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Cotovia e Companhia

Olá Pessoas! Bem-vindas a este blogue onde (m)anda, esvoaçando, a Cotovia🐦! "Nascemos poetas, só é preciso lembrá-lo... Saber é quase tudo. Sentir é o Mundo." Mafalda Carmona

Olá Pessoas! Bem-vindas a este blogue onde (m)anda, esvoaçando, a Cotovia🐦! "Nascemos poetas, só é preciso lembrá-lo... Saber é quase tudo. Sentir é o Mundo." Mafalda Carmona

Cotovia e Companhia

01
Jun23

Crianças do Mar

Editado


Cotovia (MC)

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(*) Crianças do Mar 

**

Nas ondas pequeninas do vasto mar,

Mora a tranquila doçura da saudade,

Onde se aninha a minha ingenuidade,

Nesta mesma areia, neste mesmo ar.

*

Correm na calçada da Vila Cidade,

Para rápidas, na água mergulhar,

Com braçadeiras coloridas, nadar,

E os pezinhos, só conhecem liberdade.

*

No fim da tarde as sombras fazem dançar,

Em mergulhos, piruetas de encantar,

Nos baldes, sonhos mil irão transportar.

*

Na noite, p'los pirilampos embaladas,

Seus sorrisos são galáxias douradas,

Luar e estrelas, nas faces bronzeadas.

****

Mafalda Carmona

(Soneto em verso hendecassílabo)

01.06.23 00.20h (editado 11.30h)

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(*) Olá Pessoas, hoje partilho estas fotografias e o poema em formato de soneto como referência ao dia de hoje, Dia da Criança onde podemos celebrar a criança que fomos e somos. Na primeira fotografia está um dos meus netos na praia, e esta menina sorridente sou eu quando tinha cerca de 4 para 5 anos, sendo que agora já sou avó, a fotografia final é do avô, nada mais justo, quando também era pequeno e andava lá pelas paisagens das terras do Alentejo.

Um feliz dia para todas vós, Pessoas!

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23
Abr23

Biblioteca

Opinião


Cotovia (MC)

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Quem por este cantinho da Cotovia já passou, sabe que por vezes sou de bastante a muito distraída. No dia do aluno publiquei um post do professor, raramente coincido com os assuntos do momento, mas, por acaso dá-se o caso de estar atenta desta vez e saber que hoje, dia 23 de Abril, é o dia do...Livro! Os "nossos" queridos livros.

Portanto vou faltar de livros? Nem por isso, ou até por isso, vou falar da Biblioteca. A "minha" biblioteca, a Municipal de Sesimbra.

Normalmente aqui no blog tendo a escrever sobre assuntos que cumpram dois critérios: 1º) sejam do meu agrado; 2º) possa genuinamente dizer algo de bom ou fazer uma critica positiva.

São estes os objectivos dos post, porque gosto mais de coisas boas do que de coisas más, e também porque serão a minha memória futura, pois sendo distraída e esquecida com os factos gerais, individuais ou do quotidiano, espero que nesse futuro, estes registos sejam um conjunto de memórias às quais seja agradável regressar, como uma espécie de rebuçados cor-de-laranja, tal qual os do enorme jarro de vidro da mercearia onde ia em pequena, e mais tarde no Café Central, no seu invólucro crepitante e transparente, para ir desembrulhando daqui a umas décadas, quando tiver para lá de 100 anos.

Mas, neste caso, se o critério número um se cumpre, pois sou fã de bibliotecas públicas, o critério número dois não se cumpre, porque não tenho uma critica positiva ou favorável a fazer à gestão da Biblioteca Municipal de Sesimbra, nem à divulgação das atividades que nela ocorrem, não por culpa ou responsabilidade da própria, pois sem autonomia, essa responsabilidade passa para a... Câmara Municipal.

Vou, no entanto, e antes de indicar os pontos negativos, referir quais os pontos positivos, e tudo o que de bom, e muito bom, tem a biblioteca municipal:

As pessoas, os funcionários, os bibliotecários, o enorme acervo de livros, de bandas desenhadas, de vídeos, os jornais diários e semanais, as revistas, os recibos electrónicos, a permuta com o pólo da Quinta do Conde com empréstimo inter bibliotecas, as atividades da hora do conto, as exposições temporárias de arte.

