Olá
Cotovia@mafalda.carmona
Solidão
Companheira só,
arrasta o velho dia
por muros ferrugentos,
declama versos rudes, cansados.
Canções mudas.
Surgem tímidas lágrimas,
ganham força. Rolam,
pesadas, escrevem rimas
na memória das ruas. Escondidas,
seriam, talvez, muitas — ou poucas.
Talvez, fecundas agora,
livres, vibrem, vivam.
Talvez se juntem às palavras,
em intemporal culpa,
de solidão feita.
Serão pedras, lançadas,
na sombra do silêncio.
Gritos que ninguém ouve,
um alarme colectivo,
mareado no vazio conformado.
@mafalda.carmona
05.12.2024 | 19:58 hr
E chegamos a sexta-feira, Pessoas!
Desta vez trago uma partilha de um poema em verso livre, talvez adequado ao tema e tom do título, a solidão, que se apresenta como uma companhia em diferentes formas, ora como silêncio, ora como peso.
Este poema é uma tentativa de dar voz a essa companheira inseparável — confirma-o as frases 'estamos sempre sós', 'nascemos e morremos sós', 'ninguém come a vida com boca alheia'. Será que se algumas vezes nos empurra para o vazio, noutras situações também nos pode revelar força e introspecção?
Pergunta para vós, Pessoas: Como encaram a solidão? É conforto, prisão ou um alarme?
Espero e desejo a todos um bom dia!
Bom fim-de-semana!
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