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{Cotovia} e Companhia

Olá Pessoas! Bem-vindas ao blogue da Cotovia onde (m)ando {cotovia}ando! Sigam a cor deste vôo: "Nascemos poetas, só é preciso lembrá-lo. Saber é quase tudo. Sentir é o Mundo." @mafalda.carmona

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{Cotovia} e Companhia

09
Out23

"O Nosso Mundo é Bom'


Cotovia@mafalda.carmona

IMG_20231009_163410.jpg

Pura Bondade

  • Esta segunda-feira aqui na Cotovia e Companhia vai ser a quarta-feira, (e na quarta-feira será uma segunda com a publicação do poema...), isto porque a partilha de hoje é o postal surpresa da semana. Trata-se de fotografias que estão patentes para votação no concurso "Our World is Kind". Entre elas, na categoria ou tag "pure" uma fotografia "nossa" da @_carmona.ph_ ou seja a Raquel Carmona, intitulado "Pure Kindness".

Para acederem à página do Photo Contest 23, podem clicar em qualquer uma das fotos deste postal. Não existem links directos para as fotografias, por isso além de navegarem pela galeria, para encontrar esta foto, podem fazer pesquisa por "Pure".

Screenshot_2023-10-09-16-11-24-242-edit_com.androi

Assim, durante os próximos dois dias as imagens de fotógrafos gentis e talentosos, submetidas para ajudar a inspirar bondade, alegria e cura em todo o mundo, estão disponíveis para serem visualizadas e votadas.

 

Desde 2017, o concurso de fotografia "Our World is Kind" teve a participação de mais de 1.000 fotógrafos em mais de 120 países e as imagens de fotografia com origem em todo o Mundo, tem um único factor comum, e requisito para a sua selecção: serem imagens em movimento que inspiram bondade, amor, gratidão e alegria para quem as visualiza, em todo o mundo, pois se trata de uma exposição on-line.

Agora, mais do que nunca, é importante trabalharmos juntos para espalhar bondade, gentileza e conexão nas nossas vidas, famílias, comunidades, países e no Mundo, para que as mini Pessoas que vieram a este mundo possam ter um futuro melhor, mais bondoso e harmonioso.

Espero que gostem das fotografias desta exposição de bondade, que é também poesia visual.

A todas vós desejo uma boa semana, Pessoas!

07
Jul23

Cor...


Cotovia@mafalda.carmona

IMG_20230706_214224.jpg

(1)...Ou McCurry: O desígnio da cor e a Antologia Poética de Natália Correia.


A primeira referência deste postal aborda o documentário de 2021, com a colaboração da Creative Europe Media Programme of the European Union, que apresenta um olhar sobre o fotógrafo Steve McCurry, o autor por detrás das célebres fotografias das quais a mais conhecida será o retrato da "sua" "Rapariga Afegã", as dificuldades, riscos e perspectivas ao longo de 40 anos de trabalho onde criou algumas das imagens mais impactantes do Homem do nosso tempo, neste filme de autoria de Denis Delestrac, e a poesia de Natália Correia na introdução da Antologia Poética, das publicações Dom Quixote, de 2919, organizada e seleccionada, por Fernando Pinto do Amaral, com enfoque no seu prefácio.


Em comum, a percepção que dão da visão de si mesmos enquanto autores e do mundo, e a influência que exercem no decurso do tempo, do nosso tempo e da nossa história comum e particular.


Bonnie McCurry Reum, irmã e presidente do estúdio afirma acerca de Steve McCurry algo que, também na minha visão pessoal, se assemelha a toda a obra artística, seja de imagem, seja de escrita em prosa, prosa poética ou poesia, seja de pintura ou escultura, de cinema, de música, de dança, de teatro, e aqui na área da fotografia:


"Todas as fotografias que um fotógrafo tira são,  em certa medida um auto-retrato. São reveladoras de uma pessoa, do que lhe interessa...do que lhe toca, do que é profundo para ela. E há algo da sua psique que é revelado."

IMG_20230706_231248.jpg

(2)

Por outro lado, Steve McCurry começa o documentário afirmando:

"Um dia, o mundo vai ser uma espécie de terminal de aeroporto grande e homogéneo, Vai ser tudo vidro, metal e cimento. Podemos estar em Xangai, Cabul ou Buenos Aires, que vai ser tudo igual. Não sei se queremos viver num mundo sem cor sem diferença.(...)


Nós percebemos que o progresso é imparável, que é inevitável e que as coisas mudarão, mas vamos, pelo menos, guardar alguma recordação da forma como éramos.(...)


A fotografia é apreciar o mundo, encontrar uma imagem , uma situação, que fale uma linguagem universal. Tenho uma necessidade constante, ou um impulso, de criar um álbum fotográfico da nossa espécie, antes de o mundo avançar e as suas nuances desaparecerem."


E, também a propósito da cor, da sinestesia presente na poesia, cheguei a Natália Correia, e ao prefácio desta Antologia Poética:


"A poesia de Natália Correia surge relacionada com uma excepcionalidade inquietante e perturbadora, (...) acentua-se a dimensão gustativa, sensorial ou carnal da poesia, inscrevendo-se num entendimento global do mundo em que o o espírito é tão real como uma árvore, pressupondo uma integração harmoniosa com a natureza."


