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{Cotovia} e Companhia

Olá Pessoas! Bem-vindas ao blogue da Cotovia onde (m)ando {cotovia}ando! Sigam a cor deste vôo: "Nascemos poetas, só é preciso lembrá-lo. Saber é quase tudo. Sentir é o Mundo." @mafalda.carmona

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{Cotovia} e Companhia

24
Mai23

Quimera

Poesia Soneto Decassilábico Fotografia


Cotovia@mafalda.carmona

IMG_20230425_125110.jpg

(*) Quimera

**

Serão dois caminhando de mãos dadas,
Que seguem a vereda do convívio,
Quimera sem atalho nem desvio,
Dura via por linhas intrincadas.

*

Navegam pelas folhas agitadas
Em árvores de intrépido navio,
Talhadas por marceneiro bravio,
Movidos pelas Musas olvidadas.

*

Bordado escrito a ouro de mil fios,
Pontos dados por hábil cerzideira,
Ligeira em costurar tortos feitios.

*

Com coragem aguardam desafios
Sob o brilho da estrela aventureira,

Por aí vão desvelar cantos gentios. 

(E se iluminam cantos mais sombrios.)

****

Mafalda Carmona

23.05.23 23.30h

(*) Estas duas fotografias de elementos decorativos da área ajardinada do restaurante Aloendro, foram tiradas na viagem ao Redondo, no dia 25 de Abril, quando fui a passeio ao Alentejo festejar a data da Liberdade.

Estão incluídas numa zona que é contígua a um equipamento temporário e amovível, comummente chamado de "tenda", onde, presumivelmente se realizarão festas várias, entre elas as destinadas aos festejos de casamentos.

Ora é aqui chegado o momento de fazer a interligação entre este ambiente e a data que festejei no passado fim de semana, o aniversário de casamento, e daí o poema que aqui vos deixo, como um registo da data, que conta mais de três décadas, e que a seu favor teve todos os elementos subjectivos e folclóricos, como ser na Primavera, no mês de Maio, e para mais com aguaceiros, para beneficiar do adágio popular " boda molhada, boda abençoada", e também participei ativamente, de acordo com algumas tradições culturais, em estar o tempo todo muitíssimo aborrecida, que me desculpem os caros fotógrafos e caras fotógrafas, mas detesto tirar fotografias e portanto foi um suplício de má memória, desde a manhã desse dia, que à parte disso, tinha tudo para dar errado, e até deu, em algumas fases menos boas, os altos e baixos da tal navegação por mares bravios, onde as Musas, o marinheiro bravio, as costureiras, a sorte e o imponderável vão definindo os rumos do caminho a dois. 

De resto suponho que apenas a caturrice da Cotovia e espírito de contradição, para provar que os vaticínios de naufrágio certo, seriam exagerados, mantêm o navio à tona, a navegar, e por vezes até com alguma graciosidade.

No entanto, o tom do poema parece-me que pode estender-se à maioria das relações, sejam de amor ou amizade, companheirismo ou colaboração em trabalho, projectos, empreitadas e mesmo em hobbies ou actividades de tempos livres, ou seja tudo aquilo que implique cooperação.

E, suponho que quem de vós Pessoas são visita habitual, já tiveram a percepção de que o tom forte dos exercícios poéticos da Cotovia não será o amor romântico, e, assim não sendo uma Pessoa romântica, este será o exemplo mais aproximado de um poema de Amor que consegui, ou conseguirei, escrever, onde ainda assim não consegui evitar o ligeiro tom de humor.

Espero que gostem desta "Quimera", Pessoas!

IMG_20230425_125053.jpg

(*) Fotografias de Mafalda Carmona 25.04.2023

P.S.

