Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

{Cotovia} e Companhia

Olá Pessoas! Bem-vindas ao blogue da Cotovia onde (m)ando {cotovia}ando! Sigam a cor deste vôo: "Nascemos poetas, só é preciso lembrá-lo. Saber é quase tudo. Sentir é o Mundo." @mafalda.carmona

Olá Pessoas! Bem-vindas ao blogue da Cotovia onde (m)ando {cotovia}ando! Sigam a cor deste vôo: "Nascemos poetas, só é preciso lembrá-lo. Saber é quase tudo. Sentir é o Mundo." @mafalda.carmona

{Cotovia} e Companhia

21
Dez24

Hoje Sou Cotovia


Cotovia@mafalda.carmona

IMG_20241221_185017.jpg

*

Vésperas 

{Tanka}

 

Na luz azulada

Voa em verde laranjal

Livre cotovia

 

Sonha um céu pacificado

Aguarda o doce Natal

 

Mafalda Carmona

20.12.2024

 

Olá Pessoas!

Chegámos ao primeiro dia de Inverno, e aqui partilho mais um poema de formato Tanka, em que reflicto sobre a liberdade de voar docemente no céu azulado de um quotidiano que se expande com a escrita.

Neste Natal, que os céus sejam os da paz, os sonhos livres, as memórias doces e os dias desta quadra apaziguadores como um abraço forte e sincero. Que as palavras sejam de esperança e os gestos cultivem o respeito, o amor e a amizade. 

Boas Festas a Feliz Natal, Saúde e Paz que tanta falta faz! ✨

 

*Imagem de freepic

 

#tanka #poesiaportuguesa #natal2024 #natal #cotovia #naturezapoética #laranjal #sonhodepaz #boasfestas #poemanatalício #mafaldacarmona

08
Nov24

Viagem


Cotovia@mafalda.carmona

WSP_08112024_193949.png

 

Viagem de Outono

 

Passo, devagar, deslizo.

O reflexo escorre no vidro,

no verso de um espelho invertido,

pelas janelas e calçadas da aldeia

quebradas em mil pedaços,

e, nesses pequenos recortes, 

de todo, não me recordo.

 

O Outono arranha-me a pele

curtida pelo breve sol de verão,

e sopra de rompante entre os ramos,

verdes envelopes por enviar,

adormecidos nas frondosas copas 

na floresta de árvores dançantes

que aguardam memórias errantes.

 

Toca harmonias sem nome,  

em melodia que desce pelos dedos, 

e dança até ao rio que corre, sempre,

por baixo de pontes, esses e amores,

licores, queijinhos, tortas tão doces,

massa requebrada em mil folhas

de um amor por escrever.

 

Os anos em queda livre 

são bilhetes de comboio,  

a marcar todas as estações, 

de um destino sem ilusões,

logo no início da carruagem

em palavras expostas ao vento,  

espessas, desfocadas pela voragem.

 

Eu, tão só, comemoro,

e demoro-me no caminho,  

onde os passos lançam o eco 

que a chuva absorve num poema 

esquecido num banco de uma praça,

recanto de uma fantástica viagem, 

assim, por ventura, serena.

 

Escasso é o tempo para a viver

de incerto tom acompanhada

pelos que passam através dos dias,

e se demoram em linhas de escrita,

compassos desafinados de uma sinfonia 

que vamos deixando para trás,

durante toda a nossa vida.

 

@madalda.carmona 08.11.2024

 

Como prometido aqui partilho mais um poema a uma sexta-feira, uma melancólica viagem, que espero seja melódica apesar de verso livre.

Na medida que o outono se instala, as folhas que caem e as cores desbotadas da estação convidam para um ritmo mais lento, quase meditativo. Talvez, seguindo o exemplo da natureza, também precisemos desses momentos de quietude para reflectir sobre os fragmentos que vamos deixando pelo caminho. Este poema, "Viagem de Outono," passa pelas paisagens das memórias, momentos, e pedaços de nós mesmos que, ao longo do tempo, vamos deixando para trás.

 

Convido-vos a percorrer esta viagem, onde a passagem das estações se mistura com as lembranças que o tempo guarda, ou aguarda, nas memorias futuras que construímos hoje, assim façamos delas as mais belas que conseguirmos.

