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Cotovia e Companhia

Olá Pessoas! Bem-vindas a este blogue onde (m)anda, esvoaçando, a Cotovia🐦! "Nascemos poetas, só é preciso lembrá-lo... Saber é quase tudo. Sentir é o Mundo." Mafalda Carmona

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Cotovia e Companhia

13
Set23

Transformação


Cotovia (MC)

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Olá Pessoas! Bom dia! Bem vindos à Ilha da Cotovia, lugar de Poesia neste postal intitulado... Transformando ou... Regressando!... ou aterrando... ou Cotoviando! 

 

Associados ao mês de Setembro estão os recomeços, as transformações, por isso a Cotovia vai aproveitar a boleia e abraçar um novo destino de vôo...

 

Assim, após um ano como Cotovia em que andei poetando, vou partilhar essa experiência em poesias no Instagram e também no Facebook e no SAPO Blogs.

 

Serão 12 meses de poesias e fotografias.

 

E... começou com as primeiras publicações a dia 12 de Setembro de 2023. Hoje partilho em simultâneo este postal poético, "Ilha da Poesia" nas três plataformas. 

 

O formato é, sobretudo, visual, numa contribuição para espalhar a poesia por esse Mundo fora, para chegar ao maior número de Pessoas!

 

A fotografia é de @_carmona.ph_

Espero que gostem!

Continuação de uma excelente semana para todos vós, boa quarta-feira Pessoas... e... Viva a Poesia!

26
Jul23

Patos Furiosos...


Cotovia (MC)

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(1)... não é, afinal, o título da rúbrica de televisão transmitida em horário adequado para as mini Pessoas, mas sim "Factos curiosos", que, devido à nova grafia dada pelo A.O., que se reflecte na sonoridade sem o "c", os "fáquetos", se tornam "fátos", e, para esta Cotovia com ouvido difícil, assim se transformaram rapidamente em "Patos furiosos", talvez também pela proximidade de espécie entre aves, o processamento linguístico algures perdido entre outros milhares de processos, ou serão milhões, achou mais adequada a imagem de patos furiosos, do que patos curiosos, já se estivéssemos a falar de gatos, talvez os curiosos de mantivessem... Isto tudo para chegar ao ponto em que elaborei a seguinte frase, que aliás teve a génese numa resposta ao Sr. F., e que é a seguinte:

*"Não interessa o que somos nem o que fazemos, o que importa é o que acham que somos e fazemos... ou fizemos."

Mais, acrescento, o contexto é determinante, e por isso o Sr. F. concordou quando a sua conhecida e amiga de convivência esporádica, na mesa do café onde se cruzam quando vão buscar o jornal, com toda a certeza do mundo, lhe disse:

"-Belo passeio ontem Sr. F., foi passeio até tarde, já passava da hora de jantar quando regressou!"

"- Ah pois foi pois foi... Foi um grande passeio."

Na verdade o passeio foi um exame, que passou a consulta, que passou a esperar para o final da tarde para uma intervenção cirúrgica de urgência destinada a trocar "as pilhas", "-Aqui.", indicou o Sr. F., com um gesto largo à altura do peito, do lado esquerdo, como se estivesse a cortar um grande atum.

Ao que lhe digo"- Já viu Sr. F.?! Que grande passeio? Para vermos que... E lá atiro a minha frase, ali a supra* ao que o Sr. F. sorrindo satisfeitíssimo como se estivesse a fazer uma marotice, confirma:

"-É verdade, não interessa nada, mas também não a vou esclarecer..." diz enquanto encolhe discretamente os ombros, num gesto quase despercebido, antes de prosseguir:

"- O que importa é que agora já está feito, a máquina tem pilha para mais uns anos, vamos ver se desta vez cicatriza em condições, que da outra vez foi difícil."