Notas de aprendizagem do soneto. (*)

Fiz algumas ligeiras correções nos versos 4, 8, 9 e 14, de acordo com as correcções e sugestões da nossa querida Poetisa Maria João Brito de Sousa poetaporkedeusker. Partilho aqui, em nota de rodapé, ou post scriptum, o motivo das mesmas de modo a documentar as alterações no contexto da aprendizagem do exigente e apaixonante formato do soneto:

Verso 4, inicial:

Vi/a/ín/gre/me /por/ li/nhas /in/trin/ca/das - não é decassílabo, tem 11 sílabas poéticas, pois existe crase entre as duas vogais de via e íngreme, ou seja sendo í uma vogal tónica a divisão silábica ocorre. Assim o verso em decassílabo é possível se:

4- Dura via por LInhas intrinCAdas (heróico,  sílabas tónicas 6ª e 10ª)

Verso 9, inicial:

É/ um/ bor/da/do es/cri/to a /ou/ro /de /mil /fi/os - está em verso alexandrino, dois conjuntos de 6 sílabas poéticas,  6+6. Para ficar em decassílabo heróico:

9- Bordado escrito a ouro de mil fios (10)

Verso 14, inicial:

Que i/lu/mi/na/rá /os/ can/tos /mais/ som/bri/os (11)

14- Que iluminam os cantos mais sombrios (10)

Em 19.07.23 fiz a alteração do verso final deste soneto "Quimera" para acentuar o humor e discreta ironia sobre o par: 

14- Por/ aí /vão /des/ve/LAR/ can/tos/ gen/TI/os. (10)

Verso 8, inicial:

Movido pelas Musas esquecidas.

Para que a rima seja dos quartetos seja em esquema ABBA ABBA, esquecidas foi substituído por olvidadas, sem que se perca o sentido, mantendo o verso decassílabo heróico com tónicas na 6ª e 10ª sílabas poéticas:

8- Movidos pelas Musas olvidadas.

Assim, a versão do soneto Quimera que resulta é a que consta deste postal, agora actualizado.

Obrigada Mª. João e obrigada a todas vós Pessoas pela vossa incrível disponibilidade!

30
Mar23

O Sr. Peixe

(Republicação, original 2018)


Cotovia@mafalda.carmona

Conhecer o Sr. Peixe é conhecer a resposta à pergunta: São os peixes felizes?
 
  • Se bem que a Cotovia tenha conhecido um verdadeiro Sr. Peixe, senhor muito querido e tranquilo, hoje esta publicação é para falar dos outros peixes: sobretudo.... das escamas do salmão (um assunto espantoso na minha opinião!) e do Peixes do signo astrológico! 

Salmo salar.jpg

Primeiro, fiquem a saber que em Portugal o salmão Atlântico está em extinção, portanto acredito que a felicidade dos peixes esteja em perigo, pelo menos no caso deste salmão. Assim, parte da resposta está dada: muito dificilmente os peixes são felizes.
 
Mas (há sempre um mas... ou um se...), podiam sê-lo, pois possuem, no sentido literal de que são proprietários, não só do mar como de fantásticas características que potenciam alcançar a felicidade: são ativos, viajam imenso, estão conectados com os outros peixes e comunidades de peixes, continuam a aprender ao longo da vida, a registarem o que fazem (aqui entra a parte da escama do salmão), e apreciam o momento, o que, segundo a publicação The Simple Things ( www.thesimplethings.com/blog ) edição de Março, dedicada à Felicidade, são os principais fatores de felicidade.
 
A memória de vida do salmão está nas escamas, em cada uma delas.
Pode saber-se pelas escamas outras informações da identidade do Sr. Salmão: o número de anos que o seu detentor passou no mar, o número de vezes que se reproduziu, do que se alimentou e se é um salmão selvagem ou de aquacultura, esta é a parte espantosa! Mesmo!
 
E como isto é possível?

post3a.JPG

O registo das memórias no ser humano deve de obedecer a um processo semelhante.
 
Portanto existe um núcleo rígido de formação precoce ao qual se vão adicionando camadas.
 
