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{Cotovia} e Companhia

Olá Pessoas! Bem-vindas ao blogue da Cotovia onde (m)ando {cotovia}ando! Sigam a cor deste vôo: "Nascemos poetas, só é preciso lembrá-lo. Saber é quase tudo. Sentir é o Mundo." @mafalda.carmona

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{Cotovia} e Companhia

11
Abr23

Há Mar e Mar...

Poesia {@mafalda.carmona}


Cotovia@mafalda.carmona

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*... há ir e há voltar...

  • ou porque neste grande mar das palavras todos somos pescadores...ou porque é mais fácil fazer chorar do que fazer rir, mas o caminho da alegria está livre e o do pranto cheio de pedras, porque nem chorar nem rir tiram da frente a vontade de aprender a nadar nas ondas deste mar...ou ainda a propósito de aprender a navegar nas correntes deste oceano da imensidão da poesia, aqui deixo a minha pescaria deste dia, nesta minha vida de Cotovia:

 

Viagem

 

Tivera nascido h'je, e era poeta.

Ess'outra, sem marcas do passado,

Seguiria por caminho atapetado,

Longe do fado d'escrita pateta.

 

Mas aturdida e d'sassossegada,

Não percebe o tónico som da viagem,

O seu fim é o destino da vã miragem,

E o seu descompasso 'ma grande piada.

 

Com esperança e força de vontade,

Segue em frente com desvelo e paixão,

Nos braços da partilha e d'amizade.

 

Olh'á poesia escrita nas estrelas,

Estuda rima e divisão à exaustão,

Sonha com perfeições, vive sem elas.

 

Mafalda Carmona (11/04/23)

10
Abr23

Música...


Cotovia@mafalda.carmona

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Ou a música no coração da vida do dia a dia

 

  • O Fado das coisas banais que pensamos ser individuais, mas fazem parte da vida de muitas Pessoas. Episódios acompanhados por uma música, um tema, uma composição, que os marca, ou nos marca, ou mesmo o ambiente musical do sítio onde nascemos, do Fado de Alfama e Mouraria, mas não exclusivamente, ao Cante de Beja e Serpa, mas não exclusivamente, são exemplos de como o individual se torna universal, através do caminho que leva do individualismo para um humanismo global.

Assim teremos aquela que é a primeira música de que nos recordamos, a música ou as músicas preferidas, muitas vezes essenciais para nos ajudar a viver, a resistir, a reparar alguma coisa, talvez porque quem canta seus males espanta, e ouvir outros a cantar terá o efeito de nos encantar. Será a derradeira expressão da liberdade.

E, também, de nada a tudo, mede o grau de liberdade de um regime político.

Por ventura será a mais pessoal e individual expressão da liberdade. Sob a égide do direito de opção, e do "gosto não se discute", cada um é livre de gostar da música que entender, da clássica ao hard, heavy, punk metal, e mesmo quem goste da música pela sua ausência, o silêncio, essa também é uma opção, que pode, se utilizada em formato de ativismo, cantar mais alto do que Amália ou Celeste Rodrigues.

Tudo acontece na esfera da privacidade, apesar de estar sob a proteção de uma maioria de grupo, e assim é possível, sem que isso seja contestado como certo ou errado, dizer que se gosta de Vivaldi a Ana Moura, de U2 a Amor Electro, de ABBA a Mónica Sintra, de Rolling Stones aos Quatro e Meia, de Carlos do Carmo a Beatles, do Haka aos Duos Sertanejos, da música Country aos Blues.

Como em tudo, podemos divulgar, dar a conhecer, dizer o porquê de gostarmos, podemos louvar as virtudes de determinado músico, grupo, compositor ou cantautor. Mas não valerá a pena, nem faz sentido, querer obrigar um povo a gostar de um determinado género, música, autor, cantor ou cantora, numa tentativa de romanização fora de época. 

Também é, tantas vezes, motivo de divergência entre as gerações, e tanto pode ser um elo de ligação nuns, como um motivo de desentendimento noutros. E, no entanto, é um tema para gerar comunicação, assim se queira conhecer ou partilhar, para perante todas as opções disponíveis, cada um escolher a que preferir.

Extraordinário é que, como a maioria das áreas do conhecimento, se pode cultivar o gosto pela música.

E, o que é mais fantástico, ajuda a exteriorizar através da paixão musical, a paixão pela vida, uma paixão que renova a vontade, fortalece a saúde, proporciona alegria, e entre outras coisas, estimula a memória, quer pelas recordações a que está associada, como pela memorização das letras de nossa predileção.

E julgo que estarei certa se disser que a paixão é compatível com a paz. Podemos pensar nas canções de Abril, que rimam com liberdade, democracia, e educação, que me faz recordar Zeca Afonso.

