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Cotovia e Companhia

Olá Pessoas! Bem-vindas a este blogue onde (m)anda, esvoaçando, a Cotovia🐦! "Nascemos poetas, só é preciso lembrá-lo... Saber é quase tudo. Sentir é o Mundo." Mafalda Carmona

Olá Pessoas! Bem-vindas a este blogue onde (m)anda, esvoaçando, a Cotovia🐦! "Nascemos poetas, só é preciso lembrá-lo... Saber é quase tudo. Sentir é o Mundo." Mafalda Carmona

Cotovia e Companhia

26
Mai23

Com Licença


Cotovia (MC)

IMG_20230425_135640.jpg

(*) Com Licença

**

Sabes quem sou? Não, não precisamente.
Sequer me revejo em qualquer escrita.
Mas nota: não sou escrava proscrita,
Incógnita, tolhida, tonta mente.

*

Desprezada em desapego intermitente,
Ou induzida em desengano e desdita.
Seduzida por luz que não evita,
Antes voa e se prende livremente.

*

Quem és? Chega-te que não te conheço.
Não te apoderes da viva memória,
Sem licença ou resquício de apreço.

*

Com licença, serei quem reconheço.
Em fé e verdade, sou a minha história.
Sou vida, não sou humilde adereço.

****

Mafalda Carmona

26.05.23 19.00h

(*) Esta fotografia de um painel de azulejo foi tirada no restaurante Aloendro e as figuras nela incluídas inspiraram este poema, "Com Licença".

Partilho ainda um outro painel, do mesmo grupo de fotografias, que pela sua inocente caligrafia e desenhos, remetem para os cadernos da primeira classe antiga, actualmente o 1°ano do Primeiro Ciclo de Ensino Básico, e por isso fui desencantar os cadernos para encontrar uma aula de Abril de 1975 que é engraçada e curiosa pelo desenho que a acompanha e que fazia parte das tarefas de sala de aula obrigatórias, que eram 5:

Escrita do abecedário;

Cópia;

Ditado;

Desenho a gosto ou relacionado com um dos anteriores, ditado ou cópia;

Aritmética.

Não sei como será hoje em dia a organização das aulas e as tarefas, mas a minha preferida era a do desenho e o ditado. Ficava muito triste quando, como é o caso desta imagem que partilho, não tinha tempo, nem para completar o desenho, nem para o colorir, pois era chegada a hora de almoço.

Espero que gostem desta partilha e que também vos traga queridas memórias do tempo da escola primária, queridas Pessoas!

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(*) Fotografia de Painel de azulejos do Restaurante Aloendro no Corval, Alentejo, por Mafalda Carmona 

04
Mai23

Bravo Alentejo


Cotovia (MC)

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(*)

Bravo Alentejo 

**

Na tua dourada tão basta planície,

Mal eu sabia, ou intuía, que se escondia,

Da meninice até à minha velhice,

Tão profundo motivo de alegria.

*

Nos teus montes caminho com candura,

E não esquecerei a tua bem querença.

Sei que o teu forte amor sempre perdura,

Não alquebra por antiga desavença.

*

Na tua alma unes credos de mil cores,

Desde o azul Atlântico ao velho Tejo,

Cantas às formosas flores teus louvores.

*

A minha esperança é o teu renascer,

Pois corajoso és óh meu bravo Alentejo,

Nos teus braços serei livre de morrer.

****

Mafalda Carmona

30.04.2023 23.30h

Este poema "Bravo Alentejo" está incluído na publicação do ICE, Instituto Cultural de Évora, na Antologia digital "Era uma vez...Alentejo".

IMG_20230504_141503.jpg

E que está disponível para leitura e download aqui:

https://www.recantodasletras.com.br/e-livros/7779457

Quando submeti o poema foi com a esperança de que fosse aceite, e de facto fiquei muito feliz por ter reunido as condições mínimas para ser incluído na Antologia, pois parte do enunciado das condições de participação, e talvez a condição mais importante, é a inspiração que o Alentejo tem na criação artística, seja em que formato for, e suponho foi esse critério que permitiu a sua inclusão, pese embora tenha perfeita noção das inúmeras falhas poéticas deste Bravo Alentejo.

E assim, posteriormente a ter submetido a minha participação, ao reler o soneto, deparei-me com um tom que me pareceu deslocado por uma melancolia excessiva, quando o tom que pretendia seria, idealmente, o da esperança e alegria.

E visto que ninguém me impede de mudar e alterar ou burilar as poesias que vou escrevendo, para que de pedra tosca em pedra tosca desta aprendizagem, se vá fazendo o caminho, pois tal como na maioria das áreas artísticas, a aprendizagem é um processo contínuo, foi isso mesmo que fiz, e até o título do soneto alterei, para se adequar ao momento poético, meu e do Alentejo, pois na visita que fiz no passado dia 25 de Abril, verifiquei muitas mudanças na paisagem Alentejana, de que resultou esta versão, "Alentejo Renascido".

 

Alentejo Renascido

**

Na tua singela e dourada planície,

Mal eu sabia ou intuía que se escondia,

Da meninice até à minha velhice,

Tão esplêndida e profunda alegria.

*

Nos teus montes caminho com candura,

Jamais esquecerei a tua bem querença,

Sei que o teu forte amor sempre perdura,

E não quebra em antiga desavença.

*

Na tua alma unes credos de mil cores,

Do azul Atlântico até ao velho Tejo,

Cantas às gentis flores os teus louvores.

*

A minha esperança é o teu renascer,

Pois corajoso és, óh meu bravo Alentejo,

E em teus braços serei livre de viver.

****

Mafalda Carmona 

04.05.2023 14.10h

(*)

A fotografia apresentada neste postal é também da minha autoria, capturada junto à praia fluvial do Alqueva junto a Monsaraz, e, tal como a fotografia apresentada no postal Solitude, também foi incluída nesta coletânea.

P.S. 

Quero agradecer ao Blogger Francisco Carita Mata, pois foi através da partilha no blog Aquém-Tejo, onde num dos seus postais  tomei conhecimento desta iniciativa que embora seja alheia ao próprio Francisco, a divulgou, e que também partilhei num dos postais da Cotovia e Companhia, para que o "nosso" Alentejo possa ser mais uma vez, uma inspiração, assim como a divulgação da cidade de Évora como capital da cultura para 2027, nesta iniciativa do ICE.

É também  ao Francisco Carita Mata, pelo incentivo e apoio, pois persistiu em me incentivar a participar e acreditar que era possível, que quero agradecer por este passo na aprendizagem, formalizado neste certificado de participação. 

Obrigada caro Francisco! Saúde e Paz!

Screenshot_2023-05-04-14-43-56-166-edit_com.androi

P.S. 2

Partilho também a alteração feita ao poema inicial, para memória futura  ;)

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