E, se não temos muita coisa a dizer sobre as primeiras "capas" ou "layers" deste processo, em relação às que podemos adicionar ao longo dos anos, temos opção de escolha! (-este parágrafo, obviamente e até indicação contrária, não tem confirmação científica, apenas um raciocínio meu por paralelismo-).
 
Por isso é determinante que as nossas escolhas sejam ponderadas e refletidas.
 
Darwin percebeu que "a natureza escolhe pela sobrevivência, o ser humano pela aparência".
 
Fixei esta citação quando vi o filme "A Criação" ( https://youtu.be/ZcRP822h22A ), mas podemos dizer mais ou menos o mesmo de muitas maneiras diferentes.

post3b.JPG

Aceitar que uns sentem culpa e outros não, é fundamental para impedir que pessoas manipuladoras tomem conta da nossa vida. Assim, quando alguém tenta convencer-me, através da culpa, em vez de argumentar com lógica; quando a aparência começa a descolar-se da essência...
 
Escolho darwinianamente pela sobrevivência!
 
Por isso o Peixes (signo astrológico) é um sobrevivente!
 
Tal como descrito para o Sr. Salmão, todos os peixinhos sabem bem nadar, isto é, viver, ou procurar viver, tranquilamente nas suas bolhas cor-de-rosa à semelhança do personagem de animação. Como ele, são extremamente atentos a tudo o que se passa à sua volta, e não perdem o rumo com facilidade mantendo-se fieis aos compromissos que assumem, quer pelo enorme sentido de missão para com os outros que têm, quer pelo seu bom carácter e são por isso excelentes pais, mães, irmãos e amigos, cuidando mais dos outros do que deles mesmos. São tremendamente generosos além de bons amigos e muito ponderados, às vezes até em excesso, o que pode dificultar as decisões, sobretudo se forem tomadas fora de um grupo.
 
Portanto, para o idealista Peixes o confronto com a realidade, sobretudo o lado mais feio do mundo pode ser catastrófico, por isso é importante cuidar das suas poderosas "capas", como a intuição, excelente memória e sensibilidade, para desenvolver, a par do amor pelo outro, o amor-próprio para se defender dos oportunistas, evitar decepcionar-se com o mundo e os outros, e escolher pela sobrevivência. Sempre!
 
Para o nativo de Peixes, é possível existir um Mundo melhor, se todos fizerem a sua parte.
 
Concordo!
 
Boa sorte a todos os queridos Peixinhos!
 
P.S.
 
Este blog foi iniciado sob a influência do signo de Peixes, que abrange as datas entre 20 de Fevereiro e 20 de Março, marca o final do Inverno e a chegada do signo de Carneiro a 21 de Março que marca o início da Primavera.
 
P.S.#2
Palavras que ainda não consegui escrever com A.O. : decepcionar-se.
Palavras que geraram dúvida: conectado, decepção, factores.

 

 

 
20
Mar23

5 Primaveras...


Cotovia@mafalda.carmona

Ou quinto aniversário do blog Cotovia e Companhia (Viva!)
 
  • Ou porque é dia de manifestações dos professores...ou porque hoje é o último dia de inverno antes da primavera...
    ...ou porque primavera rima com Milan Kundera, da "Insustentavel Leveza do Ser", na cidade de Praga, em 68, do século passado, que é também o ano do meu nascimento, e foi na primavera de 2018, deste século XXI, a data de estreia deste blog da Cotovia e Companhia...
     

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Quotidiano banal, fotografia de Mafalda Carmona

 
Viva! A Cotovia e Companhia completa hoje 5 primaveras!
 
Justamente no mesmo dia em que os professores se manifestam, em marcha lenta, pelos seus direitos, em 5 cidades portuguesas.
 
Finalmente, coisa mais corriqueira e de somenos importância, mas de grande alegria para esta Cotovia, a laranjeira no quintal voltou a dar flor, depois de ter sido transplantada há 2 anos, e isso é uma grande felicidade porque me lembra a casa da avó O., de Olympia, como a cidade grega, que favorecia a endurance e os audazes, perpetuada nos jogos Olímpicos, e a reforçar este ambiente de passar o testemunho, da revolução, renovação e reinícios.
 
