Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

{Cotovia} e Companhia

Olá Pessoas! Bem-vindas ao blogue da Cotovia onde (m)ando {cotovia}ando! Sigam a cor deste vôo: "Nascemos poetas, só é preciso lembrá-lo. Saber é quase tudo. Sentir é o Mundo." @mafalda.carmona

Olá Pessoas! Bem-vindas ao blogue da Cotovia onde (m)ando {cotovia}ando! Sigam a cor deste vôo: "Nascemos poetas, só é preciso lembrá-lo. Saber é quase tudo. Sentir é o Mundo." @mafalda.carmona

{Cotovia} e Companhia

26
Jul23

Patos Furiosos...


Cotovia@mafalda.carmona

IMG_20230725_161523.jpg

  • (1)... não é, afinal, o título da rúbrica de televisão transmitida em horário adequado para as mini Pessoas, mas sim "Factos curiosos", que, devido à nova grafia dada pelo A.O., que se reflecte na sonoridade sem o "c", os "fáquetos", se tornam "fátos", e, para esta Cotovia com ouvido difícil, assim se transformaram rapidamente em "Patos furiosos", talvez também pela proximidade de espécie entre aves, o processamento linguístico algures perdido entre outros milhares de processos, ou serão milhões, achou mais adequada a imagem de patos furiosos, do que patos curiosos, já se estivéssemos a falar de gatos, talvez os curiosos de mantivessem... Isto tudo para chegar ao ponto em que elaborei a seguinte frase, que aliás teve a génese numa resposta ao Sr. F., e que é a seguinte:

*"Não interessa o que somos nem o que fazemos, o que importa é o que acham que somos e fazemos... ou fizemos."

Mais, acrescento, o contexto é determinante, e por isso o Sr. F. concordou quando a sua conhecida e amiga de convivência esporádica, na mesa do café onde se cruzam quando vão buscar o jornal, com toda a certeza do mundo, lhe disse:

"-Belo passeio ontem Sr. F., foi passeio até tarde, já passava da hora de jantar quando regressou!"

"- Ah pois foi pois foi... Foi um grande passeio."

Na verdade o passeio foi um exame, que passou a consulta, que passou a esperar para o final da tarde para uma intervenção cirúrgica de urgência destinada a trocar "as pilhas", "-Aqui.", indicou o Sr. F., com um gesto largo à altura do peito, do lado esquerdo, como se estivesse a cortar um grande atum.

Ao que lhe digo"- Já viu Sr. F.?! Que grande passeio? Para vermos que... E lá atiro a minha frase, ali a supra* ao que o Sr. F. sorrindo satisfeitíssimo como se estivesse a fazer uma marotice, confirma:

"-É verdade, não interessa nada, mas também não a vou esclarecer..." diz enquanto encolhe discretamente os ombros, num gesto quase despercebido, antes de prosseguir:

"- O que importa é que agora já está feito, a máquina tem pilha para mais uns anos, vamos ver se desta vez cicatriza em condições, que da outra vez foi difícil."

Mais uma vez o contexto é determinante quando me refiro a dificuldades, as auditivas, minhas, ou do atum imaginário que o Sr. F. tem no peito, para falar de peixes, mas agora não do atum, mas da "Eloquência da Sardinha", um livro de Bill François, da editora Quetzal, com sub-título " Como os peixes falam connosco desde o fundo do mar"... Ou ainda abrindo o livro, este senhor Bill deve ser como a Cotovia, cheio de vários "ou"...ou "Histórias extraordinárias do mundo submarino."

IMG_20230725_172920.jpg

(2) E, como é normal quando olho para um livro pela primeira vez, de um autor que não conheço, e a breve descrição na orelha não satisfaz a minha curiosidade, vou procurar informações complementares, e encontrei-as, adequadamente, no fim do livro:

"Sobre o Autor - Bill François" aqui pude perceber que é um autor jovem, terá por volta de 30 anos de idade, francês, e que completou o "doutoramento sobre a dinâmica dos fluidos aplicada ao movimento de cardumes de peixes, na Escola Superior de Física e química Industriais, em Paris." 

IMG_20230725_161420.jpg

(3) Além disso também se esclarecem as motivações para a publicação desta história:

"a paixão pelo mar (...) A sua proposta é a de escutar o misterioso silêncio do fundo dos oceanos ("desvendar o som do mar") para descobrir a linguagem, os rituais e as formas de comunicação das espécies que nadam, flutuam e dançam sob as águas (...)"

E podem ler o texto desta apresentação, assim como o "Sobre a Tradutora" Sandra Silva nas imagens partilhadas em (3) e (4).

IMG_20230725_173923.jpg

(4) Aquilo que pelo contexto e temática do livro não esperava encontrar, além dos factos curiosos (aqui designação bem aplicada, ou, contextualizada) sobre a fonte dos caracteres, "da família Caslon, inspirados na tradição barroca holandesa do século XVII e originalmente desenhados, em 1722, pelo tipógrafo e gravador inglês William Caslon (1692-1766)" foi um pedaço de céu, ou antes, mar poético, que aqui vos deixo, pois deixou-me a matutar na possibilidade de patos furiosos surgirem de factos curiosos, ou qualquer outra surpresa espantosa como esta, em que prosa poética surge de um livro sobre os cardumes de sardinhas, porque, de facto, o Mundo é espantoso!

