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{Cotovia} e Companhia

Olá Pessoas! Bem-vindas ao blogue da Cotovia onde (m)ando {cotovia}ando! Sigam a cor deste vôo: "Nascemos poetas, só é preciso lembrá-lo. Saber é quase tudo. Sentir é o Mundo." @mafalda.carmona

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{Cotovia} e Companhia

03
Nov23

Aldravia

{desafio#14 1foto1texto}


Cotovia@mafalda.carmona

IMG_20231103_143417.jpg

 

E se... a Poesia fosse um jardim?

{Poema em Formato Aldravia*}

**

                                                        jardineiro 

                                                                    semeia

                                                                                                     

                                                                                      poesia

                                                          terrena 

 

                                                                       alegria

 

                                                                                                              carpe diem

**

Mafalda Carmona

03.11.2023 | 09.11hr

 

*"Aldravia: poema composto de até seis versos univocabulares, com sintaxe paratática (por coordenação), é um poema que condensa significação com um mínimo de palavras, sem que isso signifique extremo esforço para sua elaboração.(1) A Aldravia permite certa liberdade criativa na apresentação, desde que mantido o conceito de até 6 versos univocabulares, considerando a apresentação tradicional, ou a disposição visual das palavras no espaço."

Para saber mais sobre este formato de poesia, a aldravia, as ligações para artigos, definições e exemplos:

Para saberem mais sobre o desafio 1foto1texto, aqui fica a ligação para o blogue da Isabel , o  "Pessoas e Coisas da Vida".

Para ver os desafios anteriores da Cotovia:

E se... chovessem arco-íris? #1

E se... o mar fosse de tecido? #2

E se... as mesas falassem?#3

E se... a divisão não existisse?#4

E se... as letras andassem?#5

E se... fossemos sempre crianças?#6

E se... o tempo parasse?#7

E se... fossemos flores?#8

E se... a palavra tivesse dono?#9

E se... houvesse Paz?#10

E se... o Céu fosse uma prisão?#11

E se... fosses gato abandonado?#12

E se... a Vida fosse um jogo?#13

E se... a Alma for roubada?#14

 

P.S.

A Cotovia não poderia ir descansada de fim-de-semana sem partilhar um post scriptum... Aqui vai a revelação de suma importância, como habitual (só que não, é só relativamente importante...):

Ao ficar a conhecer um pouco melhor este formato de Aldravia pude concluir que o "Poema do Malmequer" que se trata apenas de uma recolha de expressão popular, não sendo da minha autoria, senão a conjugação com as imagens, é uma Aldravia, senão vejam:

"mal-me-quer

bem-me-quer

muito

pouco

nada

amor"

Agora sim, posso desejar um excelente fim-de-semana, Pessoas!

 

P.S.2

Olá Pessoas novamente!

Hoje é sábado e ainda com o pensamento neste Aldravia do jardim de poesia, pensei que poderia ser editado, por isso quem aqui de vós Pessoas vier avoar neste fim-se-semana, se vos for possível, que participe na votação, e diga qual a que prefere. A versão inicial será o "Jardim Aldravia #1" e esta agora será o "Jardim Aldravia #2":

 

E se... a Poesia fosse um jardim?

 

                              jardineiros

 

      semeiam

 

                   poesias

 

     florescem 

 

                       alegrias

 

                                     amores-perfeitos

 

Mafalda Carmona

04.11.2023 | 09.31hr

E é isto! Bom sábado Pessoas! Beijinhos, abraços... E viva a Poesia!

24
Mar23

O Professor... e as Greves


Cotovia@mafalda.carmona

...ou o sarcófago...

ou a asfixia do sistema de educação, ou a turma dos 14...ou abram alas se faz favor...

