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{Cotovia} e Companhia

Olá Pessoas! Bem-vindas ao blogue da Cotovia onde (m)ando {cotovia}ando! Sigam a cor deste vôo: "Nascemos poetas, só é preciso lembrá-lo. Saber é quase tudo. Sentir é o Mundo." @mafalda.carmona

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{Cotovia} e Companhia

18
Set23

Honorato

{Soneto Hendecassílabo}


Cotovia@mafalda.carmona

IMG_20230917_222303_229.jpg

(1) Honorato
[Soneto Hendecassilábico]

**

Esta reflexão sobre o valor do "Eu",
Relacionada está com Prometeu.
Do sonhado ao que de facto aconteceu,
Ficamos apenas com o que Deus deu.

*

Lá atrás, tida como fundamental,
do apelido ganho no enxoval,
peneira alheia se tornou afinal,
Assim, transparente é como um cristal.

*

Nada foi sequer um dia ambicionado,
Sequer percebido nem proposital,
É em simultâneo herdado e legado.

*

Por um lado, há a distância abissal,
Este ou outro, um pouco melindrado.
Por outro, a Honra se faz, sempre, entre igual.

**

@mafalda.carmona
17.09.23 | 00:17 a.m.

 

(1) fotografia de @_carmona.ph_
#fotografia
#landscape
#cotoviando
#cotovia
#cotoviaecompanhia
#poesia
#soneto
#hendecassilábico
#honorato

15
Set23

E se... 1foto1texto#8


Cotovia@mafalda.carmona

WSP_14092023_145122.png

(8) E se... fossemos flores?

**

Em pólen sonhado,

Vento de cor perfumado,

Rubro som das pétalas.

*

Será hibisco absoluto,

Em muda felicidade.

****

Mafalda Carmona 

14.09.23 | hr. 14:44

 

Para ver os desafios anteriores da Cotovia:

E se... chovessem arco-íris? #1

E se... o mar fosse de tecido? #2

E se... as mesas falassem?#3

E se... a divisão não existisse?#4

E se... as letras andassem?#5

E se... fossemos sempre crianças?#6

E se... o tempo parasse?#7

23
Mar23

Elogio...


Cotovia@mafalda.carmona

Ou o "Teatro do Mundo" de António Gedeão

  • Este é poema vosso, Pessoas, nosso, e "meu" também depois de me ter sido oferecido por um Amigo virtual, um blogger aqui do Sapo, sobre este que é "O" Mundo, meu, nosso e vosso, em pluralidade. Essa pluralidade humana, percebo agora, onde o cumprimento ou elogio surge como mal educado se em vida.

Um mundo onde terei de, pacientemente, num exercício de desapego, esperar que o seu autor deixe esta esfera mundana, para poder ter o direito ao entusiasmo do elogio, então fúnebre, pois parece ser o único de bom tom e aceitável, para a modesta condição de algumas pessoas, a pretensão de outras ao anonimato, e, ainda aquelas que o sentem como uma agressão, como se quem elogia, cumprimenta, ou agradece, o fizesse com a intenção de legitimar a egocêntrica intelectualidade, superioridade ou cultura, num esfregar de umbigo narcisista.

Provavelmente, digo eu, quem elogia, tem como sentimento, não o se sentirem superiores, ou terem a pretensão de dar o seu aval seja ao que for, mas pelo motivo de genuinamente gostarem, e de ser um contributo inesperado para a vida, pois nesse momento de partilha, surge a ilusão, ou sonho, de se pertencer a um todo muito maior do que a individualidade.

Na impossibilidade de terem capacidade para retribuir, em igual medida, neste dar, manifestam o cumprimento ou o elogio em reconhecimento desse receber, amizade, amor, gratidão.

Não é grandiosidade.

É humanidade, não é para satisfazer os outros, é para os reconhecer.

E neste processo é, fundamental, também por respeito e lealdade, citar os autores, nomear, dando os créditos a quem de direito, numa demonstração de reconhecimento, de memória (que mesmo não servindo para muitas outras coisas, terá de servir para esta) para citar, quem antes o disse e escreveu, viveu e partilhou, se disso tivermos conhecimento (ainda que o desconhecimento não desobrigue).

Talvez por a minha escolaridade ser técnica, em eletrotecnia, que me é instintivo enunciar as leis, e os seus autores, e tal como a Lei da Relatividade de Einstein E=mc², ou a Lei de Lavoisier que todos nos habituamos a enunciar como "Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma", também as experiências vividas terão uma finalidade.