Por todas estas razões, e porque a associação de umas ideias leva a outras ideias, irei falar sobre 5 livros...ou 5 livros para uma vida!
 
E não, ainda não é hoje que vos apresentarei os 5 livros que trouxe da Biblioteca Municipal de Sesimbra, pois estão a recuperar do encontro com o Sr. Shopenhauer.
 
Se vou falar de livros, também vou falar de paixão, não d"A" paixão de Cristo, que isso é mais apropriado na sexta-feira de Páscoa, mas da paixão pela leitura e pelos livros, pois esta paixão faz a diferença no meu quotidiano e mesmo no rumo da minha vida.
 
Porque há mesmo "O" livro que faz toda a diferença, tal como "A" música que faz toda a diferença, e como pude já sentir nesta plataforma de blogs, também há "A" publicação que muda, ou reforça, ou põe em dúvida, a nossa perspectiva de vida, opinião ou sentir.
 
Quanto a música, não será neste post que a irei considerar, se bem que também as tenha, "As" "Minhas" "Músicas", tudo com letras maiúsculas, e não sendo minhas, sou completamente grupie fãzoca quanto a elas, pois acredito piamente que foram escritas e musicadas só para mim, desculpem as restantes Pessoas, não tenho qualquer noção de razoabilidade neste tema...
 
Vamos então ao que me trouxe aqui Hoje:
 
A paixão... dos livros e, mais concretamente, concretizada (viva a redundância) quer no livro como nas Pessoas autoras por trás do livro.
 
Assim, por ordem de chegada, os livros da minha vida, e porquê:
 
0 (livro bónus, mais ou menos o livro de boas vindas).O livro d' "O Patinho Feio", percebi cedo que por vezes a cegonha tem o GPS avariado, mas que tudo tem um significado;
 
1."O Meu Pé de Laranja Lima", passei a gostar de ser criança, não vale a pena odiar a limitação, há sempre um lado bom em qualquer situação;
 
2. "Um Homem Estranho, Numa Terra Estranha", utopias e distopias mostram a importância de sermos todos por um, e um por todos, disso depende a sobrevivência e sanidade da humanidade;
 
3. "Anne Frank, diário", a conivência é mãe de todas as guerras, não olhar para o lado, não ser indiferente quando as injustiças estão a acontecer, ao nosso lado, e a obrigação de escolher um lado, é o garante para manter a humanidade da humanidade;
 
4. "As Vinhas da Ira", a capacidade de suplantar as dificuldades, a diferença de ser a reação ou a ação, e tomar consciência de como essa escolha é determinante para alcançar a independência;
 
5. "A Insustentável Leveza do Ser", a liberdade existe e é uma possibilidade, sempre, mesmo sendo o elemento mais leve, que voa, e se dilui no tempo, mistura-se com toda a gente, precipita-se com a ditadura e a sua única prisão é a verdade, vigiada pelo respeito;
 
E vós, Pessoas, qual foi Aquele livro que fez toda a diferença nas vossas vidas?
 
"O" livro?
E "A" publicação?
"A" música?
 
Ou, colocando-vos a seguinte pergunta:
 
"-Se pudessem voltar atrás nas vossas vidas, Pessoas, e ter o poder de recomendar a vós mesmas uma leitura, e apenas uma, qual seria? E porquê?"
 
Uma leitura, uma música, (re)definem uma vida...(?)
 
Boa Primavera, semana e dia feliz, e se for o caso de manifestação, força Pessoas!
 

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18
Mar23

Vil...


Cotovia@mafalda.carmona

Herança Maldita

  • Ou porque é importante na vida, termos um quê de Agatha Christie, de CSI, ou detetive privado, no que diz respeito a apurar a verdade, de modo permanente e integrado no nosso quotidiano. 

