toda a nossa vida estava sujeita a enorme pressão. Jopie dizia a cada passo: "Já nem tenho coragem para fazer seja o que for porque tenho sempre medo de fazer qualquer coisa que seja proibida".

P.S.: As palavras assinaladas com * são inexistentes em português, no entanto a "família" Cotovia e Companhia reconhece a sua existência e significado.

P.S.2: Para além das palavras inexistentes, também têm lugar nestas escritas da Cotovia, quer os anglicismos como os galicismos, não lhes resisto, porque os usamos na linguagem corrente, dita social, muitas vezes acompanhados de uma alteração no tom de voz, que empresta, no meu entender, um colorido pitoresco... "Et voilá", talvez esteja a testar a vossa resistência a fazerem um comentário, nem que seja contra os galos ou os anglos, ou o que acharem por bem, senão isto é um "laisser-faire" que nem se aguenta, e o corretor, mais suas linhas sublinhadoras a vermelho, fala mais que vós pessoas!

 

29
Out20

"Kaizen" e a boa mudança ou o bom bandido…

Dia #4/100


Cotovia (MC)

Este será, talvez, o terceiro monólogo da Cotovia dedicado a uma filosofia japonesa associado a uma palavra, desta vez “kaizen”.

Colocado de uma forma simplificada, Kaizen é a palavra japonesa de “melhoria” ou “mudança para melhor” e a sua prática baseia-se na crença de que a melhoria constante é possível, sob o mote: ‘Hoje melhor do que ontem, amanhã melhor do que hoje!’

Lembro-me de outra abordagem semelhante do sábio Confúsio: “Transporta um punhado de terra todos os dias e farás uma montanha”, que no caso também nos remete para o facto de ser mais fácil de mudar de lugar um grão, que uma montanha inteira, em paralelismo para ser mais fácil, em principio e teoria, mudarmo-nos a nós mesmos em vez de querermos mudar o outro.

Da teoria à prática vai alguma distância, mas esta filosofia kaizen pode ser uma ferramenta útil para a mudança, onde a única regra para alcançarmos os objetivos é fazer um incremento de 1% em relação ao dia anterior.

method-kaizen.jpg

 

Também li ou ouvi em algum lado, e sinceramente não posso indicar quem é o autor, uma recomendação relativamente útil:

“Live your life as if you where composing it, and made it a meaningful one, or at least an interesting one.” (autor desconhecido)

Parece simples e de certa forma um desafio que contenha 100 dias, em teoria, irá mudar a nossa vida 100%. Como?

“podemos usá-lo para aprender algo novo Aproveitar os blocos de tempo, que podem ter a duração que estipularem, para aprender aquela técnica que desejam dominar. Fazer a formação que nunca parecem ter tempo para encaixar. Escrever aquele poema que nunca parece querer aparecer numa página. Ou, aprofundar as técnicas de escrita.” Em https://blog.sarafarinha.com/2020/04/11/the-100-day-project/

E porquê o bom bandido?

Porque está mais ou menos estabelecido a necessidade de ter  bons bandidos nas nossas vidas para as animarmos de um pouquinho de “sei-lá”, “je ne sais quoi” e por ai indo…

Se temos de ter um vício, antes seja um que nos dê a sensação de missão, dever cumprido, objetivo e foco.

Este momento criativo depende da vontade, e se, mesmo quando a vida e o mundo à nossa volta está mergulhado numa tormenta de tal forma violenta, a meter água por todos os lados, ainda assim arranjarmos energia e conseguirmos cumprir com este compromisso, mesmo se tarde, mesmo se cansados ou desanimados, é um passo, mesmo se pequeno, para a tal vida interessante.

E cá entre nós, Pessoas, uma pequenina vitória... Kaisen!

28
Out20

Penélope ou porque se tece a História…

Dia #5/100


Cotovia (MC)

… e os tapetes... ou como manter a sanidade mental através da criatividade, o objetivo destas escritas diárias, as quais, obrigatoriamente correspondem a alguma coisa de concreto, que não passe por sentar e chorar.


Neste dia, em que o uso de máscara na rua passa a ser obrigatório, decido retomar a tarefa hercúlea (já que falamos de mitologia) de bordar um tapete.

