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{Cotovia} e Companhia

Olá Pessoas! Bem-vindas ao blogue da Cotovia onde (m)ando {cotovia}ando! Sigam a cor deste vôo: "Nascemos poetas, só é preciso lembrá-lo. Saber é quase tudo. Sentir é o Mundo." @mafalda.carmona

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13
Nov19

Os Fundadores ou Achadores...


Cotovia@mafalda.carmona

e os Fundamentalistas ou… como de Santos e Loucos todos temos um pouco.

 

  • Começo com uma afirmação: Ninguém muda. Isto é, e correndo o risco de parecer a socialite L.C., somos sempre iguais a nós mesmos desde o dia em que nascemos até ao dia em que morremos.


As crianças que fomos existem em perpétuo continuum nos adultos que somos e nos idosos que seremos. Esta é, pelo menos, a minha conclusão após persistente observação quer da minha própria pessoa como do outro. Acredito que qualquer um de nós quando olha para o seu próprio olhar refletido no espelho, aquele que vê, é a criança que é, foi e será. É, ainda, uma opinião muito forte reforçada pela chegada à família do pequeno A. Olho para a sua carinha fofa e sobretudo para a profundidade do seus olhar e reafirmo interiormente esta ideia de permanência de nós mesmos. Digamos uma espécie de Eu Fundador.


Depois a vida acontece e é um descobrimento permanente e mais tarde ou mais cedo, como nos descobrimentos portugueses, acabamos por ser esclarecidos, idealmente, que tudo isto chamado "vida" afinal vem a ser mais um “achamento” de nós mesmos e do nosso lugar no Mundo do que propriamente uma descoberta.

E esse “achar” é um direito fundamental de cada um de nós. O direito a achar foi legitimado pela Professora L. numa correção de um teste de História: “Nas respostas dos testes a aluna (ou aluno, claro está, talvez a Professora L. achasse que o género feminino era mais propenso a prestar atenção às correções dos testes) não deve afirmar, porque não esteve lá, não presenciou os acontecimentos ou eventos, portanto ou refere a fonte, ou inicia a resposta com: acho que tal e tal. A partir desse dia, e mesmo (ou sobretudo) quando contrariada por alguém menos achador, passei a achar tudo e mais 100 coisas. Foi libertador. Obrigada Professora L., não apenas por este ensinamento, mas por todas as suas lições.

Mapa Mundo do Louco.JPG

Sendo iguais a nós mesmos, sem mudanças de maior no caracter que nos moldou, da forma, conteúdo e expressão de quem somos e do que nos calhou como o nosso Ser, há quem pense que está sozinho e quem se veja acompanhado. Quanto a mim, essa ideia de solidão é uma ilusão, um conceito um poucochinho dramático, pois na verdade nunca estamos sozinhos, pois quando nascemos temos todo um Mundo para “achar”. Não apenas o que alguns consideram o mundo de Deus, outros o mundo dos homens ou da ciência. Temos mesmo todo um Mundo! O mundo da natureza, dos bichos, das pessoas, das cidades, dos campos, do céu e do mar. Do silêncio. Do tempo. Do ruído. Dos cheiros. Dos paladares. Das cores. Dos sons. Do vento e das marés. Das ideias. Da criatividade. Um Mundo feito de tantas e tantas coisas fantásticas, entre elas o mundo da bondade e o da generosidade.


E estes mundos também não mudam, não mudam na sua essência, embora mudem na sua aparência, pelo menos temporariamente, para regressarem no seu continuum perpétuo. Por isso, o que não acharmos hoje podemos achar amanhã. Há sempre um novo dia para recomeçar os achamentos e as descobertas, ou é nisto que precisamos acreditar para de modo darwiniano vivermos o nosso dia a dia com a possível tranquilidade.


