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{Cotovia} e Companhia

Olá Pessoas! Bem-vindas ao blogue da Cotovia onde (m)ando {cotovia}ando! Sigam a cor deste vôo: "Nascemos poetas, só é preciso lembrá-lo. Saber é quase tudo. Sentir é o Mundo." @mafalda.carmona

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{Cotovia} e Companhia

18
Dez23

Feliz Natal...

{Poesia, Fotografia}


Cotovia@mafalda.carmona

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Feliz Natal, Querido Professor
**
Este poema é memória dedicada:

A quem é, será, foi, nobre professor.

Aos que sabem ver na máscara intrincada,

Dos evidentes defeitos, futuro promissor.
*

Quando ouvi a sua voz falhar, acredite,

Caríssimo Amigo, não sabia, de todo.

Como saber, não poderia, se sorria.

Mas há muito existia... a melancolia.
*

E bem a esconde, sempre tão constante,

Mesmo se revela na manhã, mãos frias,

Desmentindo:" - Só coração quente..." Diria.

À falta de lar, resiste, não obstante.
*

Mas todos os dias surge, tão contente,

Seus alunos, seu talento, seu legado.

Nas nossas vidas será, sempre, lembrado.

Feliz Natal! É nosso (e)terno presente.

**

Mafalda Carmona

17.12.2023 | 18:59 hrs

23
Abr23

Biblioteca

Destaques Sapo Blogs. Obrigada Equipa!


Cotovia@mafalda.carmona

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  • Quem por este cantinho da Cotovia já passou, sabe que por vezes sou de bastante a muito distraída. No dia do aluno publiquei um post do professor, raramente coincido com os assuntos do momento, mas, por acaso dá-se o caso de estar atenta desta vez e saber que hoje, dia 23 de Abril, é o dia do...Livro! Os "nossos" queridos livros.

Portanto vou faltar de livros? Nem por isso, ou até por isso, vou falar da Biblioteca. A "minha" biblioteca, a Municipal de Sesimbra.

Normalmente aqui no blog tendo a escrever sobre assuntos que cumpram dois critérios: 1º) sejam do meu agrado; 2º) possa genuinamente dizer algo de bom ou fazer uma critica positiva.

São estes os objectivos dos post, porque gosto mais de coisas boas do que de coisas más, e também porque serão a minha memória futura, pois sendo distraída e esquecida com os factos gerais, individuais ou do quotidiano, espero que nesse futuro, estes registos sejam um conjunto de memórias às quais seja agradável regressar, como uma espécie de rebuçados cor-de-laranja, tal qual os do enorme jarro de vidro da mercearia onde ia em pequena, e mais tarde no Café Central, no seu invólucro crepitante e transparente, para ir desembrulhando daqui a umas décadas, quando tiver para lá de 100 anos.

Mas, neste caso, se o critério número um se cumpre, pois sou fã de bibliotecas públicas, o critério número dois não se cumpre, porque não tenho uma critica positiva ou favorável a fazer à gestão da Biblioteca Municipal de Sesimbra, nem à divulgação das atividades que nela ocorrem, não por culpa ou responsabilidade da própria, pois sem autonomia, essa responsabilidade passa para a... Câmara Municipal.

Vou, no entanto, e antes de indicar os pontos negativos, referir quais os pontos positivos, e tudo o que de bom, e muito bom, tem a biblioteca municipal:

As pessoas, os funcionários, os bibliotecários, o enorme acervo de livros, de bandas desenhadas, de vídeos, os jornais diários e semanais, as revistas, os recibos electrónicos, a permuta com o pólo da Quinta do Conde com empréstimo inter bibliotecas, as atividades da hora do conto, as exposições temporárias de arte.

Chego aos pontos negativos:

A falta de espaço para os livros, a falta de equipamentos informáticos, desinvestimento em manutenção, ausência de um site próprio para divulgação e transparência das atividades, projetos e grupos relacionados com a ação da biblioteca.