"No céu cinzento sob o astro mudo

Batendo as asas pela noite calada

Vêm em bandos com pés veludo

Chupar o sangue fresco da manada

 

Eles comem tudo, eles comem tudo

Eles comem tudo e não deixam nada

Eles comem tudo, eles comem tudo

Eles comem tudo e não deixam nada

 

Se alguém se engana com seu ar sisudo

E lhes franqueia as portas à chegada(...)"

Ou como a difundida mundialmente "Bella Ciao" através da série "Casa de Papel" revela momentos na história de um povo, que com a música sai à rua, nas palavras dos direitos e da justiça social, com um papel ativo na mudança.

"(...) E se eu morrer como resistente

Tu deves sepultar-me

E sepultar-me na montanha

Minha querida, adeus, minha querida, adeus, minha querida, adeus! Adeus! Adeus!

E sepultar-me na montanha

Sob a sombra de uma linda flor

E as pessoas que passarem

Minha querida, adeus, minha querida, adeus, minha querida, adeus! Adeus! Adeus!

E as pessoas que passarem

Irão dizer-me: «Que flor tão linda!»

É esta a flor do homem da Resistência

Minha querida, adeus, minha querida, adeus, minha querida, adeus! Adeus! Adeus!

É esta a flor do homem da Resistência

Que morreu pela liberdade."

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Assim, como conclusão, tudo aquilo que escolhemos, é reflexo ativo da Pessoa que somos, do clube desportivo à modalidade, do estilo à música, e, mesmo não querendo, somos expressão de um grupo mais alargado, que eventualmente, tendo noção de si mesmo, se poderá tornar um movimento e influenciar a um nível mais geral a sociedade onde vivemos.

Transformada na expressão de um povo, estranho é ser ignorada pela esfera governamental.

Negar a canção que se está a formar de muitos numa só voz, não irá silenciá-la. Porque neste caso não se trata de ruído, trata-se de uma onda de música, uma música com uma letra que não é necessário entender, nem saber cantar ou tocar um instrumento, basta sentir.

Um sentimento que está a crescer e a chegar a 10 milhões para chegar a mais um.

O primeiro.

José Saramago, na sua escrita, aborda a importância da música como forma de resistência e liberdade, e escreve:

"A música é o meio mais eficaz de comunicação no mundo inteiro. E não só comunicação, é também resistência, é também rebeldia, é também subversão. Em todas as épocas e lugares do mundo, a música esteve presente nas lutas contra a opressão, na reivindicação da liberdade, na afirmação da dignidade humana".

(...) Podemos então dizer que somos livres, com a paz e o sorriso de quem se reconhece e viajou à roda do mundo infatigável, porque mordeu a alma até aos... ossos dela. (...) Cada um de nós é por enquanto a vida. Isso nos baste."

Sejamos vida.

06
Abr23

Lobo Mau


Cotovia@mafalda.carmona

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 Fábula do Lobo Mau

 

  • Ou qual o sentido desta fábula, que de fabulosa não tem absolutamente nada, senão pelo fabuloso contra senso de decisões, dos intervenientes nesta história que pode levar a muita história de má memória. Porque o contexto atual, com os intervenientes Europa e R.P.C., que simplificamos, para China, esquecendo a história da República Popular, lembrou-me da história do lobo Mau e dos 3 porquinhos. (Embora estejamos na quadra do cordeiro, mas também poderia ser esta uma história de sacrifício, neste caso do individualismo das nações para um bem maior, mas já lá vamos).

Porquê? Porque quando se faz uma casa de palha, tem de se fazer um acordo com o lobo mau e ficar dependente da sua vontade de cumprir ou não o acordo...ora como o lobo mau não consegue negar a sua natureza, aliás as diferentes espécies não negam a sua natureza, em algum momento este Lobo vai lembrar de quem é lobo... E de quem tem casa de palha. 

Por mais acordos que existam, a natureza ganha sempre, já o génio Albert, Einstein, o disse e muitos outros o estão a dizer, desde logo através da classificação desta Era como a do Antropoceno, que eventualmente culminará na previsão de Einstein sobre o destino da humanidade.

Isto para dizer que a Europa deveria construir uma casa de tijolo e pedra, a única forma de se defender de todos os lobos maus e em segurança social e prosperidade financeira cantar:

"-Quem tem medo do lobo mau do lobo mau? Hahaha" 

A palavra em pauta é "União", pois se objetivamente a Europa não quer estar na mão de quem a quiser, desde a Rússia, a Ásia aos EUA, e estar na eminência de ficar ao sabor dessas grandes e gigantes placas tectónicas da política e finança, a viver no terror de elas se começarem a movimentar, e como se costuma dizer colocar a Europa numa situação insustentável, entre a espada e a parede, tem de conseguir essa União.

Estrategicamente, não é necessário ser Alexandre o Grande para olhar para o Mapa Mundo e perceber que a Europa está a ficar encurralada entre Este e Oeste, com a ameaça da Rússia a Nordeste, ou a este, pela invasão do Sul da Ucrânia, seguindo pela Moldávia e Roménia, basta olhar para o mapa.

