Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Cotovia e Companhia

Olá Pessoas! Bem-vindas a este blogue onde (m)anda, esvoaçando, a Cotovia🐦! "Nascemos poetas, só é preciso lembrá-lo... Saber é quase tudo. Sentir é o Mundo." Mafalda Carmona

Olá Pessoas! Bem-vindas a este blogue onde (m)anda, esvoaçando, a Cotovia🐦! "Nascemos poetas, só é preciso lembrá-lo... Saber é quase tudo. Sentir é o Mundo." Mafalda Carmona

Cotovia e Companhia

17
Jul23

Ardente...

Poesia Soneto


Cotovia (MC)

 

xjsDwI.png

(1) Amor do Comendador.

**

Pensa: "- Não sei mais que me importa afinal?

Momentos de dor ou outra felicidade...

Convive comigo esta insaciedade,

Entranhada em mim, dentada visceral." 

*

E pensava assim, nobre Comendador, 

Chamado também pelo Conde do Além. 

Novo conheceu a Condessa de Háquem, 

De ardor fizeram fogo avassalador. 

*

Tudo queimaram, sem querer, em redor,

Tal era a paixão, tarde repararam, 

Que era a escuridão que a gritos chamaram. 

*

E quando em terror, espiaram à volta...

Nada encontraram, nem família ou malta.

Concluiu: "- Fugiram... Ó irónico amor!"

**

Mafalda Carmona

17.07.23 | 07:04

P.S.

Este fim-de-semana por influência, boa influência aliás, da bloguer Maria Aurora Araújo, autora do "Cantinho da Casa", um cantinho muito bonito no SAPO desde 2008 com mais de 380 seguidores, por onde costumo esvoaçar amiúde, que partilhou o postal "eu gosto é do verão" acerca de um quizz do Sapo, intitulado "qual é a sua bebida de verão?", não resisti ao desafio e para responder à pergunta da Maria, segui para a página geral do SAPO para fazer o dito quizz.

Tenho de agradecer à bloguer, pois apesar do resultado ter sido completamente inusitado, e uma surpresa, devo dizer, q.b. desagradável, pois é uma bebida que nunca provei e, para ser franca, não tenho vontade nenhuma de experimentar, só de olhar tenho a certeza de que não vou apreciar, nem a folhita de aipo convence, foi este postal do "Cantinho da Casa" o responsável por este postal de hoje da Cotovia, obrigada Maria!

Screenshot_2023-07-16-19-11-27-429-edit_com.facebo

(2) E reforço, não quero saber se se faz assim ou assado, nem pensar! A um "Bloody Mary" a Cotovia responde "Hell, No!". No entanto, como acontece frequentemente quando a Cotovia tem um momento de surpresa, parti em voos poéticos, para tentar ultrapassar o trauma, provavelmente a psicologia explicará este estranho comportamento da Cotovia, e o resultado foi o que se viu, ou neste caso, o poema que puderam ler, um soneto hendecassilábico, que expressa a minha opinião, seja em verso, prosa, na teoria ou na prática, sobre determinadas paixões: não são para mim. Ponto final.

Não foi alheio o facto de sempre ter visto associado o Sr. Vampiro aos Bloody Mary nas referências cinéfilas e em séries, e encontrei mesmo a bebida preferida do mais sedutor, mesmo se assustador, personagem da noite:

Screenshot_2023-07-17-00-40-23-729-edit_com.androi

(3) Nesta imagem com original e inspirado desenho, adorei, e tenho de destacar esse pormenor, as marcas dos dentinhos do Sr. Vampiro.

Mas, só para clarificar, não há desenho que me convença a mudar de ideia acerca de não experimentar esta "Summer" bebida!

E vós Pessoas, qual a vossa bebida de Verão preferida?...A minha? A bela da limonada ou em alternativa uma morangada!

Aqui fica o link para o quizz do SAPO se quiserem arriscar.

Fiquem bem, boa segunda-feira, bom início de semana, seja de regresso ao trabalho, início ou continuação de férias de Verão!

(1 a 3) Imagens recortadas da internet.

23
Jun23

João, Rosa Amor e Bravo Xuxu


Cotovia (MC)

IMG_20230622_235428.jpg

 

(1) João, Rosa Amor e Bravo Xuxu

**

Sendo já Verão, João chega ao quintal,

Logo vê a flor mais suave e delicada,

É ela a Rosa em branco muro debruçada,

Decerto a Princesa desse roseiral.

*

A seu lado o bravo Xuxu em escalada,

Vivem um namoro em verde matagal.

São ramo improvável e nada banal,

De tal forma são vistos desde a calçada.

*

E a gente que passa olha escandalizada,

Diz: "-Tonta o simplório abraça, que lástima..."

Triste o pobre chora uma, perfeita, lágrima.

