Eleições II
{considerações pessoais e desafio 1foto1texto}
Cotovia@mafalda.carmona
(*)
E se...fosses um voto?
{Desafio 1foto1texto nº.21}
Olá, Pessoas! Novamente, eleições? Perguntais vós, e podeis perguntar. Eu vou respondendo que sim e não, pois até certo ponto há muita coisa, mesmo muita, que, podendo não se apresentar como política, o é.
Assim, permitam-me contar um episódio entre mim e o meu neto: fui injusta na minha avaliação e acusei-o de ter atirado com um pedaço enorme de plasticina, daquela meia peganhenta, para cima do meu Timy cão, que, até essa altura, estava sossegado na sua almofada tamanho XXL. Ora, podem antever o resultado; aquilo ficou agarrado ao pelo do meu mal disposto cão, que de sossegado passou a zangado. Quando eu olhei, e vi o neto mais velho (5 anos) a tentar arrancar a plasticina, avaliei mal e não percebi que estava a tentar resolver a situação. Injustamente, acusei a diligente criança de ser culpado por tudo, e por não ter ouvido as minhas recomendações para manter a plasticina e as actividades de expressão plástica-artística limitadas ao espaço da mesa "deles". Lá, tudo está preparado com as formas, rolos e moldes, além de um pano para evitar que a plasticina se espalhe por toda a casa e tapetes. O neto, parecendo um pequeno Dreyfus, olha para mim com muita calma e diz: "Foi o mano que atirou - é verdade, o neto mais novo arremessa tudo pelos ares e passa grande parte do tempo a correr pela casa gritando bola, bola...parece um pequenino mínimo, na verdade (2 anos) se no futuro for atleta de arremesso de disco não ficarei surpreendida - e eu estava a tirar." Perante isso, pedi desculpa, -ajudou o mais pequeno quando questionado se tinha sido ele, ter confirmado com um "tim"- disse-lhe que tinha avaliado mal e sido muito injusta, que deveria ter perguntado em vez de assumir que sabia o que se passara. Mais ainda, que estava muito penalizada, pois ele estava a tentar resolver a situação e a arcar com consequências, quando nem tinha sido ele o causador da "desgraça", e que talvez até eu devesse ser repreendida pelos meus maus comportamentos (uma espécie de medidas para me sancionar). Ao que me responde, "Devias sim, avó!" E eu, "Pronto, ok e o que vamos fazer agora? Mereço uma reprimenda (acho que usamos a palavra repreensão)? Não, não precisa, vou dar-te um abracinho." E pronto, podia ser pior, como ter de ir fazer um bolo mármore ou de iogurte, ou ir jogar futebol com eles, no que sou péssima.
Agora, na parte da política, e nomeadamente da geopolítica, deixo ao vosso critério transportarem esta situação para o nosso mundo actual, a debater-se em guerras várias, mas que, talvez, tenham todas a mesma origem.
E que, talvez, parte do que podemos fazer é zelar pela liberdade e democracia.
Entre outros mecanismos, as eleições são o momento de os cidadãos se manifestarem sobre que futuro querem. Um futuro que tem contornos, sonhos e medidas concretas que queremos ver implementadas. Por exemplo, políticas de educação que vão moldar o futuro das gerações vindouras, ou a decisão de apoio a políticas ambientais que determinarão se teremos um planeta global saudável ou em declínio. Para isso, há o programa dos partidos, um conjunto de medidas e propostas. Algum existirá mais próximo daquilo em que acreditamos ser a nossa perspectiva para a nossa vida e dos que nos rodeiam, do nosso país e governação. Porque a igualdade e fraternidade não são transversais, nem um dado adquirido; é necessária a sua manutenção. Cuidar do nosso jardim, o tal que poderemos ajudar a plantar para se juntar ao do nosso vizinho e ao dele, numa cadeia comunitária, passa por participar. Sem participação, o jardim definha, seja o comunitário, o individual, até o jardim global, que é a natureza.
Assim, dia 10 de Março, votemos!
Boa sexta-feira para todas vós, Pessoas! Bom fim-de-semana!
(*)P.S. Para vós, Pessoas, que no fim do post estais a perguntar a vós mesmas como a fotografia que acompanha o texto está relacionada com o mesmo, e com as eleições, posso dizer que é como o início deste postal, sou eu e não sou eu.
Então, a imagem em questão faz parte de um exercício poético no qual tive de dar corpo e texto para representar a expressão da minha voz poética. O texto é o mote do blogue da Cotovia (de minha autoria, tento fazer tudo com a prata da casa, assim não estou em incumprimento com o direito de autor): "Nascemos Poetas, só é preciso lembrá-lo. Saber é quase tudo, sentir é o Mundo". No caso da imagem que me representa (suponho que poderia ter sido qualquer uma, não haveria necessidade de ser tão linear) foi feita com recurso a IA, de modo a responder a uma pergunta-desafio: "Dê um nome e uma imagem para caracterizar a sua voz poética (ou artística) , tendo em mente que essa imagem irá valorizar a sua escrita, bem como determinar aquilo que terá a dizer-lhe quando critica. (Tradução mais ou menos livre do original, como costume, não sou muito rigorosa nisto, o que importa é o espírito da coisa) :"Give your poetic voice a name and image, a character, having in mind that the image empowers you as a writer, and what it does say to you when it is critical".
Este exercício é feito com o intuito de nos chamar a atenção sobre a importância que tem a imagem, sobretudo a imagem que temos de nós mesmos, e o quão importante é para nos ajudar a atingir os objectivos, ou para os obstaculizar, nomeadamente quando é essa voz critica que nos norteia, ou desnorteia, no caminho que traçamos para a nossa vida, o nosso bem estar e a possibilidade de podermos desenvolver o nosso potencial.
Por fim, mas muito importante, na fotografia aqui apresentada, tal como na política, o que parece bom demais para ser verdade, geralmente... não é verdade, ou é uma meia-verdade. Por isso conhecer o que está em causa é a única forma de distinguir a verdade, e por isso é importante conhecer, realmente, os programas e os partidos, para se poder votar em consciência.
P.S.2 Para saberem mais sobre o desafio 1foto1texto, aqui fica a ligação para o blogue da Isabel , o "Pessoas e Coisas da Vida".
Para verem os desafios anteriores da Cotovia:
E se... chovessem arco-íris? #1
E se... o mar fosse de tecido? #2
E se... a divisão não existisse?#4
E se... fossemos sempre crianças?#6
E se... a palavra tivesse dono?#9
E se... o Céu fosse uma prisão?#11
E se... fosses gato abandonado?#12
E se... a Vida fosse um jogo?#13
E se... a Alma for roubada?#14
E se... a Poesia fosse um jardim?#15
Bom dia de sexta-feira, e um excelente fim-de-semana para todo(a)s!
Saúde, Paz e... Viva a Liberdade, a Poesia!