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Detive-me neste pensamento quando fui abalroada no meu voo "detetivesco", destinado a apurar a diferença entre ser uma Pessoa otimista ou uma Pessoa pessimista. O causador deste choque, (e não haverá seguradora que cubra danos destes causados por terceiros), é o Arthur, e apesar de ter um nome com inicial A, como os meus dois netos A's, talvez por ignorância do Sr. A, o Shopenhauer, isso não o impediu de me cilindrar ao ponto das penas ficarem todas descompostas.

O que tem este Sr. A. Shopenhauer para oferecer?

Pessimismo, para dar e vender.

E isto até depois de falecido, quando ficou sumamente conhecido, pois em vida, não atraiu, pois mais certamente repeliu, com o seu trabalho pessimista, as atenções significativas que poderiam levá-lo a subir aos palcos das áreas filosóficas, enquanto ainda respirava.

Ora bem, por muito que seja difícil de acreditar, este máximo expoente da filosofia, dedicou grande parte da vida a fazer um trabalho exaustivo sobre os fatores do pessimismo, e por esse motivo foi um precursor nesta área, restrita, (o que não é de espantar, ou seria, de espantar para longe, tanto pessimismo até causa arrepios, e, é verdadeiramente sinistra a fixação no tema ...) sendo que hoje em dia não haverá nenhuma aula de filosofia onde não se fale dele...

E também fora das aulas de filosofia, por isso sempre que alguém refere este senhor filósofo, alemão, nascido na cidade de Danzig há mais de dois séculos atrás, em 1788, eu encolho-me toda e receio o pior.

Não faço ideia de onde tirou o conceito de que a natureza humana é... vil!

O Sr. AS afirma portanto que a Pessoa "está nem aí" para apurar a verdade, nem do que é correto, e apenas quer saber da vaidade intelectual, com ou sem razão.

Apesar de indicar a porta de saída para esta dificuldade, que seria a oportunidade de entrada para a verdade, junta aos seus argumentos, a sua convicção de que além de vil, a Pessoa é, igualmente, falsa e desonesta! 

Um trio de respeito, uma herança de peso para a humanidade, na qual, até os três quartos disponíveis sobrantes deste testamento maldito, destinados à loquacidade, são para serem por ela usados, e abusados, ao serviço da desonestidade.

É aqui que a questão do apuramento da verdade, que foi assassinada pelo Sr.AS, remete para as séries de televisão, e antes disso para as peripécias do Perry Mason, da coleção livros Vampiro ( mais uma vez a sensação de arrepio...): 

Se não se descobre quem realmente é o "serial killer", e em vez dele, apontam um outro qualquer, mesmo depois desse "qualquer" ser afastado dos episódios futuros, em todas as temporadas, corpos continuarão a acumular-se na morgue, a um ritmo mais acelerado do que o do último filme com o ator Bruce Willis, no qual esse parecia ser o único objetivo da trama, no que também costuma chamar-se de "encher chouriços", neste caso encher morgues de verdades mortas, com a participação entusiasta das hostes de zoombies de mentiras, fora do controle de quem as criou, e do resto da humanidade  (e não, não estou a falar de ninguém senão do Sr. A. Shopenhauer, e agora do Sr. Bruce, qualquer semelhança com um qualquer ditador a colocar a humanidade na vizinhança de uma Grande Guerra, a Terceira, e não é ilha, mas também, começa por P, como a ilha do Pico, vejam se adivinham, é mera coincidência, mas já que falamos nisso, para quando uma Primavera como a de 68, em Praga? Só que noutras geografias). 

Portanto, neste paralelismo sem igual, parece completamente surreal (desculpa Ana) não querer apurar a verdade, e, ao invés disso, decide matá-la com a desonestidade eloquente da falsidade vil. 

E depois de gastar todos os adjetivos que tinha, pergunto:

Se está morta, quem nos fará companhia? A mentira? Assim não é de admirar que o Sr. AS fosse fã do pessimismo. 