 

Bom fim de semana, Pessoas!

 

#viagemdeoutono #poesiaportuguesa #poesiavisual #outono #poetaportuguesa #reflexões #natureza #memória #tempo #solidão #vida #passagemdotempo

#poesiaintrospectiva #versos #amorpelapoesia #poesiaautoral 

30
Jul24

Viagens


Cotovia@mafalda.carmona

IMG_20240728_171416.jpg

 

Viagem por Mim

{Poema livre}

 

Mulheres e homens, tantas as viagens,

pessoas inteiras, mentes inquietas,

nelas me achei, por elas me reencontrei,

não vão sós, nem estão desacompanhadas.

 

O troar do galo abre a manhã ingénua,

pano de verão que cai pelas colinas,

vai até ao balão de Paris olímpica,

é vila cidade de jogos perpétuos.

 

Por Veneza nadam arranha-céus, deitados,

cruzeiros refletem estranhas miragens.

Catedrais discretas, secretas figuras,

povoam lagunas, guardam passagens.

 

Desde as ilhas a sul, até à Islândia 

saltimbancos das águas e oceanos,

em vôo de Bijagós, vogam nas paisagens,

irão aventurar-se, e, talvez, enamorar-se.

 

Cantam belugas brancas no mar de Nunavut,

por entre a tundra, sons pintados em glória.

Nas ruas das cidades da Venezuela,

secam mudas raízes com fome de história.

 

Por todo o lado gente desprotegida,

escombros de jovens vidas derruídas.

Do oeste ao oriente, esmorecem continentes,

foge a paz no desespero das memórias.

 

Há ainda esperança no imponderável,

mãos que se amparam no intervalo do medo,

um toque de fé, ténue luz nas ruínas,

e amanhece a vontade por mais um dia.

 

Cardumes de palavras no mar do Cabo,

correm por mim tantas vozes em poesia.

No azul mediterrâneo, crianças,

vêm nas marés, são ondas desfeitas.

 

Quem me dera sabê-las no meu quintal,

no pequeno rectângulo de Portugal.

Investidas de um sabor tão especial,

temperadas de vento, bravura e sal.

 

Seria bom viver em serenidade,

encontrar um lugar dentro do respirar

das pessoas de incomum sensibilidade, 

que, em mim, felizes, estão em viagem.

 

 

@mafalda.carmona 28.07.2024

 

Este poema foi escrito como resposta ao desafio de segunda-feira da @ofeliaempoesia , com inspiração e, ou, influência do poema de Mia Couto, Carta, in Raiz de Orvalho e Outros Poemas -Ed. Caminho Grupo Leya-, e na escrita de Gonçalo Cadilhe, in Um Lugar Dentro de Nós, Ed. Clube do Autor, e no poema de Andreia C. Faria, Tenho Inveja do Vulcão:

 

Tenho inveja do vulcão 

Tungurahua, Etna, Vesúvio 

são nomes de perfeita percussão 

 

Mesmo o Stromboli, com seu

nome de palhaço feliz,

deu ao cinema um ombro agreste

para contracenar com Deus

 

Dickinson, que nunca viu um vulcão 

(bastava-lhe não ter visto uma catedral),

ficava em seus degraus e trazia-o

pela mente até à cerca do quintal

 

As fúrias do vulcão são amadas 

por quem ele despe e desfeita

(A lava, crêem, é a pura língua 

do diabo que beija o sovaco)

 

Também eu, ao chegar a casa, resmungo

para o ar, e no escuro a minha boca

escuta a sezão das estrelas

 

Mas a mim ninguém me ama

Como um prometeu incapaz do fogo,

sóbrio sísifo subo a encosta 

e escrevo tensos versos que coxeiam

 

"Não são as pessoas que fazem as viagens, mas sim as viagens que fazem as pessoas." John Steinbeck 

 

#ofeliaaespalharpoesia #ViagemPorMim #PoesiaDeViagem #Autodescoberta #PoesiaIntrospectiva #BelezaDoMundo #ViagemInterior #PoetasContemporâneos #ExploraçãoPessoal #CulturaEViagem #PoesiaVisual #ArtePoética #ViajarComPalavras #InspiraçãoPoética #PoesiaModerna #VersosDeViagem

22
Jun24

Portas e Chaves


Cotovia@mafalda.carmona

IMG_20240622_094125_562.jpg

Frases Ad-Hoc 

Ou sobre Chaves e Portas

"Portas novas não se abrem com chaves velhas",
Uma entrada não é apenas um vão,
Indica um caminho que encerra uma opção,
Não importará quantas vezes falhas.