"A arpa do vento
e os teus dedos de ventania
compuseram uma canção
da mais fantástica alegria(...)

É uma onda de magia
onde se enrolam os mortos
erguidos da terra fria
dum rosto que lhes pintou
a nossa melancolia"


Natália Correia.

IMG_20230706_211513.jpg

(3) capa do livro "Natália Correia - Antologia Poética

(1), (2) e (4) capturas do documentário Steve McCurry: O desígnio da cor

P.S.

Ainda relativamente ao tema deste postal, a cor, mas no sentido do "colorido" da escrita conforme referi em  Natália Correia, á uma ocorrência especial relativa aos sentidos que é a sinestesia, mas da qual irei aqui fazer um pequeno apontamento, o da sinestesia como figura de linguagem, e, no caso, aplicada à poesia, e até são duas palavras que rimam.

"Cada modalidade sensorial possui receptores que só reagem a um tipo especifico de estímulo. Na criança pequena, todavia, a visão, audição, o tacto, o paladar e o olfacto estão ainda misturados, e poucas pessoas adultas conservam esta capacidade de sentir multiplos sentidos em simultaneo atraves dos mesmo receptores, uma em cada 500 000, ou sinestesia. (...) 

Poetas e escritores, fascinados pelo fenómeno, procuraram captar as correspondências secretas de um mundo onde os sentidos se correspondem mutuamente:

Depois de Baudelaire "os perfumes, as cores e os sons respondem uns aos outros" Rimbaud, no seu soneto das "Vogais" (1871), explora uma álgebra misteriosa "A preto, E branco, I vermelho, U verde, O azul" (...) in ABCeário dos Cinco Sentidos, Jornal Público.

IMG_20230707_192511.jpg

(4)

13
Nov19

Os Fundadores ou Achadores...


Cotovia@mafalda.carmona

e os Fundamentalistas ou… como de Santos e Loucos todos temos um pouco.

 

  • Começo com uma afirmação: Ninguém muda. Isto é, e correndo o risco de parecer a socialite L.C., somos sempre iguais a nós mesmos desde o dia em que nascemos até ao dia em que morremos.


As crianças que fomos existem em perpétuo continuum nos adultos que somos e nos idosos que seremos. Esta é, pelo menos, a minha conclusão após persistente observação quer da minha própria pessoa como do outro. Acredito que qualquer um de nós quando olha para o seu próprio olhar refletido no espelho, aquele que vê, é a criança que é, foi e será. É, ainda, uma opinião muito forte reforçada pela chegada à família do pequeno A. Olho para a sua carinha fofa e sobretudo para a profundidade do seus olhar e reafirmo interiormente esta ideia de permanência de nós mesmos. Digamos uma espécie de Eu Fundador.


Depois a vida acontece e é um descobrimento permanente e mais tarde ou mais cedo, como nos descobrimentos portugueses, acabamos por ser esclarecidos, idealmente, que tudo isto chamado "vida" afinal vem a ser mais um “achamento” de nós mesmos e do nosso lugar no Mundo do que propriamente uma descoberta.

E esse “achar” é um direito fundamental de cada um de nós. O direito a achar foi legitimado pela Professora L. numa correção de um teste de História: “Nas respostas dos testes a aluna (ou aluno, claro está, talvez a Professora L. achasse que o género feminino era mais propenso a prestar atenção às correções dos testes) não deve afirmar, porque não esteve lá, não presenciou os acontecimentos ou eventos, portanto ou refere a fonte, ou inicia a resposta com: acho que tal e tal. A partir desse dia, e mesmo (ou sobretudo) quando contrariada por alguém menos achador, passei a achar tudo e mais 100 coisas. Foi libertador. Obrigada Professora L., não apenas por este ensinamento, mas por todas as suas lições.

Mapa Mundo do Louco.JPG

Sendo iguais a nós mesmos, sem mudanças de maior no caracter que nos moldou, da forma, conteúdo e expressão de quem somos e do que nos calhou como o nosso Ser, há quem pense que está sozinho e quem se veja acompanhado. Quanto a mim, essa ideia de solidão é uma ilusão, um conceito um poucochinho dramático, pois na verdade nunca estamos sozinhos, pois quando nascemos temos todo um Mundo para “achar”. Não apenas o que alguns consideram o mundo de Deus, outros o mundo dos homens ou da ciência. Temos mesmo todo um Mundo! O mundo da natureza, dos bichos, das pessoas, das cidades, dos campos, do céu e do mar. Do silêncio. Do tempo. Do ruído. Dos cheiros. Dos paladares. Das cores. Dos sons. Do vento e das marés. Das ideias. Da criatividade. Um Mundo feito de tantas e tantas coisas fantásticas, entre elas o mundo da bondade e o da generosidade.


