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{Cotovia} e Companhia

Olá Pessoas! Bem-vindas ao blogue da Cotovia onde (m)ando {cotovia}ando! Sigam a cor deste vôo: "Nascemos poetas, só é preciso lembrá-lo. Saber é quase tudo. Sentir é o Mundo." @mafalda.carmona

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{Cotovia} e Companhia

10
Abr23

Música...


Cotovia@mafalda.carmona

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Ou a música no coração da vida do dia a dia

 

  • O Fado das coisas banais que pensamos ser individuais, mas fazem parte da vida de muitas Pessoas. Episódios acompanhados por uma música, um tema, uma composição, que os marca, ou nos marca, ou mesmo o ambiente musical do sítio onde nascemos, do Fado de Alfama e Mouraria, mas não exclusivamente, ao Cante de Beja e Serpa, mas não exclusivamente, são exemplos de como o individual se torna universal, através do caminho que leva do individualismo para um humanismo global.

Assim teremos aquela que é a primeira música de que nos recordamos, a música ou as músicas preferidas, muitas vezes essenciais para nos ajudar a viver, a resistir, a reparar alguma coisa, talvez porque quem canta seus males espanta, e ouvir outros a cantar terá o efeito de nos encantar. Será a derradeira expressão da liberdade.

E, também, de nada a tudo, mede o grau de liberdade de um regime político.

Por ventura será a mais pessoal e individual expressão da liberdade. Sob a égide do direito de opção, e do "gosto não se discute", cada um é livre de gostar da música que entender, da clássica ao hard, heavy, punk metal, e mesmo quem goste da música pela sua ausência, o silêncio, essa também é uma opção, que pode, se utilizada em formato de ativismo, cantar mais alto do que Amália ou Celeste Rodrigues.

Tudo acontece na esfera da privacidade, apesar de estar sob a proteção de uma maioria de grupo, e assim é possível, sem que isso seja contestado como certo ou errado, dizer que se gosta de Vivaldi a Ana Moura, de U2 a Amor Electro, de ABBA a Mónica Sintra, de Rolling Stones aos Quatro e Meia, de Carlos do Carmo a Beatles, do Haka aos Duos Sertanejos, da música Country aos Blues.

Como em tudo, podemos divulgar, dar a conhecer, dizer o porquê de gostarmos, podemos louvar as virtudes de determinado músico, grupo, compositor ou cantautor. Mas não valerá a pena, nem faz sentido, querer obrigar um povo a gostar de um determinado género, música, autor, cantor ou cantora, numa tentativa de romanização fora de época. 

Também é, tantas vezes, motivo de divergência entre as gerações, e tanto pode ser um elo de ligação nuns, como um motivo de desentendimento noutros. E, no entanto, é um tema para gerar comunicação, assim se queira conhecer ou partilhar, para perante todas as opções disponíveis, cada um escolher a que preferir.

Extraordinário é que, como a maioria das áreas do conhecimento, se pode cultivar o gosto pela música.

E, o que é mais fantástico, ajuda a exteriorizar através da paixão musical, a paixão pela vida, uma paixão que renova a vontade, fortalece a saúde, proporciona alegria, e entre outras coisas, estimula a memória, quer pelas recordações a que está associada, como pela memorização das letras de nossa predileção.

E julgo que estarei certa se disser que a paixão é compatível com a paz. Podemos pensar nas canções de Abril, que rimam com liberdade, democracia, e educação, que me faz recordar Zeca Afonso.

"No céu cinzento sob o astro mudo

Batendo as asas pela noite calada

Vêm em bandos com pés veludo

Chupar o sangue fresco da manada

 

Eles comem tudo, eles comem tudo

Eles comem tudo e não deixam nada

Eles comem tudo, eles comem tudo

Eles comem tudo e não deixam nada

 

Se alguém se engana com seu ar sisudo

E lhes franqueia as portas à chegada(...)"

Ou como a difundida mundialmente "Bella Ciao" através da série "Casa de Papel" revela momentos na história de um povo, que com a música sai à rua, nas palavras dos direitos e da justiça social, com um papel ativo na mudança.

"(...) E se eu morrer como resistente

Tu deves sepultar-me

E sepultar-me na montanha

Minha querida, adeus, minha querida, adeus, minha querida, adeus! Adeus! Adeus!

