Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

{Cotovia} e Companhia

Olá Pessoas! Bem-vindas ao blogue da Cotovia onde (m)ando {cotovia}ando! Sigam a cor deste vôo: "Nascemos poetas, só é preciso lembrá-lo. Saber é quase tudo. Sentir é o Mundo." @mafalda.carmona

Olá Pessoas! Bem-vindas ao blogue da Cotovia onde (m)ando {cotovia}ando! Sigam a cor deste vôo: "Nascemos poetas, só é preciso lembrá-lo. Saber é quase tudo. Sentir é o Mundo." @mafalda.carmona

{Cotovia} e Companhia

29
Nov24

Palavras Bordadas


Cotovia@mafalda.carmona

file-NiC9yXagJcinMJhnSFrtRW.webp

Pesponto Deliberado

{Tanka}

 

sombra vã da noite

pelo ciúme afiada

corta a alma em mil rasgos.

 

com esfiapada mágoa,

borda a doce madrugada.

 

Mafalda Carmona 

29.11.2024 | 08:59 hr

 

Olá, queridas Pessoas!

 

Hoje trago-vos o meu mais recente tanka, um formato poético que me fascina pela sua simplicidade e profundidade. Este poema é inspirado na obra "Rasgo", de Margarida Maria Rocha, editada pela Musa Impassível. A capa do livro e o título foram a centelha inicial que me levou a explorar as emoções que aparecem neste poema.

 

Embora ainda não tenha tido oportunidade de ler a obra, o impacto visual e a força do título "Rasgo" conduziram-me a este Tanka. Fica a curiosidade por conhecer a obra da autora, e foi uma surpresa perceber que o 'rasgo' é físico e real na capa do livro.

 

Convido-vos a visitar o perfil da autora e da editora para conhecerem mais sobre este livro belíssimo, que promete ser um marco da poesia contemporânea.

 

Desejo-vos um fim-de-semana cheio de inspiração e palavras.

Continuem a criar, a escrever e a apreciar a poesia e a literatura que nos cerca! Desejo-vos boas leituras e escritas!

 

E já sabem, às sextas-feiras temos encontro aqui neste canto da Cotovia e Companhia, com novas publicações.

Até breve, Pessoas!

Mafalda Carmona

22
Nov24

Suspeita


Cotovia@mafalda.carmona

Screenshot_2024-11-22-10-08-01-680-edit_com.google

 

Suspeita
{Micro-Conto Série Pares Improváveis}

Ele sabe que Miríade carrega muitos nomes. Olha-a demorando-se entre os dedos das mãos ocultas por luvas; entre os dedos das mãos, livres, de unhas pintadas. No movimento furtivo delas, antevê o inevitável: no écran do telemóvel, um nome — Desconhecido.
No bolso, o anel suspeita da mão que deseja.

@mafalda.carmona
V.O. 19.11.2024
V.Ed. 21.11.2024

 

Olá, bom dia, Pessoas!
Hoje trago-vos um micro-conto que enviei para a chamada da Editora Palavra Ferida (perfil no Instagram @palavraferida ), dedicada a micro-contos com 50 palavras e tema livre.

Embora a minha participação não tenha sido seleccionada, estou curiosa para ler as escolhidas, que serão divulgadas aos poucos no perfil da editora. A que tiver maior interacção será traduzida para espanhol e publicada também na Editorial (mãe) Palabra Herida @palavraherida !

Espero que o meu micro-conto deste par improvável, ou pares eventualmente trocados, e que poderão ultrapassar (ou não) os desencontros, vos faça reflectir sobre os des_encontros que, por vezes, se originam de forma in_suspeita e nos quais podemos ter uma participação maior do que imaginamos.

Quero agradecer a todas vós, Pessoas que sobre este cantinho fazem os vossos vôos de leituras e desejar-vos um dia muito produtivo e cheio de boas surpresas.

Boa sexta-feira, Pessoas!

 

#microconto #literaturabreve #escritacriativa #ficcaopoética #contosbreves #escritoresnoinstagram #narrativascuriosas #mistério #suspenseliterário #paresimprováveis #amoreconflito #enigmaterário #mafaldacarmona #literaturaportuguesa #ficcaominimalista #históriasparapensar #escritaempalavras

15
Nov24

Quase


Cotovia@mafalda.carmona

IMG_20241114_172232.jpg

 

Quase Nascer-do-Sol

{Quase Soneto Heróico}

 

Repentinas mudanças e andanças;

Desfechos de final imprevisível 

Tornam a rectidão dado irrisível

Em juras de amor à destemperança.