  • O professor C. era o professor coordenador do módulo de disciplinas técnicas e práticas de eletrotecnia. Foi meu professor, e de mais 13 alunos, durante 3 anos. As aulas decorriam em salas numa ala do edifício situada no piso térreo, com umas janelas estreitas de vidro reforçado em arame, com vista para o estacionamento, onde nunca entrava o sol, por estarem viradas a norte. Por isso, cheirava a mofo, e as placas de madeira que serviam para montar os circuitos de eletricidade, eram desagradáveis ao toque e deixavam um cheiro a madeira prensada desagradável, como o cheiro do cartão molhado.

As aulas de Matemática, Português, Físico-química, Filosofia, Inglês e Educação física, eram distribuídas pelas outras alas do edifício, em salas com janelas, bem iluminadas e algumas delas até no segundo piso, ou mesmo, como as de filosofia, na sala "anfiteatro", com boa vista. Por isso muitos dos 14, quando juntos aos restantes da turma geral, passavam mais tempo a olhar pela janela do que para o quadro bem iluminado, a receber luz pelo lado certo, sendo possível ver tudo o que lá se escrevia.

E eu fazia parte do leque que, nas aulas gerais, escolhera um lugar à janela, bem lá atrás, onde passava a maior parte do tempo a olhar para as nuvens, as pessoas e a praça, mesmo se agora já se via para o quadro.

Nos anos anteriores a esta experiência do "sarcófago elétrico", como interiormente passei a chamar ao conjunto de salas dos 14, escolhia uma carteira na fila da frente, de modo a ver bem o que se passava no quadrado preto, pois sou míope, e tinham deixado de nos sentar por ordem alfabética a partir do 7° ano, o que era muito bom para mim, porque não tinha de andar a fazer pedidos para me sentar na fila da frente, ou antes o meu encarregado de educação, pois para muitas pessoas a pitosguice alia-se à confusão auditiva, e nunca se chega a ver verdadeiramente bem, pois, a cada mês, a graduação aumenta um aro de fundo de garrafa nas lentes dos óculos, e não há orçamento familiar que aguente tanta mudança de lentes, destas, chamadas, miopias progressivas ou grandes míopes, o meu caso.

Por causa destas (des)ordens alfabéticas as amigas e amigos de escola têm todos os nomes ou começados por M, ou antes, o Luís tinha sido meu colega de carteira durante anos, ou a Mané (Maria Manuela), Maria João, o Mário, o Miguel, o Nuno, a Paulinha, o Paulo ( o "meu" Paulo), o Pedro, a Rita ( a "minha" Rita), o Rui, o Vítor, o Sérgio e por último, o Telmo, que ironia do destino, maldade, foi o primeiro de nós a partir em 2017, vítima de acidente na A1.

Ainda hoje, felizmente, muitos destes, se mantém como amigos, e com um deles até casei há mais de 33 anos, e é o pai das minhas filhas e avô dos meus netos, o que não deixa de ser interessante, pensar se me chamasse Ana, qual seria o efeito que isso teria tido.

Mas voltemos às aulas no sarcófago, onde os 14, mais o professor, 15, cumpriam o seu horário nas salas de aula com más condições, onde a má iluminação, era além de insuficiente, incorreta, pois o quadro estava posicionado a receber a luz vinda da direita, não víamos nada do que lá se escrevia, sendo a má ventilação responsável pelo acumulo de bolores e fungos.

Talvez por isso, o Professor C. andava sempre a fungar e a tossir, pelo que trazia consigo um lenço, de pano, como se usava na altura, com a inicial do primeiro nome do professor, outra que não a C, mas nesse tempo o respeito era muito bonito e mantinham-se as distâncias, pelo que não sabíamos qual o primeiro nome desta inicial, que tal como a identidade do seu portador, estava guardado no bolso do casaco, onde se assoava (no lenço, claro), que depois de aberto e usado, era dobrado meticulosamente para voltar para o bolso, até próxima utilização. Tudo muito ecológico.

Mas se pensam que o busílis era, apenas, a falta de condições da sala, esclareço que não era.