*

Grata, se refresca a bela apaixonada,

Nas folhas esconde o seu maior temor:

Perder a cabeça por sofrer de amor.

****

Mafalda Carmona

23.06.23 - 00.11hr.

IMG_20230621_152819.jpg

(2)

Bom dia, hoje é véspera de São João e esta semana começou o Verão!

Como Poesia ando a aprender, continuo afanosamente, e sempre que me é possível, a escrever as minhas poesias, como processo contínuo nesta aprendizagem que convosco vou partilhando. 

Assim, sem ser exclusivamente para o São João, mas para todos as Pessoas de nome João e também Mª. João, tenho um novo poema, "João, Rosa Amor e Bravo Xuxu".

Espero que gostem, mas ainda espero mais que tenham uma boa sexta-feira e um excelente fim-de-semana, e para quem está em Almada e Costa-da-Caparica, que já foram locais por onde a Cotovia viveu e foi muito feliz, uma saudação especial, que tenham bons festejos de São João hoje e amanhã!

Este poema "João, Rosa Amor e Bravo Xuxu", no formato de soneto em verso hendecassilábico, é mais um exercício de poesia neste processo que tenho vindo a desenvolver como parte da aprendizagem e é a principal partilha do postal de hoje, mas, porque finalmente tive oportunidade de junto da Biblioteca Municipal de Sesimbra, trazer comigo por empréstimo mais livros que ficarão a residir no ninho até meados do próximo mês de Julho, partilho também quais são os quatro livros da secção de Poesia.

Dois são de autoria de duas poetisas e escritoras que conheço, li algumas poesias da Natália Correia e da Florbela Espanca, na minha juventude, mas nunca imaginando que um dia iria a tentar escrever poesia, mas agora, noutra fase da vida, achei interessante reler, e fica aqui o registo, por ordem alfabética:

• Natália Correia, "Antologia Poética", Ed. D. Quixote, 335pg.(!);

• Florbela Espanca, "Sonetos", Bertrand Editora, 207pg.;

Requisitei também as obras de uma poetisa e um poeta de quem só conheço o nome, mas pouco das suas biografias, e será a uma estreia a leitura das suas obras:

• Ana Luísa Amaral, " O Olhar Diagonal das Coisas", Assírio & Alvim, 1356pg.(!!!);

• Óssip Mandelstam, "Crepúsculo da Liberdade", Assírio & Alvim, 437pg.(!!)

Como podem depreender a notação entre parênteses com pontos de exclamação, é uma referência particular ao número de páginas, de aceitável com um ! até assustador, com três!!!,  classificação reservada para a obra da Ana Luísa Amaral, que tem pelo enorme número de páginas uma gramagem de folha reduzida a folhas muito finas, como as da Bíblia.

Assim, iniciei a leitura pela obra com classificação média de dois !!, que é aceitável de modo a não desmoralizar, e, tenho um excerto da introdução para partilhar convosco, Pessoas!

Boas leituras, boa sexta-feira, e bom fim-de-semana! Bom São João ;)

"(...) Óssip Mandelstam ressuscitou para o leitor como seu contemporâneo. Cumpriu-se o que previra o poeta:

Num momento crítico o marinheiro lança às águas do mar a garrafa selada com o seu nome e a narração do seu destino. Muitos anos depois, vagueando nas dunas, acho-a na areia, leio o papel [...]. O oceano acudiu com a sua força enorme e fez cumprir o destino da garrafa [...]. A carta é como as poesias, que não são endereçadas a ninguém em especial. Mas ambas têm destinatário: a carta -- quem achar por acaso a garrafa na areia, a poesia -- um leitor qualquer da futura geração."

in "Crepúsculo da Liberdade ", Óssip Mandelstam, Assírio & Alvim, Introdução, pg.8

IMG_20230622_221700.jpg

(1) e (2) Fotografias da Rosa e flor de Xuxu no meu quintal, por Mafalda Carmona.

(3) livros requisitados por empréstimo na Biblioteca Municipal de Sesimbra, fotografia de Mafalda Carmona.

P.S. Volto aqui para acrescentar uma outra partilha (uma nota de humor, com a qual me fartei de rir, nada como rirmos de nós mesmas), pois encontrei uma escrita de minha autoria de quando teria talvez uns 9 ou 10 anos, e como referi neste postal as minhas leituras enquanto jovem resolvi partilhar este "tesourinho".

Trata-se de uma critica literária, pois parece que já nessa altura teria a mania de apreciar as leituras, escrevendo sobre as ditas, digamos de uma forma pouquíssimo generosa, pelo que me espanto e verifico ter feito progressos na minha expressão.

Incluo a fotografia, mas transcrevo os dizeres sem revelar qual o autor ou autora, perceberão porquê.