 

Labuta incessante dos insensíveis,

Lavram as madrugadas de esperança

Despidas de razão, nuas de força 

Rendidas ao egoísmo dos corruptíveis.

 

O corpo convertido num poema,

Vai e explora o mundo amargo e tão terrível,

Cada vez menos doce e nada incrível

 

Pois a transformação é teorema

De enunciado hermético e impossível 

A sua forma abstracta, opção difícil.

 

@mafalda.carmona

15.11.2024

 

Olá Pessoas!

Bom dia, boa sexta-feira, já sabemos, o meu dia preferido e dia de publicar um novo postal aqui no espaço do SapoBlogs.

Hoje com um "quase" soneto. E podem perguntar porquê um quase soneto? Porquê um quase nascer-do-sol?

E eu respondo, embora tenha lido em algum lado a dica de que explicar a poesia, ou quaisquer explicações, são totalmente desnecessárias, mas na verdade não tenho o hábito de seguir dicas, prefiro continuar a ser uma descobridora ou achadora.

Assim, o lema da faculdade onde fiz a licenciatura de Arquitectura, era exactamente "Sol Lucet Omnibus". Coisa em que factualmente todos acreditamos porque o podemos observar diariamente (assim sejamos pessoas matutinas e o céu esteja descoberto, ou nos recordemos que mesmo nublado, o sol continua a nascer mesmo que não estejamos lá para o observar). No entanto, e exactamente por as coisas continuarem a acontecer mesmo quando não estamos, ou exactamente por isso mesmo - pela nossa activa ausência - , estamos cada vez mais longe da realidade de igualdade, fraternidade que este lema enuncia e promete desde os primórdios da civilização.

E com honestidade na apreciação, não apenas da realidade próxima do nosso país, mas no mundo, temos de reconhecer que nomeadamente em relação à discriminação de género, se observa um retrocesso inconcebível.

Foi assim que nasceu este quase Soneto, com um tom reflexivo e de crítica, talvez até um certo activismo, pois a nossa sobrevivência enquanto sociedade saudável depende a força e capacidade para fazermos as mudanças necessárias, que as gerações que nos antecederam impulsionaram e onde conseguiram alcançar grandes progressos, mesmo que não perfeitos, tal como as quase-rimas, o caminho tem de ser possível mesmo dentro das limitações, para continuar o caminho que se iniciou até a realidade reflectir o que são os direitos fundamentais estabelecidos para todos e todas as que vivem debaixo do mesmo sol, no mesmo planeta.

Votos de boas leituras, escritas, que tenham uma boa sexta-feira Pessoas!

Força!

 

Mafalda.

 

#poesia #poema #quasesoneto #nascerdosol #reflexão #transformação #autoconhecimento #críticasocial #poesiamoderna #literaturacontemporanea #arteempalavras #poesiaportuguesa #poesiafilosofica #escritorapoetica #madrugada #inspiração #metáforas #poetisando #versosqueinspiram #almaempoesia #pensamentos

08
Nov24

Viagem


Cotovia@mafalda.carmona

WSP_08112024_193949.png

 

Viagem de Outono

 

Passo, devagar, deslizo.

O reflexo escorre no vidro,

no verso de um espelho invertido,

pelas janelas e calçadas da aldeia

quebradas em mil pedaços,

e, nesses pequenos recortes, 

de todo, não me recordo.

 

O Outono arranha-me a pele

curtida pelo breve sol de verão,

e sopra de rompante entre os ramos,

verdes envelopes por enviar,

adormecidos nas frondosas copas 

na floresta de árvores dançantes

que aguardam memórias errantes.

 

Toca harmonias sem nome,  

em melodia que desce pelos dedos, 

e dança até ao rio que corre, sempre,

por baixo de pontes, esses e amores,

licores, queijinhos, tortas tão doces,

massa requebrada em mil folhas

de um amor por escrever.

 

Os anos em queda livre 

são bilhetes de comboio,  

a marcar todas as estações, 

de um destino sem ilusões,

logo no início da carruagem

em palavras expostas ao vento,  

espessas, desfocadas pela voragem.

 

Eu, tão só, comemoro,

e demoro-me no caminho,  

onde os passos lançam o eco 

que a chuva absorve num poema 

esquecido num banco de uma praça,

recanto de uma fantástica viagem, 

assim, por ventura, serena.

 

Escasso é o tempo para a viver

de incerto tom acompanhada

pelos que passam através dos dias,

e se demoram em linhas de escrita,

compassos desafinados de uma sinfonia 

que vamos deixando para trás,

durante toda a nossa vida.