*

A combinação que abre o teu coração
Pode estar em qualquer das linhas
Que marcam o mapa destas muitas ilhas,
No X,Y,Z estará a tua melhor destinação.

*

Abre novas portas, vai em exploração,
Cuida-te que existem algumas navalhas,
Não serão a forma de fazer escolhas,
São parte da vida, não obrigação.

*

Nelas não te detenhas, não te encolhas
E não as queiras embalar nas mãos,
Porque o que faz o homem são as acções.
Abre as fechaduras e não as mortalhas.

**

@mafalda.carmona 21.06.2024

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Quem é esta Cotovia?

Sigam-me Noutros Vôos

{Instagram}

{Cotovia} Instagram Feed

{Facebook}

Ilustração Perfil @mafalda.carmona

Vôos de Outras Aves

Calendário

Março 2025

D S T Q Q S S
1
2345678
9101112131415
16171819202122
23242526272829
3031

Voar ao calhas

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2023
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2022
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2021
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2020
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2019
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2018
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
Blogs Portugal

{Cotovia} em Colectânea

Sinopse A Coletânea “ERA UMA VEZ…ALENTEJO” é uma obra que inclui poemas, fotografias, ou obras artísticas originais cujo tema e foco principal seja o Alentejo, e está abrangida no projeto europeu “Antologias Digitais”. Tendo a cidade de Évora sido recentemente nomeada Capital Europeia da Cultura 2027, faz todo o sentido homenagear não só a cidade como também toda a beleza circundante e riqueza cultural da região, e observar as maneiras como estas inspiram as pessoas de vários pontos do globo. Autor: Vários Formato: pdf Edição: 08.05.2023 Ilustração capa e contracapa: Ana Rosado; Vítor Pisco Editora Recanto das LetrasBaixar e-book

{Cotovia} em Antologia

Sinopse Aquilo que temos vindo a testemunhar desde 20 de fevereiro de 2022, provoca em nós sentimentos complexos, melhor expressados através da arte. Esta antologia recolhe estes sentimentos, e distribui-os para quem neles se reconforta e revê. Para o povo ucraniano, fica a mensagem de acolhimento, não só em tempos de crise, mas sempre. Porque é difícil expressar a empatia por palavras, mas aqui fica uma tentativa, por 32 autores, nacionais e internacionais. Autor: Instituto Cultural de Évora Formato: pdf Edição: 14.08.2023 Ilustração capa e contracapa: Ana Rosado Editora Recanto das Letras

{Apoio à Vítima}

A APAV tem como missão apoiar as vítimas de crime, suas famílias e amigos, prestando-lhes serviços de qualidade, gratuitos e confidenciais. É uma organização sem fins lucrativos e de voluntariado, que apoia, de forma qualificada e humanizada, vítimas de crimes através da sua Rede Nacional de Gabinetes de Apoio à Vítima e da sua Linha de Apoio à Vítima – 116 006 (dias úteis: 09h – 21h). Aquando de um crime, muitas pessoas, para além da vítima directa, serão afectadas directa ou indirectamente pelo crime, tais como familiares, amigos, colegas. A APAV existe para apoiar. Os serviços da APAV são GRATUITOS e CONFIDENCIAIS.

{Notícias Sobre a Ucrânia}

A UE condena com a maior veemência a agressão militar não provocada e injustificada da Rússia contra a Ucrânia. Trata-se de uma violação flagrante do direito internacional, incluindo a Carta das Nações Unidas. Apelamos à Rússia para que cesse imediata e incondicionalmente todas as hostilidades, retire o seu pessoal militar e equipamento de todo o território da Ucrânia, no pleno respeito pela soberania, independência e integridade territorial da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas. A UE apoia os princípios e objetivos fundamentais da fórmula de paz da Ucrânia enquanto via legítima e credível rumo a uma paz global, justa e duradoura.
Em destaque no SAPO Blogs
pub