E, até mesmo o tempo que julgamos ter perdido, num emprego, numa relação, num compromisso, ou a lutar por uma causa, quando os resultados não se anteveem, como o caso das greves neste momento, (dos oficiais de justiça, e as que tem acontecido, dos professores, dos médicos, enfermeitos, trabalhadores da CP, comunicação social...)

Assim, deveremos parar as demonstrações?

E podemos fazer um exercício e imaginar uma sociedade sem estas demonstrações, sejam de greve, de agrado, de desagrado, de apoio, de solidariedade, de ajuda, de felicidade, de tristeza, de entusiasmo, de pesar, e refletir como seria e quais seriam válidas e aceitáveis, e quais teriam de ser medidas, contabilizadas, e mesmo abolidas, e refletir sobre as consequências e mundo resultante.

Entretanto, conquistámos a democracia, foi uma luta de gerações para se mudar, foi preciso uma revolução, e alcançamos juntos a democracia, mudamos políticas,  costumes e mentalidades, fizemos, muito recentemente, na pandemia covid, enormes sacrifícios, dura realidade de muitos, consciência de todas as perdas.

Acabou o inaceitável "um homem não chora".

Passamos agora para o aceitável "um homem não ri".

Pode ser alegado que no tom, na medida dessa demonstração, tem de ter um limite, aceito que por educação e em nome do convívio, ou do que é "adequado" em sociedade, há necessidade de refrear essas demonstrações, para encontrar um equilíbrio, que, respeite as diferenças para não se tornar agressivo, ou mesmo asfixiante.

Ou seja o abraço físico voltou a ser possível, mas o abraço emocional, é uma companhia inconveniente. 

E, porque não é possível ter dois pesos e duas medidas se nos propomos aceitar, e por em prática, a pluralidade em igualdade, é importante a aprendizagem de saber dar este abraço emocional, saber elogiar, e, igualmente importante, saber receber o elogio.

Coisa que, ao invés da agressão, não se aprende nas escolas, muitas vezes nem no núcleo familiar e, infelizmente, estamos mais habituados a reagir a uma ofensa ou agressão do que a um elogio, embora tanto na ofensa como no elogio, esteja implicado um julgamento do Outro, e a pessoa que o recebe, pode sentir-se constrangida ou mesmo envergonhada, agredida, ou ainda, terrível, na obrigação de retribuir.

Na retribuição da ofensa todos fomos educados a saber o que dizer, fazer, reagir.

Já quando nos dirigem um elogio, de consideração, interesse, respeito, admiração, estima e afeição, ou até mesmo a enaltecer a gentileza, amabilidade, simpatia, inteligência ou capacidade, ficamos desconfortáveis, quase preferíamos a ofensa. E em vez de ser uma alegria e motivação, é uma preocupação e gera ansiedade, mais do que levar uma bofetada.

Pode parecer estranho como um elogio, sentido e verdadeiro, é tão prejudicial.

Talvez por isso os amorfos polegares azuis sejam, afinal tão mais reconfortantes, e mantenham a sua confortável superioridade, beneficiando da inércia da vontade na aprendizagem da prática saudável do elogio e do cumprimento.

De sermos amigos uns dos outros... em vida.

Assim, a propósito, mas sem propósito senão o da manifestação da diversidade de sentires, seres e estares, aqui ficam transcritas as palavras de António Gedeão, nos poemas, "Teatro do Mundo" e "Movimento Perpétuo", logo a seguir à fotografia, originalmente publicada pelo jornal Sol, aqui no Sapo, no artigo https://sol.sapo.pt/artigo/549818/romulo-de-carvalho-antonio-gedeao-um-principe-renascentista-atravessa-o-seculo-xx, 

Boa tarde, Pessoas!

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Teatro do Mundo

Venho da terra assombrada,

do ventre de minha mãe;

não pretendo roubar nada

nem fazer mal a ninguém.

 

Só quero o que me é devido

por me trazerem aqui,

que eu nem sequer fui ouvido

no acto de que nasci.

 

Trago boca para comer

e olhos para desejar.

Com licença, quero passar,

tenho pressa de viver.

Com licença! Com licença!

Que a vida é água a correr.

Venho do fundo do tempo;

não tenho tempo a perder.

 

Minha barca aparelhada

solta o pano rumo ao norte;

meu desejo é passaporte

para a fronteira fechada.

Não há ventos que não prestem

nem marés que não convenham,

nem forças que me molestem,

correntes que me detenham.

