Apis Mellifera
Desafio Poético {@mafalda.carmona}
Cotovia@mafalda.carmona
*Fotografia do blogger PJ Cortes
- "de uma flor de esteva a ser visitada por uma apis mellifera, a nossa conhecida abelha, a tratar da sua vida, que é como quem diz, a recolher o pólen para fazer aquele mel delicioso que grande parte de nós tanto gosta. Lembrei-me agora: minha cara Cotovia, não daria esta relação "flor/abelha" um tema para um poema (até rimou)? Fica a sugestão..."
*Autor da citação PJ Cortes (autor da fotografia, PJ Cortes)
E foi neste post publicado pelo caro PJ Cortes que surgiu este desafio para inspiração de uma criação poética, o segundo, podem ver na publicação Flor II um outro poema inspirado noutra fotografia do PJ Cortes aqui.
Aqui fica o poema, em formato de soneto inverso (sem saber se este termo existe, Nota em outubro 2023, fui esclarecida de que o termo para este formato é soneto inverso pela nossa poetisa Mª. João Brito de Sousa), pois os últimos tercetos, que dita a regra deveriam seguir-se aos dois quartetos, aparecem em primeiro lugar. Isso aconteceu porque tenho maior dificuldade em idear e formalizar os primeiros versos dos quartetos, e depois na finalização do soneto parece que me falta "espaço" nos tercetos para as imagens a concretizar. Assim, mesmo que esteja completamente errado, pareceu-me certo, e por isso fui em frente.
Assim, este é o resultado de mais este exercício poético desta aprendizagem na construção poética do soneto:
Apis mellifera
Quanto será o cuidado necessário,
Para cuidar da "nossa" Natureza,
Indiferente à humana moral?
Que no desgastado corpo unitário,
Da enorme baleia à pequena abelha,
Embala as espécies por igual.
Dentre todos os seres sobre o Sol,
É esta última o primeiro elemento,
De flor em flor é o binómio perfeito,
Rainha Mestra e dulcíssimo farol.
Sejamos serenos como este par,
Impar de humilde e simples comunhão,
Para viver com fé em paz e união,
O pobre Mundo amar e respeitar.
Mafalda Carmona 19.04.23
P.S.
Como no exercício anterior partilho as diferentes etapas da construção deste poema, a primeira tal como escrevo quando imagino as imagens do poema, em seguida escandir e verificar a métrica fazendo as alterações necessárias, por vezes mudo significativamente alguns versos, finalmente o poema na versão final.
Embora o trabalho nunca esteja finalizado, pois há sempre lugar para procurar melhorar a escolha de palavras, a estrutura e a métrica, e até reescrevê-los para experimentar novas ideias e técnicas. Também terei de aumentar o conhecimento deste imenso mundo da poesia pela leitura de autores, o estudo dos seus sonetos e, claro, a prática constante são fundamentais para conseguir melhorar a escrita de poesia em formato soneto.
O apoio e ajuda preciosa que tenho tido das Pessoas queridas aqui no espaço Sapo, tem sido fundamental, nos vossos comentários, mesmo se por vezes de forma discreta, consigo perceber as vossas sugestões e agradeço o incentivo, outras vezes de forma mais direta e constante, mas todas as participações são bem vindas, assim como a leitura das escritas nos vossos blogs, sejam de poesia ou prosa, que são uma visita recorrente nos meus voos.
Aqui vamos continuando, para a frente é que é caminho, Pessoas!