O busílis era que o professor tinha um ditado de sua estima, que repetia todos os anos, logo na primeira avaliação, quando ia entregando os testes, por ordem crescente de classificação, até chegar ao último, que neste caso era o primeiro, tomando à letra o estrito cumprimento deste ditado popular dos "últimos são os primeiros" para quando o aluno que melhor nota obtivera, e aguardava o teste, que o professor C. retinha, entre o polegar e o anelar, enquanto segurava um cigarro entre o indicador e o dedo médio, fazendo demorar e render o peixe. 

Se acham que a descrição é demorada, estou a ser bem sucedida ao transmitir o sofrimento impaciente que se apoderava de todos os 14, sem exceção.

Assim o décimo quarto recebia, finalmente, o seu teste e ao mesmo tempo que era revelado o valor numérico em percentagem, o professor C. citava o ditado de sua eleição:

"O primeiro milho é dos pardais!'

Nestes momentos épicos, a juntar às más condições do espaço, juntava-se a total incompreensão do décimo quarto e dos outros 13. Só o Sr. professor tinha conhecimento dos porquês daquela tirada sem igual.

Isto fez com que o professor C. sem se dar conta, ou dando e fosse esse o propósito, suscitasse nos alunos uma curiosidade para descobrirem o significado desta curiosa expressão e do seu obscuro significado.

Cada um dos 14 deve ter chegado à sua própria conclusão.

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Por mim aquilo que, resumidamente conclui, e que pouco tem a ver com o ditado preferido do professor, (senão no facto de o teto de notas do Sr. Professor ser, também em sincronia com o número de alunos da turma, 14), é que:

Primeiro: É errado colocar alunos e professores a trabalharem e estudarem em salas sem condições (esqueci de referir que a dita sala sarcófago era gélida no inverno, pelas portas de metal dos cacifos e nas janelas escorria água, e o Sr. Professor, mesmo quando não estava a fumar, qual dragão, exalava vapor de água, em forma de névoa digna de um romance dos cavaleiros de Avalon, a cada palavra...) 

Segundo: Duas coisas boas, já não se pode fumar em espaços fechados, muito menos em sala de aula, e já não se sentam os alunos por ordem alfabética, espero eu, nas aulas.

Terceiro: as condições do espaço físico onde se trabalha, estuda ou vive, têm influência determinante na qualidade de vida das Pessoas, neste caso de alunos e professores, e obviamente, nos resultados escolares de alunos e desempenho dos professores.

Quarto: que isto tenha acontecido no século passado, e desde então já se passaram quatro décadas, mas não se passaram alterações significativas na maioria das escolas deste país, nem na precariedade da profissão de professor, é que é assunto para refletir;

Quinto: quatro décadas depois o nível de escolaridade obrigatório aumentou para o 12° ano, e as turmas não têm, por norma, 14 alunos, mas o dobro ou mais, e isso também é um assunto para refletir.

Além destes problemas, crónicos, no nosso Sistema de Educação, existem muitos outros que atingem professores, alunos e pais de formas diferentes mas com as mesmas consequências: más condições de trabalho e estudo, precariedade nas condições de trabalho, de acesso, e em consequência as vidas de todas as Pessoas que estão neste sistema, precisam de ser melhoradas, respeitadas e dignificadas.

Por isso, sim, eu apoio a greve, e também as manifestações, as demonstrações, neste caso, quando não há nada a elogiar, nem com o que concordar.

06
Mar23

Chuva...


Cotovia@mafalda.carmona

  • ...para que te quero?...ou como encontrar o lado B dos dias cinzentos de inverno, ou como encontrar a felicidade, mesmo nos dias de chuva, ou como é passar uma segunda-feira na pele, e penas, de uma Cotovia, ou como:

"A vida não é sobre esperar que a tempestade passe, é sobre aprende a dançar à chuva" 

Vivian Green

Parece difícil aprender a dançar à chuva, por muito tentadora, e hollywoodesca que a proposta possa parecer, assim como manter a positividade ( não sei se existe tal palavra, mas continuamos sendo criativas, mesmo com chuva... e mesmo quando a dislexia causada pelo stress destes dias me faz trocar os "f" por "v" e os "ch" por "j", não percebo a origem disto... mas é perturbante de repente palavras amigas se transmutarem em coisas sem nexo...) quando, como disse o escritor José Luís Peixoto:

"A chuva cai como um idiota, não pensa nas flores que estraga." 

