Frases Ad-hoc
Cotovia@mafalda.carmona
Recupero as minhas Frases Ad-Hoc neste mês de Março atípico.
A {Série} Frases Ad-Hoc sugere uma continuidade — uma coleção de pensamentos e narrativas improvisadas ou espontâneas, que podem, ou não, vir a ter uma continuação ou ser o início de algo mais completo.
Estão a meio caminho entre notas para textos futuros e um diário fragmentado, onde se inscrevem reflexões que, por agora, se bastam a si mesmas.
Isto porque também sempre exerceram sobre mim um fascínio tremendo os exames ad-hoc na adolescência. A possibilidade de poder apresentar-me a exame sem ter de frequentar as aulas, era extremamente apelativa, sobretudo no inverno, com frio e chuva, e quando se demora duas horas e três transportes diferentes, entre eles barco, para se chegar ao local de estudo.
Assim aqui fica a frase, que aliás são várias, e faz uma reflexão sobre como nos relacionamos, e que é dedicado a todas as Pessoas Amigas que aqui tenho tido a sorte, e privilégio, de conhecer, e que são tantas vezes a minha segurança e uma luz que brilha com o calor de uma abraço em forma de escrita. Obrigada!
Mas, antes de fazer a publicação deste postal, fui ver as publicações e vi que o SapoBlogs está de boa saúde! Entre ontem e hoje três dezenas de blogues dos que sigo fizeram publicações e alguns festejam os seus aniversários por aqui!
Viva! Longa vida ao SapoBlog!
Frase Ad-Hoc sobre correr riscos:
Nem sempre o percepcionamos, mas cada pessoa com quem nos cruzamos deixa em nós, e no nosso percurso, versos que só mais tarde — mesmo muito mais tarde, e eventualmente — alcançamos.
São expectativas que nos precedem, brincando. Quanto mais as perseguimos, mais se afastam.
Em cada pessoa, um encontro é um poema inesperado — uma surpresa cantada numa melodia de estranha harmonia a duas vozes. Somos, afinal, versos escritos às cegas e apenas nos revelamos quando chegamos de mãos vazias, sem pressa e sem propósito.
No instante em que abdicamos de nos ler, de nos darmos tamanha importância, e nos deixamos sentir em poesia, o mistério revela-se.
O canto acontece — simplesmente manifesta-se.
Então, reconhecemo-nos no outro, que nos revela. E, reciprocamente, o outro corre o risco de se revelar em nós — nessa percepção que moldará a realidade dessa relação, e não o contrário.
@mafalda.carmona *MC
17.03.2025 | 16:45hrs
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