Chego aos pontos negativos:

A falta de espaço para os livros, a falta de equipamentos informáticos, desinvestimento em manutenção, ausência de um site próprio para divulgação e transparência das atividades, projetos e grupos relacionados com a ação da biblioteca.

Mas, o elo mais fraco, e portanto o mais grave, é o espaço físico que acolhe a sala de adultos.

Se no site da câmara é referido como " instalações modernas e actividades diversas servem os leitores", na realidade esta secção destinada a adultos, com 320m², está parcialmente interdita, em cerca de 1/5 da área total da sala, por se encontrar coberta por um elemento de vidro que apresenta evidentes sinais de infiltrações, ameaçando ruptura, e durante o inverno baldes para apanhar a água que pinga desta cobertura zenital, são a única presença nessa parte, significativa, do espaço.

A situação descrita mantêm-se desde o ano passado e as obras não tiveram início, nem se prevê quando venham a ter.

Além da grave falta de espaço para os livros, que começam a estar colocados ao alto e em cima uns dos outros, muitos deles não estão na sala mas em armazém, tendo de ser requisitados mediante confirmação da sua existência, enquanto se aguarda a aquisição de mais estantes adequadas, a falta de equipamentos informáticos é outro problema.

Dos computadores iniciais, aquando da inauguração da biblioteca em 2005, (com inicio do projecto em 1997), apenas resistem duas unidades, que datam dessa época e portanto apenas suportam o sistema operativo Linux, por falta de capacidade para as versões atuais de outros sistemas operativos, e ainda assim as páginas consultadas on-line demoram muitos minutos a abrir quando o fazem na sua totalidade.

A possibilidade da Biblioteca para resolver todos estes problemas está dependente de verbas da Câmara, e esta não as orçamenta, ou não tem capacidade para apresentar soluções.

Poderão também ser resolvidos,  parcialmente, através de donativos particulares que têm de ser aprovados pela chefe da biblioteca e encaminhados para aprovação pela câmara, que também não tem acontecido, ou por falta de interesse, ou mais uma vez por falta de divulgação da real condição de degradação do espaço e serviços, por muito boa vontade e empenho que os profissionais que lá trabalham tenham.

Esta centralização esdrúxula dos poderes camarários sobre a biblioteca resultam em vários problemas, o principal deles, desvalorizar o trabalho dos funcionários da biblioteca e a presença dos leitores, desmotiva a procura dos mais jovens deste espaço, ou dos mais carenciados, porque eterniza as situações que por inércia e incúria tomaram proporções gigantescas, e transformaram num enorme elefante a sala de leitura de adultos.

Assim, talvez fosse o caso de este post tomar o nome de "Há um elefante na sala de leitura dos adultos da Biblioteca de Sesimbra"?

Título longo, tão longo quanto o será a história que nos diz quais os problemas e vícios decorrentes da promiscuidade do poder político e da cultura.

P.S.

Ontem, sábado, a equipa do SAPOblogs publicou na secção de OpiniãoSAPO, o post do vizinho "Bombeiro". Quero antes de mais agradecer à equipa do SapoBlogs pela publicação, e por me informarem que o motivo desta escolha foi, justamente: 

"Este tema da vizinhança parece muito importante nos dias que correm".

Assim, se alguma visibilidade for dada ao blog da Cotovia e Companhia decorrente desta publicação no espaço OpiniãoSAPO, fico muitíssimo feliz que seja para destacar o vizinho bombeiro e que esta atenção, se possível, se estenda ao interesse pela situação da "minha" Biblioteca neste post de hoje, ou à preocupação com a "minha" Serra da Arrábida (aqui), do estado da Democracia (aqui) ou da traição aos médicos (aqui), professores (aqui) e na defesa da Liberdade aqui(aqui)

Aproveito para agradecer as visitas e comentários às Pessoas leitoras da Cotovia e Companhia, agradecimentos que abrangem também outras aves, canoras ou mais silenciosas, e até de Aliens, faço muito gosto de vos ter por cá.

