De Cotovia e Companhia, a Claudia Schiffer...
- Ou como as restrições podem, tão facilmente e com a dose certa de engenho, transformar-se noutras coisas... Pelo menos essa é a expectativa da atividade criativa para este fim de semana que abarca o dia 1 de novembro, feriado de todos os Santos, dia de celebração religiosa, e também o dia de celebrar o meu nascimento, ocorrido na freguesia de Alfama, no número 13 de uma morada com nome de santo.
Esta intervenção dos santos, segundo algumas pessoas (não digo quais por causa desta coisa da protecção de dados) terá sido crucial para o meu feitio, digamos, exigente, não ser ainda mais... exigente e transformar-se noutra coisa... talvez mais apropriada para ser festejada no dia de halloween.
Sendo que, sinceramente faço nem ideia de onde isso veio, pois sou muito fofa e inofensiva na maior parte do tempo, segundo a minha própria pessoa.
Aliás, pelo exemplo apresentado na fotografia já em baixo deste parágrafo, as minhas atividades, no seu mais subversivo, limitam-se a almejar dar a esta Cotovia um pouco do "glamour" de Claudia Schiffer, surrupiando*, perdão, inspirando-me, num modelito da Star Claudia, para "costumizar" uma das camisolas de lã "démodés" do armário da roupa, onde suspeito, ocorreram ao local para uma convenção de camisolas e camisolões e lá ficaram em estado de "ocupas" desde o ano 2000, o que não é de estranhar pois estou sempre a tentar reciclar e fico em êxtase quando alguém elogia qualquer roupa e digo: "-Ah?! Esta? Tem 20 anos. Muito linda, não é?"
Ora então chega a hora de vos apresentar "O" modelito para costumizar e com o qual tenho a pretensão de ser, só um bocadinho, criativa pois na verdade estou a arrebarbatar* uma ideia da Chanel:
Assim, está feita a introdução da temática arrebarbatações*.
Posto isto, esta é uma 6ª feira sem concelho-deslocações*, medida em vigor por Resolução de Conselho de Ministros (n.º 89-A/2020) desde a meia noite de hoje, dia 30 de outubro e até dia 3 de novembro.
Ou seja, antes disto já me tinham tirado o feriado no meu aniversário como feriado, agora deixam-no a meio caminho porque existe, mas não existe, mas existe, nem sei bem no que ficamos e acho que não sou a única a não saber.
Coisa esdrúxula, e apesar de, ou sobretudo para, não concordar com o Sr. mal aventurado A.V., aceito esta medida como necessária, e presto detalhada atenção naquilo que as alíneas a) a n) estabelecem como exceções:
Mas, apesar disso estas exeções, noto, e vocês deviam notar também, são descritas como restrições.
As restrições sempre me fizeram confusão, porque são condições, e sendo condições, para mim, existe uma certa negociação. Dou um exemplo: "Podes comer a sobremesa se terminares a refeição principal toda antes disso..." Portanto nesta situação da Resolução também se passa algo parecido, ou passou, suponho, quando não se cumpriram as recomendações anteriores, e provavelmente a continuação do incumprimento poderá levar a um desfecho ao estilo : " Ok, então vais para o "recolher obrigatório" e ficas sem sobremesa por uns 15 dias".
Mas isso sou só eu a divagar e continuo a dizer que não sou ninguém para contestar a medida, nem tenho intensão de incumprir.
Mas, apesar disso a frase "restrições por Resolução de Conselho de Ministros" faz-me sentir um discreto arrepio na base dos 7 chakras, além de me recordar de uma das primeiras passagens do diário de Anne Frank:
cada vez saíam mais decretos... Toda a nossa vida estava sujeita a enorme pressão. Jopie dizia a cada passo: "Já nem tenho coragem para fazer seja o que for porque tenho sempre medo de fazer qualquer coisa que seja proibida".
P.S.
As palavras assinaladas com * são inexistentes em português, no entanto a "família" Cotovia e Companhia reconhece a sua existência e significado.
P.S.#2
Para além das palavras inexistentes, também têm lugar nestas escritas da Cotovia, quer os anglicismos como os galicismos, não lhes resisto, porque os usamos na linguagem corrente, dita social, muitas vezes acompanhados de uma alteração no tom de voz, que empresta, no meu entender, um colorido pitoresco... "Et voilá", talvez esteja a testar a vossa resistência a fazerem um comentário, nem que seja contra os galos ou os anglos, ou o que acharem por bem, senão isto é um "laisser-faire" que nem se aguenta, e o corretor, mais suas linhas sublinhadoras a vermelho, fala mais que vós pessoas!