Em relação ao uso da máscara, tenho a dizer ser uma medida com a qual estou plenamente de acordo, assim como em relação às restrições de circulação, com as quais também concordo, lembram-se? ...sou da vertente #ficaremcasa, quer pelos motivos de segurança comuns a todos nós, mas sobretudo pela gravidade do crescente número de pessoas infetadas e vítimas, pelos que estão doentes ou hospitalizados e por respeito às suas famílias.

E, perante toda a gravidade fico inibida com a subjectividade do exercício da criatividade, mas estou comprometida com esta tarefa dos 100 dias, por isso vou mesmo continuar.

Assim, dizia eu, a atividade criativa de hoje, ou melhor, a partir de hoje à noite, será a continuação da execução de um tapete de arraiolos, que não sei precisar quando teve início, mas se for muito relevante para vós 7 pessoas, digam, e vou voando tentar descobrir essa informação.

De qualquer modo partilho aqui a foto para verem quais os meus motivos de inspiração, para quando terminado, atapetar a entrada do ninho.

tapete.jpg

Atividade a ser desenvolvida de noite, não por se ver melhor pois isso estará reservado para a coruja, o mocho ou o morcego, mas apenas porque no resto do tempo existem outros compromissos, os genericamente chamados “sérios”, e o preconceito é dificílimo de ultrapassar quando se tem uma atividade exclusivamente criativa, e deixamos de ser pessoas sérias passando a ser pessoas a brincar, até na nossa auto-avaliação, e lutar contra o covid e o preconceito num 2 em 1 não dá para mim neste momento, por isso este tema fica para outra altura.

Brincadeiras à parte, até porque neste quesito estou de acordo com o secretário geral no "não achar graça", chegamos ao título do post de hoje em mix de mitologia grega, histórias e tapetes: "Penélope ou porque se tece a história... (e tapetes)."

Assim, começando pela mitologia, sinto-me uma verdadeira Penélope, mas a aguardar o regresso da vida pré-covid, enquanto faço tapetes de arraiolos para medir o tempo, apreensiva pelo anúncio das medidas destinadas a conter a segunda vaga da pandemia.

mitos.JPG

Estas não me afetam pelas restrições, afetam-me porque atestam a chegada da segunda vaga, e, fico a matutar se realmente tudo o que poderia ter sido feito para enfrentar esta, dizem, inevitabilidade, foi mesmo feito, programado, antecipado, corrigido de acordo com os dados disponíveis da primeira vaga?

Mito ou realidade, as notícias diárias não estão a ajudar-me a entender as relações humanas nem a entender o mundo, aliás, considero-me cada vez mais desinformada neste momento crucial da História, não da história da Penélope, ou da minha, mas da História da Humanidade. (*)

Não me tira do estado de apreensão nem as noticias, nem mesmo lembrar o papel fundamental do sedentarismo para impulsionar o desenvolvimento da humanidade, o surgimento da agricultura e, eventualmente o aparecimento das cidades e da sociedade tal como a conhecemos hoje.

Mas parece razoavel aceitar que este novo estadio de sedentarismo "isolacionista", individualista, vai influir na história da humanidade, vai alterar os genes, alterar a vida. Como? Ainda não sabemos, mas o que sabemos é que teremos de nos adaptar.

P.S. (*): Para ficarem mesmo a saber tudo sobre mitos e mitologia sigam o link

https://www.mitologia.pt/

P.S.: Quando isto tudo acabar, em bem, como dizem os arco-irís da esperança, publico uma fotografia atualizada do tapete.

P.S.2: Também percebi que estou a interpretar de forma radicalmente livre o enunciado original dos 100 dias criativos, pois escuso-me de fazer uma série de coisas para obedecer ao mesmo, nomeadamente a publicação no instagram dos meus progressos, documentados. A seu tempo poderei fazer essa reflexão. Por agora um efeito têm tido estas minhas escritas e relatos de atividades: o tempo parece estar a um ritmo mais sereno e tenho conseguido organizar-me,  organizar melhor os dias e terminar mais tarefas. Vamos vendo como corre, por enquanto, so far so good!

  

 

 

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