 

Quero eu e a Natureza,

que a Natureza sou eu,

e as forças da Natureza

nunca ninguém as venceu.

 

Com licença! Com licença!

Que a barca se fez ao mar.

Não há poder que me vença.

Mesmo morto hei-de passar.

Com licença! Com licença!

Com rumo à estrela polar.

 

António Gedeão, Teatro do mundo

 

Impressão Digital

 

Os meus olhos são uns olhos,

e é com esses olhos uns

que eu vejo no mundo escolhos,

onde outros, com outros olhos,

não vêem escolhos nenhuns.

 

Quem diz escolhos, diz flores!

De tudo o mesmo se diz!

Onde uns vêem luto e dores,

uns outros descobrem cores

do mais formoso matiz.

 

Pelas ruas e estradas

onde passa tanta gente,

uns vêem pedras pisadas,

mas outros gnomos e fadas

num halo resplandecente!!

 

Inútil seguir vizinhos,

querer ser depois ou ser antes.

Cada um é seus caminhos!

Onde Sancho vê moinhos,

D.Quixote vê gigantes.

 

Vê moinhos? São moinhos!

Vê gigantes? São gigantes!

 

in "Movimento Perpétuo", 1956

 

 

20
Mar23

5 Primaveras...


Cotovia@mafalda.carmona

Ou quinto aniversário do blog Cotovia e Companhia (Viva!)
 
  • Ou porque é dia de manifestações dos professores...ou porque hoje é o último dia de inverno antes da primavera...
    ...ou porque primavera rima com Milan Kundera, da "Insustentavel Leveza do Ser", na cidade de Praga, em 68, do século passado, que é também o ano do meu nascimento, e foi na primavera de 2018, deste século XXI, a data de estreia deste blog da Cotovia e Companhia...
     

IMG_20230320_111014.jpg

Quotidiano banal, fotografia de Mafalda Carmona

 
Viva! A Cotovia e Companhia completa hoje 5 primaveras!
 
Justamente no mesmo dia em que os professores se manifestam, em marcha lenta, pelos seus direitos, em 5 cidades portuguesas.
 
Finalmente, coisa mais corriqueira e de somenos importância, mas de grande alegria para esta Cotovia, a laranjeira no quintal voltou a dar flor, depois de ter sido transplantada há 2 anos, e isso é uma grande felicidade porque me lembra a casa da avó O., de Olympia, como a cidade grega, que favorecia a endurance e os audazes, perpetuada nos jogos Olímpicos, e a reforçar este ambiente de passar o testemunho, da revolução, renovação e reinícios.
 
Por todas estas razões, e porque a associação de umas ideias leva a outras ideias, irei falar sobre 5 livros...ou 5 livros para uma vida!
 
E não, ainda não é hoje que vos apresentarei os 5 livros que trouxe da Biblioteca Municipal de Sesimbra, pois estão a recuperar do encontro com o Sr. Shopenhauer.
 
Se vou falar de livros, também vou falar de paixão, não d"A" paixão de Cristo, que isso é mais apropriado na sexta-feira de Páscoa, mas da paixão pela leitura e pelos livros, pois esta paixão faz a diferença no meu quotidiano e mesmo no rumo da minha vida.
 
Porque há mesmo "O" livro que faz toda a diferença, tal como "A" música que faz toda a diferença, e como pude já sentir nesta plataforma de blogs, também há "A" publicação que muda, ou reforça, ou põe em dúvida, a nossa perspectiva de vida, opinião ou sentir.
 
Quanto a música, não será neste post que a irei considerar, se bem que também as tenha, "As" "Minhas" "Músicas", tudo com letras maiúsculas, e não sendo minhas, sou completamente grupie fãzoca quanto a elas, pois acredito piamente que foram escritas e musicadas só para mim, desculpem as restantes Pessoas, não tenho qualquer noção de razoabilidade neste tema...
 
Vamos então ao que me trouxe aqui Hoje:
 
A paixão... dos livros e, mais concretamente, concretizada (viva a redundância) quer no livro como nas Pessoas autoras por trás do livro.
 