E sepultar-me na montanha

Sob a sombra de uma linda flor

E as pessoas que passarem

Minha querida, adeus, minha querida, adeus, minha querida, adeus! Adeus! Adeus!

E as pessoas que passarem

Irão dizer-me: «Que flor tão linda!»

É esta a flor do homem da Resistência

Minha querida, adeus, minha querida, adeus, minha querida, adeus! Adeus! Adeus!

É esta a flor do homem da Resistência

Que morreu pela liberdade."

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Assim, como conclusão, tudo aquilo que escolhemos, é reflexo ativo da Pessoa que somos, do clube desportivo à modalidade, do estilo à música, e, mesmo não querendo, somos expressão de um grupo mais alargado, que eventualmente, tendo noção de si mesmo, se poderá tornar um movimento e influenciar a um nível mais geral a sociedade onde vivemos.

Transformada na expressão de um povo, estranho é ser ignorada pela esfera governamental.

Negar a canção que se está a formar de muitos numa só voz, não irá silenciá-la. Porque neste caso não se trata de ruído, trata-se de uma onda de música, uma música com uma letra que não é necessário entender, nem saber cantar ou tocar um instrumento, basta sentir.

Um sentimento que está a crescer e a chegar a 10 milhões para chegar a mais um.

O primeiro.

José Saramago, na sua escrita, aborda a importância da música como forma de resistência e liberdade, e escreve:

"A música é o meio mais eficaz de comunicação no mundo inteiro. E não só comunicação, é também resistência, é também rebeldia, é também subversão. Em todas as épocas e lugares do mundo, a música esteve presente nas lutas contra a opressão, na reivindicação da liberdade, na afirmação da dignidade humana".

(...) Podemos então dizer que somos livres, com a paz e o sorriso de quem se reconhece e viajou à roda do mundo infatigável, porque mordeu a alma até aos... ossos dela. (...) Cada um de nós é por enquanto a vida. Isso nos baste."

Sejamos vida.

21
Dez22

As Viagens


Cotovia@mafalda.carmona

Do meu contentamento...

  • Nesta, que se inicia hoje, estação do meu descontentamento, o Inverno, sou invadida pela nostálgica memória das viagens.

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ilustração "Silêncio de Inverno" de @mafalda.carmona 

Viajei bastante, por conta das idiossincrasias familiares, só mais tarde compreendidas.

As primeiras viagens foram de barco, um transatlântico, quando ainda existiam para irmos de uns continentes para os outros, imaginam? Depois avião, carro, comboio e autocarro.

Excetuando as viagens de barco (as mais difíceis), as viagens de avião eram uma excitação, sobretudo pelo frenesim nos aeroportos, as manobras dos aviões, o levantar voo aqui e agora, e o aterrar lá longe, numa terra completamente diferente, quase num ápice,  o tempo de um sonho.

Depois, nas viagens de automóvel, o ir indo, viajando, o tempo próprio das paisagens que desfilam na janela, tal como nos comboios, mas no carro há uma domesticidade maior, uma familiaridade com as paisagens libertas do bulício das gares e dos aeroportos, aquelas janelas mais pequenas, alimentam uma expectativa pelo espaço aberto e pela novidade, a próxima terra, ceara, pomar, o próximo local de paragem e de partida, as etapas pré-determinadas para um destino programado.

As viagens despertam, também, um sentimento de contrastes, o isolamento de uma madrugada ainda com o sol por nascer e as ruas desertas, quando se parte tentando não fazer muito barulho, e a chegada ao centro de uma cidade no meio da tarde, as filas de trânsito, as principais avenidas, a chegada ao hotel, os cheiros característicos desses espaços.

No viajar está esta sensação de " Poder", para fazer, para ir, estar, ver, sentir, contentar-se.

Se o ponto de chegada é um motivo de excitação, o próprio processo da viagem, é igualmente intenso, onde muitas vezes a impossibilidade de parar, dá lugar a guardar pequenos postais estáticos de pessoas, coisas, situações e paisagens, uma coleção de imagens, um álbum de fotografias imateriais, guardado dentro de nós.

As viagens literárias são, também, assim.

Essas, recolhem todas estas emoções e sentimentos do viajante e através dos autores, dá-se a magia, pois conseguem esta alquimia, a de transformar palavras em imagens, e imagens em palavras tão vividas como aquelas que guardamos e lembramos em ténues recordações. Fazem-no tão bem que nos oferecem uma incrível viagem nas histórias que contam, reais ou ficções, aventuras ou poesias. É a poesia das palavras materializada em textos a gerar imagens reais e sentidas.