 

@madalda.carmona 08.11.2024

 

Como prometido aqui partilho mais um poema a uma sexta-feira, uma melancólica viagem, que espero seja melódica apesar de verso livre.

Na medida que o outono se instala, as folhas que caem e as cores desbotadas da estação convidam para um ritmo mais lento, quase meditativo. Talvez, seguindo o exemplo da natureza, também precisemos desses momentos de quietude para reflectir sobre os fragmentos que vamos deixando pelo caminho. Este poema, "Viagem de Outono," passa pelas paisagens das memórias, momentos, e pedaços de nós mesmos que, ao longo do tempo, vamos deixando para trás.

 

Convido-vos a percorrer esta viagem, onde a passagem das estações se mistura com as lembranças que o tempo guarda, ou aguarda, nas memorias futuras que construímos hoje, assim façamos delas as mais belas que conseguirmos.

 

Bom fim de semana, Pessoas!

 

#viagemdeoutono #poesiaportuguesa #poesiavisual #outono #poetaportuguesa #reflexões #natureza #memória #tempo #solidão #vida #passagemdotempo

#poesiaintrospectiva #versos #amorpelapoesia #poesiaautoral 

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Pág. 1/2

Quem é esta Cotovia?

Sigam-me Noutros Vôos

{Instagram}

{Cotovia} Instagram Feed

{Facebook}

Ilustração Perfil @mafalda.carmona

Vôos de Outras Aves

Calendário

Novembro 2024

D S T Q Q S S
12
3456789
10111213141516
17181920212223
24252627282930

Voar ao calhas

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
Blogs Portugal

{Cotovia} em Colectânea

Sinopse A Coletânea “ERA UMA VEZ…ALENTEJO” é uma obra que inclui poemas, fotografias, ou obras artísticas originais cujo tema e foco principal seja o Alentejo, e está abrangida no projeto europeu “Antologias Digitais”. Tendo a cidade de Évora sido recentemente nomeada Capital Europeia da Cultura 2027, faz todo o sentido homenagear não só a cidade como também toda a beleza circundante e riqueza cultural da região, e observar as maneiras como estas inspiram as pessoas de vários pontos do globo. Autor: Vários Formato: pdf Edição: 08.05.2023 Ilustração capa e contracapa: Ana Rosado; Vítor Pisco Editora Recanto das LetrasBaixar e-book

{Cotovia} em Antologia

Sinopse Aquilo que temos vindo a testemunhar desde 20 de fevereiro de 2022, provoca em nós sentimentos complexos, melhor expressados através da arte. Esta antologia recolhe estes sentimentos, e distribui-os para quem neles se reconforta e revê. Para o povo ucraniano, fica a mensagem de acolhimento, não só em tempos de crise, mas sempre. Porque é difícil expressar a empatia por palavras, mas aqui fica uma tentativa, por 32 autores, nacionais e internacionais. Autor: Instituto Cultural de Évora Formato: pdf Edição: 14.08.2023 Ilustração capa e contracapa: Ana Rosado Editora Recanto das Letras

{Apoio à Vítima}

A APAV tem como missão apoiar as vítimas de crime, suas famílias e amigos, prestando-lhes serviços de qualidade, gratuitos e confidenciais. É uma organização sem fins lucrativos e de voluntariado, que apoia, de forma qualificada e humanizada, vítimas de crimes através da sua Rede Nacional de Gabinetes de Apoio à Vítima e da sua Linha de Apoio à Vítima – 116 006 (dias úteis: 09h – 21h). Aquando de um crime, muitas pessoas, para além da vítima directa, serão afectadas directa ou indirectamente pelo crime, tais como familiares, amigos, colegas. A APAV existe para apoiar. Os serviços da APAV são GRATUITOS e CONFIDENCIAIS.

{Notícias Sobre a Ucrânia}

A UE condena com a maior veemência a agressão militar não provocada e injustificada da Rússia contra a Ucrânia. Trata-se de uma violação flagrante do direito internacional, incluindo a Carta das Nações Unidas. Apelamos à Rússia para que cesse imediata e incondicionalmente todas as hostilidades, retire o seu pessoal militar e equipamento de todo o território da Ucrânia, no pleno respeito pela soberania, independência e integridade territorial da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas. A UE apoia os princípios e objetivos fundamentais da fórmula de paz da Ucrânia enquanto via legítima e credível rumo a uma paz global, justa e duradoura.
Em destaque no SAPO Blogs
pub