E estes mundos também não mudam, não mudam na sua essência, embora mudem na sua aparência, pelo menos temporariamente, para regressarem no seu continuum perpétuo. Por isso, o que não acharmos hoje podemos achar amanhã. Há sempre um novo dia para recomeçar os achamentos e as descobertas, ou é nisto que precisamos acreditar para de modo darwiniano vivermos o nosso dia a dia com a possível tranquilidade.


Agora, e ainda que “de são e de louco todos tenhamos um pouco”, se o Eu Fundador é fundamentalmente bom ou mau, se escolhemos viver este achamento do nosso Ser no tal mundo do bem, ou pelo contrário optamos pelo mundo do mal... bem, neste caso “cada um sabe de si e Deus sabe de todos” e como tenho para mim que isso é um mistério, sou grata pelas (e às) pessoas que me rodeiam e me são próximas bem como as que tive a sorte de encontrar ao longo da vida e em momentos cruciais foram ajuda inestimável e que são, de facto, extraordinárias Pessoas do Bem.

atlasobscura.com articles 16th-century-fools-map.J

Para terminar, acho que os que nasceram fundamentalistas (e visto que ninguém muda) só tem a perder, para início, perderem todo um Mundo, durante o caminho irão perdendo quem tentou apoia-los nesta jornada pela vida e ficarão definitivamente sós e irremediavelmente isolados, e para final, perdem a oportunidade de se acharem de tanto se acharem a última bolacha do pacote… mas… como ninguém muda, o melhor será reconduzir esses fundamentalistas ao seu respectivo fundamentalismo logo desde o início… não como uma aplicação de Lex Talionis (ver aqui: cotovia/lex-talionis-ou-o-sniper-americano ) mas mais como provar do próprio remédio.

No entanto,  se a afirmação, porventura fria, de que "ninguém muda" em hipótese for verdadeira, também é verdadeira a crença comum de que "a esperança é a última que morre" e por isso vale a pena continuarmos na esperança e a acreditar que quer as coisas como as pessoas podem mudar? Ou seria preferível partirmos do que temos com as pessoas que temos, tal como se apresentam no presente, e agir em conformidade?

citação Francis Ponge.JPG

fonte citação Francis Ponge.JPG

 

 

 

 

P.S.

Em relação ao bem e ao mal, como disse aos seus filhos o autor, diretor, roteirista e ator brasileiro Marcos Vianna Caruso em resposta à questão do Pai eu posso?: "Meu filho, poder você pode tudo... Agora, será que deve?"

 

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Sinopse A Coletânea “ERA UMA VEZ…ALENTEJO” é uma obra que inclui poemas, fotografias, ou obras artísticas originais cujo tema e foco principal seja o Alentejo, e está abrangida no projeto europeu “Antologias Digitais”. Tendo a cidade de Évora sido recentemente nomeada Capital Europeia da Cultura 2027, faz todo o sentido homenagear não só a cidade como também toda a beleza circundante e riqueza cultural da região, e observar as maneiras como estas inspiram as pessoas de vários pontos do globo. Autor: Vários Formato: pdf Edição: 08.05.2023 Ilustração capa e contracapa: Ana Rosado; Vítor Pisco Editora Recanto das LetrasBaixar e-book

{Cotovia} em Antologia

Sinopse Aquilo que temos vindo a testemunhar desde 20 de fevereiro de 2022, provoca em nós sentimentos complexos, melhor expressados através da arte. Esta antologia recolhe estes sentimentos, e distribui-os para quem neles se reconforta e revê. Para o povo ucraniano, fica a mensagem de acolhimento, não só em tempos de crise, mas sempre. Porque é difícil expressar a empatia por palavras, mas aqui fica uma tentativa, por 32 autores, nacionais e internacionais. Autor: Instituto Cultural de Évora Formato: pdf Edição: 14.08.2023 Ilustração capa e contracapa: Ana Rosado Editora Recanto das Letras

{Apoio à Vítima}

A APAV tem como missão apoiar as vítimas de crime, suas famílias e amigos, prestando-lhes serviços de qualidade, gratuitos e confidenciais. É uma organização sem fins lucrativos e de voluntariado, que apoia, de forma qualificada e humanizada, vítimas de crimes através da sua Rede Nacional de Gabinetes de Apoio à Vítima e da sua Linha de Apoio à Vítima – 116 006 (dias úteis: 09h – 21h). Aquando de um crime, muitas pessoas, para além da vítima directa, serão afectadas directa ou indirectamente pelo crime, tais como familiares, amigos, colegas. A APAV existe para apoiar. Os serviços da APAV são GRATUITOS e CONFIDENCIAIS.

{Notícias Sobre a Ucrânia}

A UE condena com a maior veemência a agressão militar não provocada e injustificada da Rússia contra a Ucrânia. Trata-se de uma violação flagrante do direito internacional, incluindo a Carta das Nações Unidas. Apelamos à Rússia para que cesse imediata e incondicionalmente todas as hostilidades, retire o seu pessoal militar e equipamento de todo o território da Ucrânia, no pleno respeito pela soberania, independência e integridade territorial da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas. A UE apoia os princípios e objetivos fundamentais da fórmula de paz da Ucrânia enquanto via legítima e credível rumo a uma paz global, justa e duradoura.
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