E assim na literatura somos viajantes, quem escreve e quem lê, uma viagem partilhada na qual os autores não vivem sem leitores, que não vivem sem autores, são o par Piu-piu e franjola desta antiga história, de um amor, o inventado por Platão, para fazer o nosso contentamento nestes dias de um inverno, estação que atravessa o ano de 2022 para nos entregar o ano de 2023, que agora se inicia.

Estimadas Pessoas: 

 

Chegou o Inverno!

 

No meu caso, gosto é do Verão,

Mesmo sem passear de prancha na mão,

Pois tenho penas e asas, para meu espanto!

Asas para voar em fingida imaginação,

Nestes dias frios de chuva, vento e desalento.

É em grande desassossego e tormento,

Que desespero pela chegada da Primavera.

Para animar esta quadra há o Natal,

O Advento e a Consoada, a passagem de Ano,

E num instante está à porta o Carnaval!

Como Companhia, esta Cotovia tem as Pessoas,

Os autores, textos em poesias, e literárias aventuras.

Haja saúde, paz, bons ventos, amor e amizade,

Para viver grata e em feliz contentamento.

Na viagem no comboio das estações,

O tempo passa veloz, sempre igual, sempre diferente.

Boa quarta-feira e bom 21 de Dezembro.

 

Boas Viagens. Feliz Natal, Boas Festas e Bom Ano de 2023, Pessoas!🐦

 

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{Cotovia} em Colectânea

Sinopse A Coletânea “ERA UMA VEZ…ALENTEJO” é uma obra que inclui poemas, fotografias, ou obras artísticas originais cujo tema e foco principal seja o Alentejo, e está abrangida no projeto europeu “Antologias Digitais”. Tendo a cidade de Évora sido recentemente nomeada Capital Europeia da Cultura 2027, faz todo o sentido homenagear não só a cidade como também toda a beleza circundante e riqueza cultural da região, e observar as maneiras como estas inspiram as pessoas de vários pontos do globo. Autor: Vários Formato: pdf Edição: 08.05.2023 Ilustração capa e contracapa: Ana Rosado; Vítor Pisco Editora Recanto das LetrasBaixar e-book

{Cotovia} em Antologia

Sinopse Aquilo que temos vindo a testemunhar desde 20 de fevereiro de 2022, provoca em nós sentimentos complexos, melhor expressados através da arte. Esta antologia recolhe estes sentimentos, e distribui-os para quem neles se reconforta e revê. Para o povo ucraniano, fica a mensagem de acolhimento, não só em tempos de crise, mas sempre. Porque é difícil expressar a empatia por palavras, mas aqui fica uma tentativa, por 32 autores, nacionais e internacionais. Autor: Instituto Cultural de Évora Formato: pdf Edição: 14.08.2023 Ilustração capa e contracapa: Ana Rosado Editora Recanto das Letras

{Apoio à Vítima}

A APAV tem como missão apoiar as vítimas de crime, suas famílias e amigos, prestando-lhes serviços de qualidade, gratuitos e confidenciais. É uma organização sem fins lucrativos e de voluntariado, que apoia, de forma qualificada e humanizada, vítimas de crimes através da sua Rede Nacional de Gabinetes de Apoio à Vítima e da sua Linha de Apoio à Vítima – 116 006 (dias úteis: 09h – 21h). Aquando de um crime, muitas pessoas, para além da vítima directa, serão afectadas directa ou indirectamente pelo crime, tais como familiares, amigos, colegas. A APAV existe para apoiar. Os serviços da APAV são GRATUITOS e CONFIDENCIAIS.

{Notícias Sobre a Ucrânia}

A UE condena com a maior veemência a agressão militar não provocada e injustificada da Rússia contra a Ucrânia. Trata-se de uma violação flagrante do direito internacional, incluindo a Carta das Nações Unidas. Apelamos à Rússia para que cesse imediata e incondicionalmente todas as hostilidades, retire o seu pessoal militar e equipamento de todo o território da Ucrânia, no pleno respeito pela soberania, independência e integridade territorial da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas. A UE apoia os princípios e objetivos fundamentais da fórmula de paz da Ucrânia enquanto via legítima e credível rumo a uma paz global, justa e duradoura.
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