Mas, o elo mais fraco, e portanto o mais grave, é o espaço físico que acolhe a sala de adultos.

Se no site da câmara é referido como " instalações modernas e actividades diversas servem os leitores", na realidade esta secção destinada a adultos, com 320m², está parcialmente interdita, em cerca de 1/5 da área total da sala, por se encontrar coberta por um elemento de vidro que apresenta evidentes sinais de infiltrações, ameaçando ruptura, e durante o inverno baldes para apanhar a água que pinga desta cobertura zenital, são a única presença nessa parte, significativa, do espaço.

A situação descrita mantêm-se desde o ano passado e as obras não tiveram início, nem se prevê quando venham a ter.

Além da grave falta de espaço para os livros, que começam a estar colocados ao alto e em cima uns dos outros, muitos deles não estão na sala mas em armazém, tendo de ser requisitados mediante confirmação da sua existência, enquanto se aguarda a aquisição de mais estantes adequadas, a falta de equipamentos informáticos é outro problema.

Dos computadores iniciais, aquando da inauguração da biblioteca em 2005, (com inicio do projecto em 1997), apenas resistem duas unidades, que datam dessa época e portanto apenas suportam o sistema operativo Linux, por falta de capacidade para as versões atuais de outros sistemas operativos, e ainda assim as páginas consultadas on-line demoram muitos minutos a abrir quando o fazem na sua totalidade.

A possibilidade da Biblioteca para resolver todos estes problemas está dependente de verbas da Câmara, e esta não as orçamenta, ou não tem capacidade para apresentar soluções.

Poderão também ser resolvidos,  parcialmente, através de donativos particulares que têm de ser aprovados pela chefe da biblioteca e encaminhados para aprovação pela câmara, que também não tem acontecido, ou por falta de interesse, ou mais uma vez por falta de divulgação da real condição de degradação do espaço e serviços, por muito boa vontade e empenho que os profissionais que lá trabalham tenham.

Esta centralização esdrúxula dos poderes camarários sobre a biblioteca resultam em vários problemas, o principal deles, desvalorizar o trabalho dos funcionários da biblioteca e a presença dos leitores, desmotiva a procura dos mais jovens deste espaço, ou dos mais carenciados, porque eterniza as situações que por inércia e incúria tomaram proporções gigantescas, e transformaram num enorme elefante a sala de leitura de adultos.

Assim, talvez fosse o caso de este post tomar o nome de "Há um elefante na sala de leitura dos adultos da Biblioteca de Sesimbra"?

Título longo, tão longo quanto o será a história que nos diz quais os problemas e vícios decorrentes da promiscuidade do poder político e da cultura.

P.S.

Ontem, sábado, a equipa do SAPOblogs publicou na secção de OpiniãoSAPO, o post do vizinho "Bombeiro". Quero antes de mais agradecer à equipa do SapoBlogs pela publicação, e por me informarem que o motivo desta escolha foi, justamente: 

"Este tema da vizinhança parece muito importante nos dias que correm".

Assim, se alguma visibilidade for dada ao blog da Cotovia e Companhia decorrente desta publicação no espaço OpiniãoSAPO, fico muitíssimo feliz que seja para destacar o vizinho bombeiro e que esta atenção, se possível, se estenda ao interesse pela situação da "minha" Biblioteca neste post de hoje, ou à preocupação com a "minha" Serra da Arrábida (aqui), do estado da Democracia (aqui) ou da traição aos médicos (aqui), professores (aqui) e na defesa da Liberdade aqui(aqui)

Aproveito para agradecer as visitas e comentários às Pessoas leitoras da Cotovia e Companhia, agradecimentos que abrangem também outras aves, canoras ou mais silenciosas, e até de Aliens, faço muito gosto de vos ter por cá.

Obrigada!

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24
Mar23

O Professor... e as Greves


Cotovia@mafalda.carmona

...ou o sarcófago...

ou a asfixia do sistema de educação, ou a turma dos 14...ou abram alas se faz favor...