Mais uma vez o contexto é determinante quando me refiro a dificuldades, as auditivas, minhas, ou do atum imaginário que o Sr. F. tem no peito, para falar de peixes, mas agora não do atum, mas da "Eloquência da Sardinha", um livro de Bill François, da editora Quetzal, com sub-título " Como os peixes falam connosco desde o fundo do mar"... Ou ainda abrindo o livro, este senhor Bill deve ser como a Cotovia, cheio de vários "ou"...ou "Histórias extraordinárias do mundo submarino."

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(2) E, como é normal quando olho para um livro pela primeira vez, de um autor que não conheço, e a breve descrição na orelha não satisfaz a minha curiosidade, vou procurar informações complementares, e encontrei-as, adequadamente, no fim do livro:

"Sobre o Autor - Bill François" aqui pude perceber que é um autor jovem, terá por volta de 30 anos de idade, francês, e que completou o "doutoramento sobre a dinâmica dos fluidos aplicada ao movimento de cardumes de peixes, na Escola Superior de Física e química Industriais, em Paris." 

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(3) Além disso também se esclarecem as motivações para a publicação desta história:

"a paixão pelo mar (...) A sua proposta é a de escutar o misterioso silêncio do fundo dos oceanos ("desvendar o som do mar") para descobrir a linguagem, os rituais e as formas de comunicação das espécies que nadam, flutuam e dançam sob as águas (...)"

E podem ler o texto desta apresentação, assim como o "Sobre a Tradutora" Sandra Silva nas imagens partilhadas em (3) e (4).

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(4) Aquilo que pelo contexto e temática do livro não esperava encontrar, além dos factos curiosos (aqui designação bem aplicada, ou, contextualizada) sobre a fonte dos caracteres, "da família Caslon, inspirados na tradição barroca holandesa do século XVII e originalmente desenhados, em 1722, pelo tipógrafo e gravador inglês William Caslon (1692-1766)" foi um pedaço de céu, ou antes, mar poético, que aqui vos deixo, pois deixou-me a matutar na possibilidade de patos furiosos surgirem de factos curiosos, ou qualquer outra surpresa espantosa como esta, em que prosa poética surge de um livro sobre os cardumes de sardinhas, porque, de facto, o Mundo é espantoso!

"Começamos por vislumbrar apenas uns clarões furtivos de luz que roubam raios efémeros ao sol.

Mesmo nos cardumes numerosos e compactos, as sardinhas sabem tornar-se invisíveis.

Os seus dorsos são azuis como o mar: ninguém consegue, por isso, vê-las de cima.

Observadas por baixo, os seus ventres nacarados desaparecem sob a luz do sol.

De lado, os seus flancos transformam-se em espelhos."

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(5) a (1) fotografias de excertos do conteúdo, e capa do livro "A Eloquência da Sardinha " de Bill François, editora Quetzal.

E, como não resisto, deixo-vos um pouco mais de eloquência da sardinha, ou, como o entendi, de poesia, de um excerto da página 11 deste livro, com o desejo de que apanhem boleia para o destino da felicidade e alegria neste imenso mundo cheio de possibilidades. Excelente quarta-feira, Pessoas! Dia muito feliz!

"Delicadamente, apanhei-a com o meu camaroeiro e contemplei, incrédulo, este espantoso presente do mar que rodopiava na água do meu balde de plástico. A sardinha fitou-me com os seus olhos brancos e pretos, como se quisesse dizer-me alguma coisa. Tive a sensação de que, por trás daquele silêncio, tinha segredos a revelar-me, sobre a sua vida no mundo azul onde não temos pé, sobre o seu estranho quotidiano de sardinha. (...) Subitamente, as águas profundas deixaram de meter-me medo; senti-me fascinado pelos seus segredos mudos."

07
Jul23

Cor...


Cotovia (MC)

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(1)...Ou McCurry: O desígnio da cor e a Antologia Poética de Natália Correia.