É verdade, tal com a chuva eu mesma me sito uma idiota, por estar a reclamar com um dia conzentão de inverno, quando há tantas outras coisas mais graves a acontecer, e quando sei que de muitas formas, a chuva é necessária.

Se é verdade que as flores precisam de chuva para crescer, também é verdade que eu aprecio as citações, talvez por comodidade, talvez por reconhecer o trabalho que outros antes de mim, ou contemporaneamente, tiveram, e têm, a trabalheira de pensar para abrir caminhos "para além do cabo de Taprobana" nos mares do pensamento.

E, dando voz a Vivienne Westwood, e até o Pessoa e criou homónimos para conversar:

"Eu acredito que o único modo de mudar o mundo é ser feliz".

E, já que falei em Pessoa, talvez o melhor seja seguir o conselho de Fernandito:

"Para ser grande, sê inteiro: nada teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fazes."

Portanto, vou manter-me fiel a mim mesma e contar como tudo aconteceu neste dia de hoje da Cotovia:

Acordei com chuva lá fora e isso fez despertar o urso pardo mal disposto que vive sempre na esperança de ter um momento de destaque no dia da Cotovia, mesmo se pela negativa. Mas depois de uns minutinhos de auto-piedade, exatamente 10, entre o momento em que o despertador toca e aquilo de empurrar o ecrã para cima e "adiar o despertador por 10 minutos", lá me lembrei de que sou uma Cotovia, e afastei a tentação de continuar a brincar aos ursos hibernados, e lembrei da frase de Henry Ford, que aliás é semelhante às indicações sobre os percursos para chegar a qualquer lado, dadas por uma das minhas Pessoas muito amigas, pois para ela, ir pela esquerda, pela direita ou em frente vai dar tudo no mesmo e é um bocado confuso mas lá nos vamos orientando:

" Se achas que podes ou achas que não podes, então estás certa."

E neste ponto do post, em que a ameaça de escrever qualquer coisa apenas com citações, está muitíssimo próxima de se tornar uma realidade, com o apoio inequívoco ( não que lhes tenha sido perguntado e suponho que sabendo da sua inclusão a teriam negado) dos seus múltiplos autores, a corroborarem o estado de (des)animo da Cotovia, por causa deste dia chuvoso.

Assim como assim, decidi encontrar um meio de aproveitar este tempo da melhor maneira possível, cumprir com o meu papel de Cotovia neste mundo, e mesmo sendo difícil encontrar o lado positivo num dia de chuva destes.

Para isso tive de, em primeiro lugar, aceitar que a vida de uma Cotovia é feita de dias bons e maus ( vá, menos bons...), de vencer a tentação de ficar no ninho quentinho, deixar-me levar pela preguiça e adiar todas as tarefas e trabalho.

Depois, pensei em formas simples de melhorar o meu dia, concentrar-me em pequenas ações que me tragam alegria e bem estar, e obrigar-me a cumprir os meus propósitos de melhorar um pouco a cada dia, de acordo com a filosofia japonesa kaizen (podem ver aqui o post da Cotovia onde falei sobre o grito de Ipiranga, digo, de kaizen em outubro de 2020).

Pensei (e passei isso para a prática, claro) em ouvir umas músicas que gosto de ouvir nos dias de chuva:

"P'ra Frente é que é Lisboa" d'os Quatro e Meia, "Here Comes the Sun" dos Beatles e "Happy" de Pharrell Williams.