  • O professor C. era o professor coordenador do módulo de disciplinas técnicas e práticas de eletrotecnia. Foi meu professor, e de mais 13 alunos, durante 3 anos. As aulas decorriam em salas numa ala do edifício situada no piso térreo, com umas janelas estreitas de vidro reforçado em arame, com vista para o estacionamento, onde nunca entrava o sol, por estarem viradas a norte. Por isso, cheirava a mofo, e as placas de madeira que serviam para montar os circuitos de eletricidade, eram desagradáveis ao toque e deixavam um cheiro a madeira prensada desagradável, como o cheiro do cartão molhado.

As aulas de Matemática, Português, Físico-química, Filosofia, Inglês e Educação física, eram distribuídas pelas outras alas do edifício, em salas com janelas, bem iluminadas e algumas delas até no segundo piso, ou mesmo, como as de filosofia, na sala "anfiteatro", com boa vista. Por isso muitos dos 14, quando juntos aos restantes da turma geral, passavam mais tempo a olhar pela janela do que para o quadro bem iluminado, a receber luz pelo lado certo, sendo possível ver tudo o que lá se escrevia.

E eu fazia parte do leque que, nas aulas gerais, escolhera um lugar à janela, bem lá atrás, onde passava a maior parte do tempo a olhar para as nuvens, as pessoas e a praça, mesmo se agora já se via para o quadro.

Nos anos anteriores a esta experiência do "sarcófago elétrico", como interiormente passei a chamar ao conjunto de salas dos 14, escolhia uma carteira na fila da frente, de modo a ver bem o que se passava no quadrado preto, pois sou míope, e tinham deixado de nos sentar por ordem alfabética a partir do 7° ano, o que era muito bom para mim, porque não tinha de andar a fazer pedidos para me sentar na fila da frente, ou antes o meu encarregado de educação, pois para muitas pessoas a pitosguice alia-se à confusão auditiva, e nunca se chega a ver verdadeiramente bem, pois, a cada mês, a graduação aumenta um aro de fundo de garrafa nas lentes dos óculos, e não há orçamento familiar que aguente tanta mudança de lentes, destas, chamadas, miopias progressivas ou grandes míopes, o meu caso.

Por causa destas (des)ordens alfabéticas as amigas e amigos de escola têm todos os nomes ou começados por M, ou antes, o Luís tinha sido meu colega de carteira durante anos, ou a Mané (Maria Manuela), Maria João, o Mário, o Miguel, o Nuno, a Paulinha, o Paulo ( o "meu" Paulo), o Pedro, a Rita ( a "minha" Rita), o Rui, o Vítor, o Sérgio e por último, o Telmo, que ironia do destino, maldade, foi o primeiro de nós a partir em 2017, vítima de acidente na A1.

Ainda hoje, felizmente, muitos destes, se mantém como amigos, e com um deles até casei há mais de 33 anos, e é o pai das minhas filhas e avô dos meus netos, o que não deixa de ser interessante, pensar se me chamasse Ana, qual seria o efeito que isso teria tido.

Mas voltemos às aulas no sarcófago, onde os 14, mais o professor, 15, cumpriam o seu horário nas salas de aula com más condições, onde a má iluminação, era além de insuficiente, incorreta, pois o quadro estava posicionado a receber a luz vinda da direita, não víamos nada do que lá se escrevia, sendo a má ventilação responsável pelo acumulo de bolores e fungos.

Talvez por isso, o Professor C. andava sempre a fungar e a tossir, pelo que trazia consigo um lenço, de pano, como se usava na altura, com a inicial do primeiro nome do professor, outra que não a C, mas nesse tempo o respeito era muito bonito e mantinham-se as distâncias, pelo que não sabíamos qual o primeiro nome desta inicial, que tal como a identidade do seu portador, estava guardado no bolso do casaco, onde se assoava (no lenço, claro), que depois de aberto e usado, era dobrado meticulosamente para voltar para o bolso, até próxima utilização. Tudo muito ecológico.