 

 

"Começamos por vislumbrar apenas uns clarões furtivos de luz que roubam raios efémeros ao sol.

Mesmo nos cardumes numerosos e compactos, as sardinhas sabem tornar-se invisíveis.

Os seus dorsos são azuis como o mar: ninguém consegue, por isso, vê-las de cima.

Observadas por baixo, os seus ventres nacarados desaparecem sob a luz do sol.

De lado, os seus flancos transformam-se em espelhos."

 

IMG_20230725_161557.jpg

(5) a (1) fotografias de excertos do conteúdo, e capa do livro "A Eloquência da Sardinha " de Bill François, editora Quetzal.

E, como não resisto, deixo-vos um pouco mais de eloquência da sardinha, ou, como o entendi, de poesia, de um excerto da página 11 deste livro, com o desejo de que apanhem boleia para o destino da felicidade e alegria neste imenso mundo cheio de possibilidades. Excelente quarta-feira, Pessoas! Dia muito feliz!

"Delicadamente, apanhei-a com o meu camaroeiro e contemplei, incrédulo, este espantoso presente do mar que rodopiava na água do meu balde de plástico. A sardinha fitou-me com os seus olhos brancos e pretos, como se quisesse dizer-me alguma coisa. Tive a sensação de que, por trás daquele silêncio, tinha segredos a revelar-me, sobre a sua vida no mundo azul onde não temos pé, sobre o seu estranho quotidiano de sardinha. (...) Subitamente, as águas profundas deixaram de meter-me medo; senti-me fascinado pelos seus segredos mudos."

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Quem é esta Cotovia?

Sigam-me Noutros Vôos

{Instagram}

{Cotovia} Instagram Feed

{Facebook}

Ilustração Perfil @mafalda.carmona

Vôos recentes

Vôos de Outras Aves

Calendário

Agosto 2024

D S T Q Q S S
123
45678910
11121314151617
18192021222324
25262728293031

Voar ao calhas

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
Blogs Portugal

{Cotovia} em Colectânea

Sinopse A Coletânea “ERA UMA VEZ…ALENTEJO” é uma obra que inclui poemas, fotografias, ou obras artísticas originais cujo tema e foco principal seja o Alentejo, e está abrangida no projeto europeu “Antologias Digitais”. Tendo a cidade de Évora sido recentemente nomeada Capital Europeia da Cultura 2027, faz todo o sentido homenagear não só a cidade como também toda a beleza circundante e riqueza cultural da região, e observar as maneiras como estas inspiram as pessoas de vários pontos do globo. Autor: Vários Formato: pdf Edição: 08.05.2023 Ilustração capa e contracapa: Ana Rosado; Vítor Pisco Editora Recanto das LetrasBaixar e-book

{Cotovia} em Antologia

Sinopse Aquilo que temos vindo a testemunhar desde 20 de fevereiro de 2022, provoca em nós sentimentos complexos, melhor expressados através da arte. Esta antologia recolhe estes sentimentos, e distribui-os para quem neles se reconforta e revê. Para o povo ucraniano, fica a mensagem de acolhimento, não só em tempos de crise, mas sempre. Porque é difícil expressar a empatia por palavras, mas aqui fica uma tentativa, por 32 autores, nacionais e internacionais. Autor: Instituto Cultural de Évora Formato: pdf Edição: 14.08.2023 Ilustração capa e contracapa: Ana Rosado Editora Recanto das Letras

{Apoio à Vítima}

A APAV tem como missão apoiar as vítimas de crime, suas famílias e amigos, prestando-lhes serviços de qualidade, gratuitos e confidenciais. É uma organização sem fins lucrativos e de voluntariado, que apoia, de forma qualificada e humanizada, vítimas de crimes através da sua Rede Nacional de Gabinetes de Apoio à Vítima e da sua Linha de Apoio à Vítima – 116 006 (dias úteis: 09h – 21h). Aquando de um crime, muitas pessoas, para além da vítima directa, serão afectadas directa ou indirectamente pelo crime, tais como familiares, amigos, colegas. A APAV existe para apoiar. Os serviços da APAV são GRATUITOS e CONFIDENCIAIS.

{Notícias Sobre a Ucrânia}

A UE condena com a maior veemência a agressão militar não provocada e injustificada da Rússia contra a Ucrânia. Trata-se de uma violação flagrante do direito internacional, incluindo a Carta das Nações Unidas. Apelamos à Rússia para que cesse imediata e incondicionalmente todas as hostilidades, retire o seu pessoal militar e equipamento de todo o território da Ucrânia, no pleno respeito pela soberania, independência e integridade territorial da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas. A UE apoia os princípios e objetivos fundamentais da fórmula de paz da Ucrânia enquanto via legítima e credível rumo a uma paz global, justa e duradoura.
Em destaque no SAPO Blogs
pub