Por outro lado, parte do que diz indica o caminho para descobrir onde anda a verdade, mais não seja pela prática do oposto:

O otimismo.

Deixo-vos aqui um excerto do que o Sr. AS escreveu, as partes otimistas, pois tal como diz o produtor ficcional na série Daisy Jones & the Six:

"ninguém quer ouvir músicas com letras sobre a morte, a guerra, assuntos desses... vocês têm de escrever e cantar sobre outras coisas", e embora também não concorde totalmente com esta afirmação, a reflexão sobre as temáticas líricas e o seu esclarecimento fica para outro dia, pois por Hoje esta publicação, ou post, é mesmo só para nos debruçarmos no pessimismo do Sr. Shopenhauer:

"Se a natureza humana não fosse vil, mas inteiramente honrada, não deveríamos, em nenhum debate, ter outro objetivo que não a descoberta da verdade; não nos deveríamos preocupar se a verdade provou ser a favor da opinião que começamos por exprimir, ou a favor da opinião do nosso adversário.(...) A nossa vaidade inata, (...) não permitirá que admitamos que a nossa posição inicial estava errada e que o nosso adversário estava correto.

A saída para esta dificuldade seria, simplesmente, dar-mo-nos ao trabalho de formar sempre um julgamento correto e, para tal, uma pessoa teria de pensar antes de falar.(...)

Depois disto, se não tivermos motivos para, não só procurar a verdade, como ter um bom fim-de-semana, não sei o que mais poderá contribuir para dar a motivação extra (a tal "mais uma milha" da nossa Marinha portuguesa) para alcançar esse objetivo?

Provavelmente resumir tudo o que aqui escrevi com uma citação de Buda (os mestres são sábios e concisos), citada no episódio 7 de Daisy Jones & the Six, será uma excelente ideia, sobretudo para aqueles de vós que lêem em diagonal, o que não faz mal, até fazem muito bem, pois vão ao encontro do espírito das palavras de Buda!

"A dor é inevitável, o sofrimento é opcional." 

Bom Sábado, Pessoas!

IMG_20230317_155632.jpg

Arthur Shopenhauer sobre o pessimismo e a  razão.

P.S.

Este post de Hoje foi escrito inspirado nas escritas, e conversas através dos comentários, da nova "Amiga de varanda" da Cotovia aqui no Sapo, Isabel Paulos. A Isabel tem o seu blog "Comezinhas", um sítio fantástico, ao qual chama com propriedade, "estaminé". Foi assim, a propósito do seu post de ontem, que esta minha publicação "Vil", surgiu (a ironia de o hobbie de alguns ser... vil, é verdadeiramente perturbador e confirmará a teoria do Sr. Shopenhauer,  infelizmente), (nota: em outubro 2023 os links para o blog Comezinhas irão reconduzir o leitor para o blog, entretanto, privado).

Quanto ao "Hobbies", que é uma preciosidade, adorei, assim como adoro todos os textos da Isabel e a forma generosa como fala de tudo, de "Poesia" a hobbies, sempre num registo pessoal, humorado e q.b. sarcástico, com conhecimento profundo da alma humana, para não referir, já referindo, o uso da nossa, tão estafada língua portuguesa, que ali tem contornos de genialidade pela aparente simplicidade com que se veste.

Fiquei fã e agradecida por a Isabel ao ter subscrito o blog da Cotovia e Companhia, ter comentado, para assim a ter encontrado neste enorme lago do Sapo. Aqui fica o meu agradecimento por, (vencendo a dor das cãibras que reconheço a extensão da maioria dos meus post têm, para mais populados de inúmeros atentados no que concerne a uma correcção exigida a quem publica textos num blog), ser minha Amiga de varanda!

Coisa que também nos une, é termos ambas exatamente 44 subscritores, o que no caso da Isabel é incompreensível, e só pode ser um erro da plataforma, faltam uns zeros, pois 440, no mínimo, seria o adequado, e fica também aqui registada a minha reacção a esta escandaleira!