Mas se pensam que o busílis era, apenas, a falta de condições da sala, esclareço que não era.

O busílis era que o professor tinha um ditado de sua estima, que repetia todos os anos, logo na primeira avaliação, quando ia entregando os testes, por ordem crescente de classificação, até chegar ao último, que neste caso era o primeiro, tomando à letra o estrito cumprimento deste ditado popular dos "últimos são os primeiros" para quando o aluno que melhor nota obtivera, e aguardava o teste, que o professor C. retinha, entre o polegar e o anelar, enquanto segurava um cigarro entre o indicador e o dedo médio, fazendo demorar e render o peixe. 

Se acham que a descrição é demorada, estou a ser bem sucedida ao transmitir o sofrimento impaciente que se apoderava de todos os 14, sem exceção.

Assim o décimo quarto recebia, finalmente, o seu teste e ao mesmo tempo que era revelado o valor numérico em percentagem, o professor C. citava o ditado de sua eleição:

"O primeiro milho é dos pardais!'

Nestes momentos épicos, a juntar às más condições do espaço, juntava-se a total incompreensão do décimo quarto e dos outros 13. Só o Sr. professor tinha conhecimento dos porquês daquela tirada sem igual.

Isto fez com que o professor C. sem se dar conta, ou dando e fosse esse o propósito, suscitasse nos alunos uma curiosidade para descobrirem o significado desta curiosa expressão e do seu obscuro significado.

Cada um dos 14 deve ter chegado à sua própria conclusão.

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Por mim aquilo que, resumidamente conclui, e que pouco tem a ver com o ditado preferido do professor, (senão no facto de o teto de notas do Sr. Professor ser, também em sincronia com o número de alunos da turma, 14), é que:

Primeiro: É errado colocar alunos e professores a trabalharem e estudarem em salas sem condições (esqueci de referir que a dita sala sarcófago era gélida no inverno, pelas portas de metal dos cacifos e nas janelas escorria água, e o Sr. Professor, mesmo quando não estava a fumar, qual dragão, exalava vapor de água, em forma de névoa digna de um romance dos cavaleiros de Avalon, a cada palavra...) 

Segundo: Duas coisas boas, já não se pode fumar em espaços fechados, muito menos em sala de aula, e já não se sentam os alunos por ordem alfabética, espero eu, nas aulas.

Terceiro: as condições do espaço físico onde se trabalha, estuda ou vive, têm influência determinante na qualidade de vida das Pessoas, neste caso de alunos e professores, e obviamente, nos resultados escolares de alunos e desempenho dos professores.

Quarto: que isto tenha acontecido no século passado, e desde então já se passaram quatro décadas, mas não se passaram alterações significativas na maioria das escolas deste país, nem na precariedade da profissão de professor, é que é assunto para refletir;

Quinto: quatro décadas depois o nível de escolaridade obrigatório aumentou para o 12° ano, e as turmas não têm, por norma, 14 alunos, mas o dobro ou mais, e isso também é um assunto para refletir.

Além destes problemas, crónicos, no nosso Sistema de Educação, existem muitos outros que atingem professores, alunos e pais de formas diferentes mas com as mesmas consequências: más condições de trabalho e estudo, precariedade nas condições de trabalho, de acesso, e em consequência as vidas de todas as Pessoas que estão neste sistema, precisam de ser melhoradas, respeitadas e dignificadas.

Por isso, sim, eu apoio a greve, e também as manifestações, as demonstrações, neste caso, quando não há nada a elogiar, nem com o que concordar.

02
Fev23

Quer um cafezinho?


Cotovia@mafalda.carmona

Ou a "sui generidade" das profissões e a dificuldade da sua definição

  • Sempre existiu, e continua a existir, uma enorme dificuldade em encaixar determinadas profissões na normalidade. De simplificar a explicação das suas características e funções sem ser redutor. Ou mesmo de as aceitar enquanto profissão.