Agora, e ainda que “de são e de louco todos tenhamos um pouco”, se o Eu Fundador é fundamentalmente bom ou mau, se escolhemos viver este achamento do nosso Ser no tal mundo do bem, ou pelo contrário optamos pelo mundo do mal... bem, neste caso “cada um sabe de si e Deus sabe de todos” e como tenho para mim que isso é um mistério, sou grata pelas (e às) pessoas que me rodeiam e me são próximas bem como as que tive a sorte de encontrar ao longo da vida e em momentos cruciais foram ajuda inestimável e que são, de facto, extraordinárias Pessoas do Bem.

atlasobscura.com articles 16th-century-fools-map.J

Para terminar, acho que os que nasceram fundamentalistas (e visto que ninguém muda) só tem a perder, para início, perderem todo um Mundo, durante o caminho irão perdendo quem tentou apoia-los nesta jornada pela vida e ficarão definitivamente sós e irremediavelmente isolados, e para final, perdem a oportunidade de se acharem de tanto se acharem a última bolacha do pacote… mas… como ninguém muda, o melhor será reconduzir esses fundamentalistas ao seu respectivo fundamentalismo logo desde o início… não como uma aplicação de Lex Talionis (ver aqui: cotovia/lex-talionis-ou-o-sniper-americano ) mas mais como provar do próprio remédio.

No entanto,  se a afirmação, porventura fria, de que "ninguém muda" em hipótese for verdadeira, também é verdadeira a crença comum de que "a esperança é a última que morre" e por isso vale a pena continuarmos na esperança e a acreditar que quer as coisas como as pessoas podem mudar? Ou seria preferível partirmos do que temos com as pessoas que temos, tal como se apresentam no presente, e agir em conformidade?

citação Francis Ponge.JPG

fonte citação Francis Ponge.JPG

 

 

 

 

P.S.

Em relação ao bem e ao mal, como disse aos seus filhos o autor, diretor, roteirista e ator brasileiro Marcos Vianna Caruso em resposta à questão do Pai eu posso?: "Meu filho, poder você pode tudo... Agora, será que deve?"

 

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Sinopse A Coletânea “ERA UMA VEZ…ALENTEJO” é uma obra que inclui poemas, fotografias, ou obras artísticas originais cujo tema e foco principal seja o Alentejo, e está abrangida no projeto europeu “Antologias Digitais”. Tendo a cidade de Évora sido recentemente nomeada Capital Europeia da Cultura 2027, faz todo o sentido homenagear não só a cidade como também toda a beleza circundante e riqueza cultural da região, e observar as maneiras como estas inspiram as pessoas de vários pontos do globo. Autor: Vários Formato: pdf Edição: 08.05.2023 Ilustração capa e contracapa: Ana Rosado; Vítor Pisco Editora Recanto das LetrasBaixar e-book

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Sinopse Aquilo que temos vindo a testemunhar desde 20 de fevereiro de 2022, provoca em nós sentimentos complexos, melhor expressados através da arte. Esta antologia recolhe estes sentimentos, e distribui-os para quem neles se reconforta e revê. Para o povo ucraniano, fica a mensagem de acolhimento, não só em tempos de crise, mas sempre. Porque é difícil expressar a empatia por palavras, mas aqui fica uma tentativa, por 32 autores, nacionais e internacionais. Autor: Instituto Cultural de Évora Formato: pdf Edição: 14.08.2023 Ilustração capa e contracapa: Ana Rosado Editora Recanto das Letras

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A APAV tem como missão apoiar as vítimas de crime, suas famílias e amigos, prestando-lhes serviços de qualidade, gratuitos e confidenciais. É uma organização sem fins lucrativos e de voluntariado, que apoia, de forma qualificada e humanizada, vítimas de crimes através da sua Rede Nacional de Gabinetes de Apoio à Vítima e da sua Linha de Apoio à Vítima – 116 006 (dias úteis: 09h – 21h). Aquando de um crime, muitas pessoas, para além da vítima directa, serão afectadas directa ou indirectamente pelo crime, tais como familiares, amigos, colegas. A APAV existe para apoiar. Os serviços da APAV são GRATUITOS e CONFIDENCIAIS.

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