E na natureza, como nada de novo vem, permanecerá o sol nascente e o sol poente bem como os ventos gélidos e destrutivos no nordeste russo, o que é preocupante, pois sabemos que o destino dos mais fracos, infelizmente, é não serem respeitados pelos mais fortes, sobretudo quando a história reza guerras como resultado de acordos tão bem engendrados como o bem intencionado entre a Rússia, a Inglaterra e os EUA com a Ucrânia.

Concluindo com uma questão:

Para quando uma União europeia real e concreta que permita a esta Europa construir uma casa de tijolo e pedra, com boas fundações, telhado,  e, lá dentro, acolher os países e os seus cidadãos europeus , para que possam viver a salvo, em Paz, Democracia e Prosperidade?

E sim, sou europeísta

Porque a União faz a Força.

Mafalda Carmona.

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03
Abr23

Vitória

Poema {@mafalda.carmona}


Cotovia@mafalda.carmona

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Vitória

Se eu tivesse nascido ontem,

Porventura não seria eu, seria outra.

Far-me-ia anunciar como pesada Patorra.

Assim sou leve, vou devagar e com cautela.

Medindo o terreno, ocultando o caminho,

Iludindo os sinais que levam ao ninho.

Marco passo na alegre madrugada,

Visto a pele da singela Cotovia.

 

Se em voo rasante escutaste o grito,

Foi porque no chão escavaste vil artifício.

A coberto da noite engendraste torpe canção, 

E pela manhã te encontrei em tão fútil traição. 

Quem de baixo me quis enganar ficará aflito,

E quem do alto me amar, irá voar comigo,

 Será até às estrelas que te darei abrigo.

Com lealdade te chamo meu amigo.

 

Venho de cima, tenho um presente,

De um passado livre que é recente.

Que desconheces, é a Fraternidade.

 

Se quando olhas para ti não a sentes,  

É chegado o tempo do teu chamado:

Abraça a vida, o céu, e a boa vontade.

 

Perdeste a guerra, ganhou a verdade. 

Estás condenado à partilha da felicidade,

Lembra-te do meu nome, é Liberdade.

 

Mafalda Carmona 03.03.23

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{Cotovia} em Colectânea

Sinopse A Coletânea “ERA UMA VEZ…ALENTEJO” é uma obra que inclui poemas, fotografias, ou obras artísticas originais cujo tema e foco principal seja o Alentejo, e está abrangida no projeto europeu “Antologias Digitais”. Tendo a cidade de Évora sido recentemente nomeada Capital Europeia da Cultura 2027, faz todo o sentido homenagear não só a cidade como também toda a beleza circundante e riqueza cultural da região, e observar as maneiras como estas inspiram as pessoas de vários pontos do globo. Autor: Vários Formato: pdf Edição: 08.05.2023 Ilustração capa e contracapa: Ana Rosado; Vítor Pisco Editora Recanto das LetrasBaixar e-book

{Cotovia} em Antologia

Sinopse Aquilo que temos vindo a testemunhar desde 20 de fevereiro de 2022, provoca em nós sentimentos complexos, melhor expressados através da arte. Esta antologia recolhe estes sentimentos, e distribui-os para quem neles se reconforta e revê. Para o povo ucraniano, fica a mensagem de acolhimento, não só em tempos de crise, mas sempre. Porque é difícil expressar a empatia por palavras, mas aqui fica uma tentativa, por 32 autores, nacionais e internacionais. Autor: Instituto Cultural de Évora Formato: pdf Edição: 14.08.2023 Ilustração capa e contracapa: Ana Rosado Editora Recanto das Letras

{Apoio à Vítima}

A APAV tem como missão apoiar as vítimas de crime, suas famílias e amigos, prestando-lhes serviços de qualidade, gratuitos e confidenciais. É uma organização sem fins lucrativos e de voluntariado, que apoia, de forma qualificada e humanizada, vítimas de crimes através da sua Rede Nacional de Gabinetes de Apoio à Vítima e da sua Linha de Apoio à Vítima – 116 006 (dias úteis: 09h – 21h). Aquando de um crime, muitas pessoas, para além da vítima directa, serão afectadas directa ou indirectamente pelo crime, tais como familiares, amigos, colegas. A APAV existe para apoiar. Os serviços da APAV são GRATUITOS e CONFIDENCIAIS.

{Notícias Sobre a Ucrânia}

A UE condena com a maior veemência a agressão militar não provocada e injustificada da Rússia contra a Ucrânia. Trata-se de uma violação flagrante do direito internacional, incluindo a Carta das Nações Unidas. Apelamos à Rússia para que cesse imediata e incondicionalmente todas as hostilidades, retire o seu pessoal militar e equipamento de todo o território da Ucrânia, no pleno respeito pela soberania, independência e integridade territorial da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas. A UE apoia os princípios e objetivos fundamentais da fórmula de paz da Ucrânia enquanto via legítima e credível rumo a uma paz global, justa e duradoura.
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