O que é o caso da definição de profissão para quem negoceia em café e cacau, produtos de produção inexistente no nosso país e por isso quando comercializados obrigarem a importação.

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Imagem de artigo publicado aqui sobre os diferentes tipos de café. 

No caso do café, desde o seu comércio, às enormes chávenas de louça servidas a quase todas as refeições lá em casa, poderemos mesmo chamar-lhes malgas, do pequeno almoço, bem cedo, entre as 6 e as 7 da manhã,  à pequena chávena de café depois do jantar, com café claro, límpido e bem quente, assim como o cheiro do café e a sua inclusão como ingrediente em bolos e sobremesas doces, são as memórias mais características que guardo do meu pai.

Ontem, dia 1 de Fevereiro, em 2017, o meu pai deixou-nos, à sua pequena família, para iniciar um outro caminho, onde eventualmente, nos iremos encontrar algures no futuro, nesse que é o caminho desconhecido, mas o fim de todos nós, nesta forma de existir na Terra.

Inevitavelmente a data avivou recordações e entre elas, esta do café, pois o assunto do café e do meu pai, era sempre motivo de alguma crispação nos primeiros dias de aulas, quando tinha de responder (e era mesmo por obrigação) ao questionário do aluno, onde as perguntas incluíam a profissão e ou ocupação do encarregado de educação.

Quando a resposta incluía a exportação e importação de café e cereais, invariavelmente o professor ficava a olhar para mim como se os grãos de café aparecessem descascados, torrados directamente do cafeeiro para a sua cafeteira de casa ou na bica no restaurante a seguir ao almoço, sem passar pelo processo de colheita, compra, torra, armazenamento em silos ou enormes gares, compra, exportação em cargueiros, nova armazenagem (se não azedassem no transporte ou em qualquer outra fase deste longo processo), venda, empacotamento, venda, distribuição, superfície comercial, prateleira, venda, professor, compra, cafeteira...

Todos os anos eu renovava a minha fé num resultado diferente perante a minha resposta. Nada. Mais do mesmo. Ficava atónita.

Pensei em mudar a resposta e experimentei o "comércio de café e cereais".

Então, a confusão passava por o Sr. Professor pensar que quem negociava em café e cereais seriam apenas os donos do café ou da padaria... Sei que nessa altura, pré união europeia, ainda não se passavam dias inteiros em Bruxelas a negociar as quotas e preço tonelada da banana, e da banana da madeira versus as vindas de outras latitudes, mas, mesmo assim, o desconhecimento do básico ( o bê-a-bá ou, como dizem nos United States o 1-0-1) do comércio era, no mínimo, intrigante.

Também me causava estranheza a insistência, do.. "Ah, tem um café?"

Não senhor não tem café nenhum. Comercializa café, para isso tem de contactar os produtores, marcar deslocações, ter uma amostra, para ser torrada, até existe um kit portátil para poder fazer essa tarefa no local e permitir a prova da amostra, coisa complexa, avaliar o valor da produção, os gastos de transportes, navios, silos e armazenamento, e por aí senhor professor, que só falta chamar ao Gengis Khan e ao Marco Polo, e antes deles aos fenícios e a todos os outros, condutores de veículos, ignorando toda a parte histórica, comercial e cultural que através desta atividade permitiu que a civilização se desenvolvesse...

Insisti e resisti em desistir e noutro ano dei outra resposta: "comerciante". De quê? Pergunta o professor. De café e cereais... Ah, tem uma mercearia? Não não tem. Trabalha em exportação e importação. Next. Passávamos para um outro colega de turma, que aqui já se percebeu que não se percebeu.

Ajuda preciosa para o esclarecimento de como funciona a indústria do café foi dado pelo Sr. Clooney, o George.

Infelizmente, ou felizmente, já não estava a frequentar o ensino secundário (o 2°/ 3° ciclo). Mas, mesmo se à posteriori, foi o início da época da luz, do esclarecimento, agora todos podiam ver como este processo se dava, desde o cafeeiro, passando pela produção, colheita (safra) e distribuição sustentáveis até chegarmos ao "What Else?".