Ou rever um programa de rádio preferido, ou mesmo fazer uma vídeo chamada para uma pessoa amiga, acrescentar uma pitada de humor, uma piada, uma brincadeira amistosa, pensar numa poesia para escrever, deixar a mente voar e sonhar com o que desejo realizar (ou mesmo que não deseje assim tanto, não vale a pena adoar, tenho mesmo de fazer, impreterivelmente),  ler um livro nos transportes (se houver lugar para sentar... por exemplo "O Poder do Agora", de Eckhart Tolle, mas para facilitar deixo aqui o link para o resumo animado deste livro no youtube com cerca de 8 minutos).

Coisa mais difícil de fazer é lembrar-me de que a chuva é uma dádiva da natureza, que traz a vida para a terra e enche os rios, lagos e barragens, necessária portanto, para a natureza e para o mundo se renovar e transformar, assim como posso renovar a esperança no futuro  e, tentar, abraçar a parte bela da chuva (toda a coisa tem o seu lado bom), reconectar-me com a natureza e ficar tranquila com isso, dizendo, está tudo bem, vai passar, o sol está lá atrás das nuvens, sem problema.

Por falar em abraços, na segunda-feira, dia em que é ainda mais difícil encontrar o ânimo para enfrentar a semana, porque muito foi empurrado de sexta-feira para a segunda e agora as opções continuam em cima da mesa, e as decisões duras que temos de tomar estão impacientes a bater o pé, mas ainda assim, podemos tentar reagir e mudar as circunstâncias adversas, com coisas simples, como dar ou receber o tal abraço, apertado, sentido porque esse abraço pode, mesmo, fazer toda a diferença no nosso dia.

Mais importante, concluí que não podendo ficar enrolada nas mantas nem ser urso, não posso comportar-me como tal, e descarregar nos outros as minhas frustrações, que as Pessoas tem os seus próprios ursos (hibernados, espero eu) para gerir, e mesmo assim são gentis e solidárias mostrando gratidão a quem as rodeia e fazem a diferença nas suas vidas, e nas nossas, na maioria dos dias, incluindo os dias de chuva.

Aliás, é mesmo nestes dias de chuva que é tão importante agirmos com correção e gentileza, seja no trabalho, seja quando estamos do lado de dentro, ou de fora, de um balcão de atendimento ao público, seja sendo pacientes com uma Pessoa da familia ou mostrando apoio a alguma das nossas Pessoas se doentes.

Pensando nestas Pessoas, desejo a todos os leitores e seguidores deste blog, saúde e melhoras, e a todos os que estejam a passar por um momento difícil, que encontrem conforto e esperança no amor e na solidariedade de amigos e familiares, e também, tão ou mais fundamental, na bondade de desconhecidos, na ajuda providencial vinda de onde menos a esperávamos, para que possamos cuidar da nossa saúde e mantermo-nos positivos e esperançosos quando vivemos momentos difíceis, que muitos de nós enfrentam quer nas vidas pessoais como profissionais.

post chuva2.JPG

Até porque, às vezes, as coisas não correm do modo que queremos e a superação dos problemas pode parecer impossível.

Por isso é tão importante a partilha de experiências, como forma de encorajamento para quando precisamos de um pouco de conforto e inspiração para enfrentar o dia a dia, e desenhar a vida o melhor que conseguirmos, sobretudo naqueles dias em que nada parece correr bem.

Nestes dias pode ser fácil ficarmos presas em pensamentos negativos, Pessoas, mas pensem comigo: se há livros inspiradores e motivacionais que além de prometerem encontrar a felicidade nas pequenas coisas, se apresentam com títulos como "A Subtil Arte de Ligar o F*da-se" de Mark Manson ou "Liberdade, Felicidade & F*da-se!" de Mirian Goldberg ( aqui o link para apresentação deste livro, 17 páginas incluindo capa e contra capa em .pdf), porque não seguir essa tendência?

chuva e.JPG

"Cada um dos 17 capítulos do livro começa com uma pergunta, apresenta uma discussão e termina com um espaço para o
leitor anotar as suas ideias e reflexões."