Obrigada!

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03
Abr23

Vitória


Cotovia (MC)

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Se eu tivesse nascido ontem,

Porventura não seria eu, seria outra.

Far-me-ia anunciar como pesada Patorra.

Assim sou leve, vou devagar e com cautela.

Medindo o terreno, ocultando o caminho,

Iludindo os sinais que levam ao ninho.

Marco passo na alegre madrugada,

Visto a pele da singela Cotovia.

 

Se em voo rasante escutaste o grito,

Foi porque no chão escavaste vil artifício.

A coberto da noite engendraste torpe canção, 

E pela manhã te encontrei em tão fútil traição. 

Quem de baixo me quis enganar ficará aflito,

E quem do alto me amar, irá voar comigo,

 Será até às estrelas que te darei abrigo.

Com lealdade te chamo meu amigo.

 

Venho de cima, tenho um presente,

De um passado livre que é recente.

Que desconheces, é a Fraternidade.

 

Se quando olhas para ti não a sentes,  

É chegado o tempo do teu chamado:

Abraça a vida, o céu, e a boa vontade.

 

Perdeste a guerra, ganhou a verdade. 

Estás condenado à partilha da felicidade,

Lembra-te do meu nome, é Liberdade.

 

Mafalda Carmona 03.03.23

15
Mar23

Poeta...

Publicação original 28nov22


Cotovia (MC)

Quem sou?...Sou Poeta?

 

Ou antes, sou poetisa? Não...

Escrevo versos, coisa diferente.

Inventei outras coisas

nos verdes campos da edificação.

Há arquiteta ou arquiteto sem peso?

Não! As criações como vão?

Nem sim, nem não,

triste envolvente, a da solidão.

 

Andei com os dois pés,

no barco da educação.

Dedicada inventei fichas.

Muito aprendi então,

em relatórios de auto-avaliação.

Se fiz o bem?

Espero que sim, mas...

Dizê-lo não é para mim.

 

Se agora querem que permita,

que me ditem como vivo,

se ando, nado, ou voo,

se vou a pé, de carro, ou de barco...

Se querem que admita,

vendas nos olhos, coletes ao peito,

pesos nos pés, bico calado...

Não! Nasci em Liberdade.

 

Agora com entusiasmo,

nesta etérea descoberta,

voo com as palavras, leves,

livres, sem compromisso.

Sem prejudicar a natureza,

nem espécies, nem o planeta.

Escritas no verso de folha reciclada,

ou em matéria digital e virtual.

 

Empurrá-las por aí.

Irem onde lhes der gana,

surpresa de ver onde chegam.

Lê-as quem as quiser.

Se sei fazê-lo? Não creio...

Se me divirto? Sim!

Tal Benjamim, começo pelo fim...

Vivo, só agora, livre, enfim!

 

Nascemos poetas,

só é preciso lembrá-lo...

Saber é quase tudo.

Sentir é o Mundo.

 

de Mafalda Carmona 28Nov22.

Este meu poema, de que gosto muito, escrito em 2018 assim como a ilustração digital, no resultado de um postal poético, que lhe faz companhia, quando comecei a escrever aqui no blog, já na altura com muita vontade, tão grande como a falta de conhecimento,  de escrever, e escrever poesia. Será o  ponto de partida para o curso da Domestika de Poesia de Ben Clark, poeta, tradutor e professor de escrita criativa. Já comecei o curso uma meia dúzia de vezes desde que me foi oferecido, pode ser que seja desta.

O objetivo é após o curso, desenvolver um poema bem estruturado, e que, em teoria, reflita as aprendizagens feitas no curso.

Vou partilhando aqui o que for possível, mas desde já parece-me que o Ben é um poeta de grande sensibilidade, e como professor, generoso na partilha de conhecimento.  No conteúdo do curso, a unidade 3, "O jogo de fazer poemas" é o que maior curiosidade me suscitou.

Vamos ver como corre!

Sou poeta Poesia.jpg

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