A primeira referência deste postal aborda o documentário de 2021, com a colaboração da Creative Europe Media Programme of the European Union, que apresenta um olhar sobre o fotógrafo Steve McCurry, o autor por detrás das célebres fotografias das quais a mais conhecida será o retrato da "sua" "Rapariga Afegã", as dificuldades, riscos e perspectivas ao longo de 40 anos de trabalho onde criou algumas das imagens mais impactantes do Homem do nosso tempo, neste filme de autoria de Denis Delestrac, e a poesia de Natália Correia na introdução da Antologia Poética, das publicações Dom Quixote, de 2919, organizada e seleccionada, por Fernando Pinto do Amaral, com enfoque no seu prefácio.


Em comum, a percepção que dão da visão de si mesmos enquanto autores e do mundo, e a influência que exercem no decurso do tempo, do nosso tempo e da nossa história comum e particular.


Bonnie McCurry Reum, irmã e presidente do estúdio afirma acerca de Steve McCurry algo que, também na minha visão pessoal, se assemelha a toda a obra artística, seja de imagem, seja de escrita em prosa, prosa poética ou poesia, seja de pintura ou escultura, de cinema, de música, de dança, de teatro, e aqui na área da fotografia:


"Todas as fotografias que um fotógrafo tira são,  em certa medida um auto-retrato. São reveladoras de uma pessoa, do que lhe interessa...do que lhe toca, do que é profundo para ela. E há algo da sua psique que é revelado."

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(2)

Por outro lado, Steve McCurry começa o documentário afirmando:

"Um dia, o mundo vai ser uma espécie de terminal de aeroporto grande e homogéneo, Vai ser tudo vidro, metal e cimento. Podemos estar em Xangai, Cabul ou Buenos Aires, que vai ser tudo igual. Não sei se queremos viver num mundo sem cor sem diferença.(...)


Nós percebemos que o progresso é imparável, que é inevitável e que as coisas mudarão, mas vamos, pelo menos, guardar alguma recordação da forma como éramos.(...)


A fotografia é apreciar o mundo, encontrar uma imagem , uma situação, que fale uma linguagem universal. Tenho uma necessidade constante, ou um impulso, de criar um álbum fotográfico da nossa espécie, antes de o mundo avançar e as suas nuances desaparecerem."


E, também a propósito da cor, da sinestesia presente na poesia, cheguei a Natália Correia, e ao prefácio desta Antologia Poética:


"A poesia de Natália Correia surge relacionada com uma excepcionalidade inquietante e perturbadora, (...) acentua-se a dimensão gustativa, sensorial ou carnal da poesia, inscrevendo-se num entendimento global do mundo em que o o espírito é tão real como uma árvore, pressupondo uma integração harmoniosa com a natureza."


"A arpa do vento
e os teus dedos de ventania
compuseram uma canção
da mais fantástica alegria(...)

É uma onda de magia
onde se enrolam os mortos
erguidos da terra fria
dum rosto que lhes pintou
a nossa melancolia"


Natália Correia.

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(3) capa do livro "Natália Correia - Antologia Poética

(1), (2) e (4) capturas do documentário Steve McCurry: O desígnio da cor

P.S.

Ainda relativamente ao tema deste postal, a cor, mas no sentido do "colorido" da escrita conforme referi em  Natália Correia, á uma ocorrência especial relativa aos sentidos que é a sinestesia, mas da qual irei aqui fazer um pequeno apontamento, o da sinestesia como figura de linguagem, e, no caso, aplicada à poesia, e até são duas palavras que rimam.

"Cada modalidade sensorial possui receptores que só reagem a um tipo especifico de estímulo. Na criança pequena, todavia, a visão, audição, o tacto, o paladar e o olfacto estão ainda misturados, e poucas pessoas adultas conservam esta capacidade de sentir multiplos sentidos em simultaneo atraves dos mesmo receptores, uma em cada 500 000, ou sinestesia. (...) 