Assim, por ordem de chegada, os livros da minha vida, e porquê:
 
0 (livro bónus, mais ou menos o livro de boas vindas).O livro d' "O Patinho Feio", percebi cedo que por vezes a cegonha tem o GPS avariado, mas que tudo tem um significado;
 
1."O Meu Pé de Laranja Lima", passei a gostar de ser criança, não vale a pena odiar a limitação, há sempre um lado bom em qualquer situação;
 
2. "Um Homem Estranho, Numa Terra Estranha", utopias e distopias mostram a importância de sermos todos por um, e um por todos, disso depende a sobrevivência e sanidade da humanidade;
 
3. "Anne Frank, diário", a conivência é mãe de todas as guerras, não olhar para o lado, não ser indiferente quando as injustiças estão a acontecer, ao nosso lado, e a obrigação de escolher um lado, é o garante para manter a humanidade da humanidade;
 
4. "As Vinhas da Ira", a capacidade de suplantar as dificuldades, a diferença de ser a reação ou a ação, e tomar consciência de como essa escolha é determinante para alcançar a independência;
 
5. "A Insustentável Leveza do Ser", a liberdade existe e é uma possibilidade, sempre, mesmo sendo o elemento mais leve, que voa, e se dilui no tempo, mistura-se com toda a gente, precipita-se com a ditadura e a sua única prisão é a verdade, vigiada pelo respeito;
 
E vós, Pessoas, qual foi Aquele livro que fez toda a diferença nas vossas vidas?
 
"O" livro?
E "A" publicação?
"A" música?
 
Ou, colocando-vos a seguinte pergunta:
 
"-Se pudessem voltar atrás nas vossas vidas, Pessoas, e ter o poder de recomendar a vós mesmas uma leitura, e apenas uma, qual seria? E porquê?"
 
Uma leitura, uma música, (re)definem uma vida...(?)
 
Boa Primavera, semana e dia feliz, e se for o caso de manifestação, força Pessoas!
 

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{Cotovia} em Colectânea

Sinopse A Coletânea “ERA UMA VEZ…ALENTEJO” é uma obra que inclui poemas, fotografias, ou obras artísticas originais cujo tema e foco principal seja o Alentejo, e está abrangida no projeto europeu “Antologias Digitais”. Tendo a cidade de Évora sido recentemente nomeada Capital Europeia da Cultura 2027, faz todo o sentido homenagear não só a cidade como também toda a beleza circundante e riqueza cultural da região, e observar as maneiras como estas inspiram as pessoas de vários pontos do globo. Autor: Vários Formato: pdf Edição: 08.05.2023 Ilustração capa e contracapa: Ana Rosado; Vítor Pisco Editora Recanto das LetrasBaixar e-book

{Cotovia} em Antologia

Sinopse Aquilo que temos vindo a testemunhar desde 20 de fevereiro de 2022, provoca em nós sentimentos complexos, melhor expressados através da arte. Esta antologia recolhe estes sentimentos, e distribui-os para quem neles se reconforta e revê. Para o povo ucraniano, fica a mensagem de acolhimento, não só em tempos de crise, mas sempre. Porque é difícil expressar a empatia por palavras, mas aqui fica uma tentativa, por 32 autores, nacionais e internacionais. Autor: Instituto Cultural de Évora Formato: pdf Edição: 14.08.2023 Ilustração capa e contracapa: Ana Rosado Editora Recanto das Letras

{Apoio à Vítima}

A APAV tem como missão apoiar as vítimas de crime, suas famílias e amigos, prestando-lhes serviços de qualidade, gratuitos e confidenciais. É uma organização sem fins lucrativos e de voluntariado, que apoia, de forma qualificada e humanizada, vítimas de crimes através da sua Rede Nacional de Gabinetes de Apoio à Vítima e da sua Linha de Apoio à Vítima – 116 006 (dias úteis: 09h – 21h). Aquando de um crime, muitas pessoas, para além da vítima directa, serão afectadas directa ou indirectamente pelo crime, tais como familiares, amigos, colegas. A APAV existe para apoiar. Os serviços da APAV são GRATUITOS e CONFIDENCIAIS.

{Notícias Sobre a Ucrânia}

A UE condena com a maior veemência a agressão militar não provocada e injustificada da Rússia contra a Ucrânia. Trata-se de uma violação flagrante do direito internacional, incluindo a Carta das Nações Unidas. Apelamos à Rússia para que cesse imediata e incondicionalmente todas as hostilidades, retire o seu pessoal militar e equipamento de todo o território da Ucrânia, no pleno respeito pela soberania, independência e integridade territorial da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas. A UE apoia os princípios e objetivos fundamentais da fórmula de paz da Ucrânia enquanto via legítima e credível rumo a uma paz global, justa e duradoura.
Em destaque no SAPO Blogs
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