Escrevi então num cartão todo profissional, como se fosse bibliotecária responsável lá da estante de casa, ele há coisas de que nos esquecemos, provavelmente para nosso bem:

"Livro estudantil e hipócrita. Não tem interesse para se ler duas vezes (uma le-se a custo) 'A Maria tem de comprar dois livros". Frases como está não interessam." Estante: 10/ Prateleira 3.

E estas são as minhas conclusões:

Primeiro, não faço a menor ideia do que queria dizer com este "hipócrita";

Segundo, aparentemente faria parte do meu critério de avaliação de um livro a sua qualidade para ser lido, pelo menos, duas vezes!

Aqui fica a fotografia e os meus renovados votos para um bom dia de sexta-feira, bom fim-de-semana e para amanhã bom dia de São João! Cuidado com os martelitos!

IMG_20230623_151610.jpg

24
Mai23

Quimera

Poesia Soneto Decassilábico Fotografia


Cotovia (MC)

IMG_20230425_125110.jpg

(*) Quimera

**

Serão dois caminhando de mãos dadas,
Que seguem a vereda do convívio,
Quimera sem atalho nem desvio,
Dura via por linhas intrincadas.

*

Navegam pelas folhas agitadas
Em árvores de intrépido navio,
Talhadas por marceneiro bravio,
Movidos pelas Musas olvidadas.

*

Bordado escrito a ouro de mil fios,
Pontos dados por hábil cerzideira,
Ligeira em costurar tortos feitios.

*

Com coragem aguardam desafios
Sob o brilho da estrela aventureira,

Por aí vão desvelar cantos gentios. 

(E se iluminam cantos mais sombrios.)

****

Mafalda Carmona

23.05.23 23.30h

(*) Estas duas fotografias de elementos decorativos da área ajardinada do restaurante Aloendro, foram tiradas na viagem ao Redondo, no dia 25 de Abril, quando fui a passeio ao Alentejo festejar a data da Liberdade.

Estão incluídas numa zona que é contígua a um equipamento temporário e amovível, comummente chamado de "tenda", onde, presumivelmente se realizarão festas várias, entre elas as destinadas aos festejos de casamentos.

Ora é aqui chegado o momento de fazer a interligação entre este ambiente e a data que festejei no passado fim de semana, o aniversário de casamento, e daí o poema que aqui vos deixo, como um registo da data, que conta mais de três décadas, e que a seu favor teve todos os elementos subjectivos e folclóricos, como ser na Primavera, no mês de Maio, e para mais com aguaceiros, para beneficiar do adágio popular " boda molhada, boda abençoada", e também participei ativamente, de acordo com algumas tradições culturais, em estar o tempo todo muitíssimo aborrecida, que me desculpem os caros fotógrafos e caras fotógrafas, mas detesto tirar fotografias e portanto foi um suplício de má memória, desde a manhã desse dia, que à parte disso, tinha tudo para dar errado, e até deu, em algumas fases menos boas, os altos e baixos da tal navegação por mares bravios, onde as Musas, o marinheiro bravio, as costureiras, a sorte e o imponderável vão definindo os rumos do caminho a dois. 

De resto suponho que apenas a caturrice da Cotovia e espírito de contradição, para provar que os vaticínios de naufrágio certo, seriam exagerados, mantêm o navio à tona, a navegar, e por vezes até com alguma graciosidade.

No entanto, o tom do poema parece-me que pode estender-se à maioria das relações, sejam de amor ou amizade, companheirismo ou colaboração em trabalho, projectos, empreitadas e mesmo em hobbies ou actividades de tempos livres, ou seja tudo aquilo que implique cooperação.

E, suponho que quem de vós Pessoas são visita habitual, já tiveram a percepção de que o tom forte dos exercícios poéticos da Cotovia não será o amor romântico, e, assim não sendo uma Pessoa romântica, este será o exemplo mais aproximado de um poema de Amor que consegui, ou conseguirei, escrever, onde ainda assim não consegui evitar o ligeiro tom de humor.

Espero que gostem desta "Quimera", Pessoas!

IMG_20230425_125053.jpg

(*) Fotografias de Mafalda Carmona 25.04.2023

P.S.

Notas de aprendizagem do soneto. (*)

Fiz algumas ligeiras correções nos versos 4, 8, 9 e 14, de acordo com as correcções e sugestões da nossa querida Poetisa Maria João Brito de Sousa poetaporkedeusker. Partilho aqui, em nota de rodapé, ou post scriptum, o motivo das mesmas de modo a documentar as alterações no contexto da aprendizagem do exigente e apaixonante formato do soneto:

Verso 4, inicial:

Vi/a/ín/gre/me /por/ li/nhas /in/trin/ca/das - não é decassílabo, tem 11 sílabas poéticas, pois existe crase entre as duas vogais de via e íngreme, ou seja sendo í uma vogal tónica a divisão silábica ocorre. Assim o verso em decassílabo é possível se:

4- Dura via por LInhas intrinCAdas (heróico,  sílabas tónicas 6ª e 10ª)

Verso 9, inicial:

É/ um/ bor/da/do es/cri/to a /ou/ro /de /mil /fi/os - está em verso alexandrino, dois conjuntos de 6 sílabas poéticas,  6+6. Para ficar em decassílabo heróico:

9- Bordado escrito a ouro de mil fios (10)

Verso 14, inicial:

Que i/lu/mi/na/rá /os/ can/tos /mais/ som/bri/os (11)

14- Que iluminam os cantos mais sombrios (10)

Em 19.07.23 fiz a alteração do verso final deste soneto "Quimera" para acentuar o humor e discreta ironia sobre o par: 

14- Por/ aí /vão /des/ve/LAR/ can/tos/ gen/TI/os. (10)

Verso 8, inicial:

Movido pelas Musas esquecidas.

Para que a rima seja dos quartetos seja em esquema ABBA ABBA, esquecidas foi substituído por olvidadas, sem que se perca o sentido, mantendo o verso decassílabo heróico com tónicas na 6ª e 10ª sílabas poéticas:

8- Movidos pelas Musas olvidadas.

Assim, a versão do soneto Quimera que resulta é a que consta deste postal, agora actualizado.

Obrigada Mª. João e obrigada a todas vós Pessoas pela vossa incrível disponibilidade!

08
Mai23

Voo de Pedra


Cotovia (MC)

IMG_20230508_084908.jpg

(*)

Voo de Pedra

**

Saíram a passear, suave alegria,

tendo a hora dourada como guia,

de quem, simplesmente, segue a magia

do inevitável ocaso do dia.

*

Os melros trocaram trinados leves,

em dueto de dulcíssima harmonia,

deitados na tarde que se sentia,

nas ervas frescas, pousaram breves.

*

De manto negro, quente e brilhante,

compõem melodia plena de amor,

que chega às crias no ninho distante.

*

Quando o materno voo é pedra caída,

os pequenitos ficam sem amparo,

 pois nem o pranto lhe devolve a vida.

****

Mafalda Carmona

07.05.2023 23.30h

(*) Desenho a carvão de Mafalda Carmona 15.10.2022

P.S.

Escrevi este poema baseado numa memória de um episódio a que assisti perplexa, onde fiquei consciente de que o bem-querer existe entre as aves. Quando à inspiração para o formato em soneto, foi inspirado pela leitura do postal de hoje no  blog da Poetisa Maria João Brito de Sousa, onde poderão encontrar a Coroa de Sonetos da sua autoria e do Poeta Custódio Montes, "Nem Peixe Nem Ave, Quero Ser Humano", aqui fica o link para o blog poetaporkedeusker.

"E assim que o Sol nasça, acorrem bem despertos,
Ao verso que acorda de braços abertos
E de sonhos, outros, os poemas se enfeitam."


Despertas de sonhos, estas coroas estão vivas, respiram, voos de outras aves elas inspiram.
Voos que poderiam ser animados, senão fossem de pedra, vicissitudes que acontecem na vida de humanos e também na vida de outras aves.
Serão humanas ou não, isso está por descobrir, mas o soneto está desperto e a sorrir.

Um bom dia, queridas Pessoas ( e aves e Aliens) ! Boa semana!🐦

P.S.2.

Há um adágio que era muito usado pela minha avó materna, costureira de profissão, mulher independente e muito exigente, que era o seguinte: "o que se borda de noite, desfaz-se de dia", no sentido de que a falta de iluminação noturna implicava incapacidade de fazer os pontos e os remates em condições de resistir ao uso do dia ou ao "primor" exigível na execução.

E... assim foi que hoje de tarde reescrevi parte dos versos, nomeadamente os dos tercetos, mantendo o decassílabo, harmonizei a sonoridade, julgo que mais agradável nas ligações no interior dos versos.

Outra alteração que seria necessária, mas que não faço ideia de como a poderei corrigir, é a rima dos quartetos, pois enquanto escrevia o poema, retive vagamente a ideia, de que a rima dos quartetos não está nem ABBA, nem ABAB...sobretudo do primeiro quarteto, mas esqueci completamente e publiquei esta manhã tal como estava.

Quando li o comentário do José da Xã, que notou essa falta de rima, foi apenas quando, incrédula lembrei que tinha esquecido!

E assim, aqui ficam as notas explicativas deste exercício poético, espero que me desculpem Pessoas!

 

Quem é esta Cotovia?

Sigam-me Noutros Voos

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Calendário

Setembro 2023

D S T Q Q S S
12
3456789
10111213141516
17181920212223
24252627282930

Voos de Outras Aves

Voar ao calhas

  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2022
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2021
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2020
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2019
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2018
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D