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 Nespresso, campanha publicitária com George Clooney. 

O marketing (outra nova profissão que em tempos de chamou "publicidade") é de facto uma coisa extraordinária.

Apresenta aquilo que estava a vista de todos de um modo tão apelativo que transmuta as pessoas, coisas e as situações em outras pessoas, coisas e situações. Entre a publicidade e a propaganda vai um passo, e maioria das vezes não se consegue distinguir até quão longe, ou perto, da realidade nos levam as imagens e discursos. Ao ponto de nos fazer esquecer a origem e verdadeira natureza do que se nos apresenta, ilude através de imagens a prometer vidas e produtos perfeitos, mas por outro lado, todos sabemos o que é marketing.

Assim, se fosse hoje, provavelmente, a minha resposta seria compreendida, graças ao George Clooney poder beber o seu cafezinho onde quiser e "What else", ou no caso "Whatever" como resposta ao Sr Professor se ainda assim insistisse em não perceber.

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{Cotovia} em Colectânea

Sinopse A Coletânea “ERA UMA VEZ…ALENTEJO” é uma obra que inclui poemas, fotografias, ou obras artísticas originais cujo tema e foco principal seja o Alentejo, e está abrangida no projeto europeu “Antologias Digitais”. Tendo a cidade de Évora sido recentemente nomeada Capital Europeia da Cultura 2027, faz todo o sentido homenagear não só a cidade como também toda a beleza circundante e riqueza cultural da região, e observar as maneiras como estas inspiram as pessoas de vários pontos do globo. Autor: Vários Formato: pdf Edição: 08.05.2023 Ilustração capa e contracapa: Ana Rosado; Vítor Pisco Editora Recanto das LetrasBaixar e-book

{Cotovia} em Antologia

Sinopse Aquilo que temos vindo a testemunhar desde 20 de fevereiro de 2022, provoca em nós sentimentos complexos, melhor expressados através da arte. Esta antologia recolhe estes sentimentos, e distribui-os para quem neles se reconforta e revê. Para o povo ucraniano, fica a mensagem de acolhimento, não só em tempos de crise, mas sempre. Porque é difícil expressar a empatia por palavras, mas aqui fica uma tentativa, por 32 autores, nacionais e internacionais. Autor: Instituto Cultural de Évora Formato: pdf Edição: 14.08.2023 Ilustração capa e contracapa: Ana Rosado Editora Recanto das Letras

{Apoio à Vítima}

A APAV tem como missão apoiar as vítimas de crime, suas famílias e amigos, prestando-lhes serviços de qualidade, gratuitos e confidenciais. É uma organização sem fins lucrativos e de voluntariado, que apoia, de forma qualificada e humanizada, vítimas de crimes através da sua Rede Nacional de Gabinetes de Apoio à Vítima e da sua Linha de Apoio à Vítima – 116 006 (dias úteis: 09h – 21h). Aquando de um crime, muitas pessoas, para além da vítima directa, serão afectadas directa ou indirectamente pelo crime, tais como familiares, amigos, colegas. A APAV existe para apoiar. Os serviços da APAV são GRATUITOS e CONFIDENCIAIS.

{Notícias Sobre a Ucrânia}

A UE condena com a maior veemência a agressão militar não provocada e injustificada da Rússia contra a Ucrânia. Trata-se de uma violação flagrante do direito internacional, incluindo a Carta das Nações Unidas. Apelamos à Rússia para que cesse imediata e incondicionalmente todas as hostilidades, retire o seu pessoal militar e equipamento de todo o território da Ucrânia, no pleno respeito pela soberania, independência e integridade territorial da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas. A UE apoia os princípios e objetivos fundamentais da fórmula de paz da Ucrânia enquanto via legítima e credível rumo a uma paz global, justa e duradoura.
Em destaque no SAPO Blogs
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