Poetas e escritores, fascinados pelo fenómeno, procuraram captar as correspondências secretas de um mundo onde os sentidos se correspondem mutuamente:

Depois de Baudelaire "os perfumes, as cores e os sons respondem uns aos outros" Rimbaud, no seu soneto das "Vogais" (1871), explora uma álgebra misteriosa "A preto, E branco, I vermelho, U verde, O azul" (...) in ABCeário dos Cinco Sentidos, Jornal Público.

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(4)

14
Jun23

Quatro...


Cotovia (MC)

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(*)...Desafios de Escrita, o livro do José da Xã, chegou no passado mês de Maio, com a primavera e amizade do José, depois de o conhecer no seu blog, num dos meus voos a seguir o rumo de um desafio da nave alienígena da Alien mas, além das mensagens a agradecer, optei por apenas partilhar a minha aventura deste livro depois de terminada a leitura.

Como nota prévia tenho a dizer que não participei em nenhum dos desafios, nem os conhecia ou pude comentar porque, embora tenha o blog da Cotovia e Companhia desde 2018, só entendi a dinâmica do Sapo em 2022. Na verdade, o desconhecimento era tal que acreditava que ninguém veria as minhas publicações se não as partilhasse no Facebook onde tenho também uma página. Naquela altura, aqui no Sapo blogs, a minha Cotovia e Companhia tinha apenas sete seguidores, com os quais não sabia como interagir, o que tornava qualquer dinâmica impossível. 

Além disso, como o caminho era de duas vias, também não conhecia as personagens do José nem os seus quadros até agora, nem a possibilidade de visitar e comentar ativamente as publicações nos vossos diferentes "cantos". Isso só aconteceu a partir de setembro do ano passado, em 2022, e foi apenas este ano que conheci o José da Xã e o seu blog LadosAB (https://ladosab.blogs.sapo.pt/).

Portanto, também foi uma novidade para mim conhecer as personagens Malquíades, Elizário e Valdemar, que considero a melhor representação de nós mesmos, as personagens das nossas vidas, pessoas comuns. O José consegue tornar heróicos os não-heróis, isto é, os homens e mulheres do quotidiano, em pequenos episódios em que o comum, a simplicidade ou aquilo que quase se apresenta como insignificante, têm um papel importante, tal como acontece a todos nós em todos os dias.

O formato do livro, em diferentes capítulos para os diferentes quatro desafios, é bem articulado pelo imaginário e estilo próprios do José, onde os mundos criados e surpreendentes revelam uma perspectiva do dia a dia que poderia ser a de qualquer um de nós, excetuando as reviravoltas inesperadas e os remates insuspeitos dos desafios, embora muitas vezes a vida real ultrapasse em criatividade e originalidade qualquer história, mas isso não é um obstáculo à criatividade e originalidade da escrita e que fica bem patente ao longo do livro.

Aprecio muitissimo a escrita do José, que apresenta as suas personagens nesta familiaridade quotidiana que inspira a valorização de um dos tesouros mais preciosos que possuímos: as memórias e recordações de outras personagens da nossa própria vida e experiência diária. Foi uma leitura descontraída, um refúgio relaxante, acompanhando-me até ao Alvor em mini-férias, e foi um momento de lazer indispensável no final de cada dia.

Resumindo, esta leitura foi uma verdadeira aventura, com surpresas a cada página!

Ainda uma referência à belíssima capa e ilustrações de autoria da querida artista plástica Olga Cardoso Pinto, https://acordaescrita.blogs.sapo.pt/, que está igualmente de parabéns!

Espero ansiosamente por mais livros do José da Xã, talvez com uma única personagem numa história misteriosa, uma aventura talvez um thriller com um toque de romantismo adequado ao cunho simultaneamente gentil e criativo do escritor?

Gostaria de aproveitar esta oportunidade para enviar ao amigo um grande e sincero abraço, a minha gratidão pela sua enorme generosidade e disponibilidade, mas acima de tudo, parabéns pelo seu talento como escritor!

Muitos parabéns, José da Xã!

Venham mais livros!

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