Mas, se considerarem que não querem dar vazão a uma leitura onde os autores utilizam o calão, e estão no vosso direito, claro que existem outras sugestões de leitura como "A Arte da Felicidade" do Dalai Lama e Howard C. Cutler.

Deixo-vos, a todas vós Pessoas, ainda este poema de Mario Benedetti, que dedico também, especialmente, no dia de Hoje às minhas filhas:

"Não te rendas, ainda estás a tempo/ De alcançar e começar de novo/ Aceitar as tuas sombras/ Enterrar os teus medos/ Libertar o lastro/ Retomar o voo.

Não te rendas que a vida é isso,/Continuar a viagem,/ Perseguir os teus sonhos,/ Destravar o tempo,/ Correr os escombros,/ E destapar o céu.

Não te rendas, por favor não cedas,/ Mesmo que o frio queime,/ Mesmo que o medo morda,/ Mesmo que o sol se esconda,/ E se cale o vento,/ Ainda há fogo na tua alma/ Ainda há vida nos teus sonhos.

Porque a vida é tua e teu é também o desejo/ Porque o quiseste e porque eu te amo/ porque existe o vinho e o amor, é certo./ Porque não existem feridas que o tempo não cure./ Abrir as portas,/ Tirar os ferrolhos, abandonar as muralhas que te protegeram,/ Viver a vida e aceitar o desafio,/ Recuperar a luz é voltar a ousar,/ Mover o barco,/ Atrever-se a navegar.

Não te rendas, por favor não cedas,/ Mesmo que o frio queime,/ Mesmo que o medo morda,/ Mesmo que o sol se esconda,/ E se cale o vento,/ Ainda há fogo na tua alma/ Ainda há vida nos teus sonhos.

Porque cada dia é um novo começo./ porque esta é a hora e o melhor momento./ Porque não estás só, porque eu te amo."

Para cúmulo, a FFMS enviou o seu e-mail aos subscritores do site da Fundação Francisco Manuel dos Santos, e, adivinhem qual era o título?

"Felicidade, Não É Assim Tão Simples".

Nesta entrevista as perguntas giram em torno da felicidade: O que é a felicidade? Pode ser estudada? Existem passos que todos possamos seguir para nos tornarmos felizes? Para responder a estas questões, Pedro Pinto entrevista Laurie Santos neste episódio da série «Isto Não É Assim Tão Simples», estreia dia 8 de Março, para saber mais vejam aqui.  

P.S.

E não é que de repente, ao bater do meio dia e meia, tive uma súbita inspiração e encontrei uma forma de tornar o dia de chuva mais agradável para todos no meu ninho?! Preparei uma caldeirada de maruca e pescada, simples, rápida (pelas 13 já estava pronto) e económica, com um pouco de azeite, alho e ingredientes frescos, que dá para 2 Pessoas e uma Cotovia.

Esta refeição simples também se destina a ajudar a melhorar a minha saúde. O meu médico de família recomendou que aumentasse o consumo de peixe e sopas para melhorar o meu colesterol (o bom, e diminuir o mau, que aquilo tem valores que se fossem as leituras aqui do blog era caso para figurar nos post mais lidos do Sapo todos os dias do mês, com sol ou com chuva!). E peço desculpa pela minha obsessão com refeições, mas manter uma dieta saudável para corresponder às indicações do meu médico, tem sido uma preocupação real e espero que a minha caldeirada seja uma boa opção para o almoço de hoje, além de poder usar as sobras para fazer uma sopa de peixe para o jantar, acrescentando uns mexilhões congelados.