Resta a resalva, pertinente, de que a Isabel não tem nada a ver com as opiniões que aqui expressei, essas são, apenas, as minhas opiniões, escritas em meu nome, Mafalda Carmona, não vá dar-se o caso de na leitura da "escrita a voar razante uma mexerufada de ideias sem pretensão" deste meu "estaminé" (citação da Isabel Paulo, pois claro) vós Pessoas, também fiquem com as penas descompostas!

Sei que vos tinha prometido apresentar os Amigos de Asas residentes desta quinzena, mas com este choque nefasto com o Sr. A. Shopenhauer, ficaram todos de asa à banda, e a chá e torradas para acalmarem os nervos, e recuperarem de tanto pessimismo. Veremos se estarão recompostinhos no Domingo para um passeio e piquenique, com muitos acepipes, ali no vale da Serra da Arrábida ou na praia da Anicha...

Se chover teremos de encontrar outra localização para o encontro... por agora, manteremos o otimismo!

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{Cotovia} em Colectânea

Sinopse A Coletânea “ERA UMA VEZ…ALENTEJO” é uma obra que inclui poemas, fotografias, ou obras artísticas originais cujo tema e foco principal seja o Alentejo, e está abrangida no projeto europeu “Antologias Digitais”. Tendo a cidade de Évora sido recentemente nomeada Capital Europeia da Cultura 2027, faz todo o sentido homenagear não só a cidade como também toda a beleza circundante e riqueza cultural da região, e observar as maneiras como estas inspiram as pessoas de vários pontos do globo. Autor: Vários Formato: pdf Edição: 08.05.2023 Ilustração capa e contracapa: Ana Rosado; Vítor Pisco Editora Recanto das LetrasBaixar e-book

{Cotovia} em Antologia

Sinopse Aquilo que temos vindo a testemunhar desde 20 de fevereiro de 2022, provoca em nós sentimentos complexos, melhor expressados através da arte. Esta antologia recolhe estes sentimentos, e distribui-os para quem neles se reconforta e revê. Para o povo ucraniano, fica a mensagem de acolhimento, não só em tempos de crise, mas sempre. Porque é difícil expressar a empatia por palavras, mas aqui fica uma tentativa, por 32 autores, nacionais e internacionais. Autor: Instituto Cultural de Évora Formato: pdf Edição: 14.08.2023 Ilustração capa e contracapa: Ana Rosado Editora Recanto das Letras

{Apoio à Vítima}

A APAV tem como missão apoiar as vítimas de crime, suas famílias e amigos, prestando-lhes serviços de qualidade, gratuitos e confidenciais. É uma organização sem fins lucrativos e de voluntariado, que apoia, de forma qualificada e humanizada, vítimas de crimes através da sua Rede Nacional de Gabinetes de Apoio à Vítima e da sua Linha de Apoio à Vítima – 116 006 (dias úteis: 09h – 21h). Aquando de um crime, muitas pessoas, para além da vítima directa, serão afectadas directa ou indirectamente pelo crime, tais como familiares, amigos, colegas. A APAV existe para apoiar. Os serviços da APAV são GRATUITOS e CONFIDENCIAIS.

{Notícias Sobre a Ucrânia}

A UE condena com a maior veemência a agressão militar não provocada e injustificada da Rússia contra a Ucrânia. Trata-se de uma violação flagrante do direito internacional, incluindo a Carta das Nações Unidas. Apelamos à Rússia para que cesse imediata e incondicionalmente todas as hostilidades, retire o seu pessoal militar e equipamento de todo o território da Ucrânia, no pleno respeito pela soberania, independência e integridade territorial da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas. A UE apoia os princípios e objetivos fundamentais da fórmula de paz da Ucrânia enquanto via legítima e credível rumo a uma paz global, justa e duradoura.
Em destaque no SAPO Blogs
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