Fotografei a minha caldeirada para partilhar convosco, Pessoas, e para me recordar que um dia de chuva não tem de ser um dia triste, e que talvez seja possível ncontrar uma forma simples de o tornar mais agradável e fazer toda a diferença nessa semama.

caldeirada.JPG

P.S.#2

Sabemos bem que os caminhos que nos levam à felicidade são desconhecidos e o destino é incerto, por isso é aproveitar o caminho, com aceitação e gratidão pelo que temos na nossa vida, valorizar o que temos e quem temos do nosso lado, mesmo com as incertezas da vida.

Para finalizar (desta é que é), uma citação de Vivienne Westwood, que acredito ser muito pertinente para o tema de hoje, e que sinceramente poderiam vir do código de vivência transmitido pela minha parte paterna:

"Não compres coisas desnecessárias com dinheiro que não tens, para impressionares pessoas de quem não gostas. Vive simplesmente, para que outros possam simplesmente, viver."

Espero que estas sugestões sejam úteis e ajudem a enfrentar esta segunda-feira chuvosa, porque a vida é curta demais para não se aproveitar todos os momentos, mesmo os mais cinzentos!

Um abraço apertado da Cotovia para vós Pessoas, boa semana e até ao próximo post!

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{Cotovia} em Colectânea

Sinopse A Coletânea “ERA UMA VEZ…ALENTEJO” é uma obra que inclui poemas, fotografias, ou obras artísticas originais cujo tema e foco principal seja o Alentejo, e está abrangida no projeto europeu “Antologias Digitais”. Tendo a cidade de Évora sido recentemente nomeada Capital Europeia da Cultura 2027, faz todo o sentido homenagear não só a cidade como também toda a beleza circundante e riqueza cultural da região, e observar as maneiras como estas inspiram as pessoas de vários pontos do globo. Autor: Vários Formato: pdf Edição: 08.05.2023 Ilustração capa e contracapa: Ana Rosado; Vítor Pisco Editora Recanto das LetrasBaixar e-book

{Cotovia} em Antologia

Sinopse Aquilo que temos vindo a testemunhar desde 20 de fevereiro de 2022, provoca em nós sentimentos complexos, melhor expressados através da arte. Esta antologia recolhe estes sentimentos, e distribui-os para quem neles se reconforta e revê. Para o povo ucraniano, fica a mensagem de acolhimento, não só em tempos de crise, mas sempre. Porque é difícil expressar a empatia por palavras, mas aqui fica uma tentativa, por 32 autores, nacionais e internacionais. Autor: Instituto Cultural de Évora Formato: pdf Edição: 14.08.2023 Ilustração capa e contracapa: Ana Rosado Editora Recanto das Letras

{Apoio à Vítima}

A APAV tem como missão apoiar as vítimas de crime, suas famílias e amigos, prestando-lhes serviços de qualidade, gratuitos e confidenciais. É uma organização sem fins lucrativos e de voluntariado, que apoia, de forma qualificada e humanizada, vítimas de crimes através da sua Rede Nacional de Gabinetes de Apoio à Vítima e da sua Linha de Apoio à Vítima – 116 006 (dias úteis: 09h – 21h). Aquando de um crime, muitas pessoas, para além da vítima directa, serão afectadas directa ou indirectamente pelo crime, tais como familiares, amigos, colegas. A APAV existe para apoiar. Os serviços da APAV são GRATUITOS e CONFIDENCIAIS.

{Notícias Sobre a Ucrânia}

A UE condena com a maior veemência a agressão militar não provocada e injustificada da Rússia contra a Ucrânia. Trata-se de uma violação flagrante do direito internacional, incluindo a Carta das Nações Unidas. Apelamos à Rússia para que cesse imediata e incondicionalmente todas as hostilidades, retire o seu pessoal militar e equipamento de todo o território da Ucrânia, no pleno respeito pela soberania, independência e integridade territorial da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas. A UE apoia os princípios e objetivos fundamentais da fórmula de paz da Ucrânia enquanto via legítima e credível rumo a uma paz global, justa e duradoura.
Em destaque no SAPO Blogs
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