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Cotovia e Companhia

Olá Pessoas! Bem-vindas a este blogue onde (m)anda, esvoaçando, a Cotovia🐦! "Nascemos poetas, só é preciso lembrá-lo... Saber é quase tudo. Sentir é o Mundo." Mafalda Carmona

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Cotovia e Companhia

07
Jul23

Cor...


Cotovia (MC)

IMG_20230706_214224.jpg

(1)...Ou McCurry: O desígnio da cor e a Antologia Poética de Natália Correia.


A primeira referência deste postal aborda o documentário de 2021, com a colaboração da Creative Europe Media Programme of the European Union, que apresenta um olhar sobre o fotógrafo Steve McCurry, o autor por detrás das célebres fotografias das quais a mais conhecida será o retrato da "sua" "Rapariga Afegã", as dificuldades, riscos e perspectivas ao longo de 40 anos de trabalho onde criou algumas das imagens mais impactantes do Homem do nosso tempo, neste filme de autoria de Denis Delestrac, e a poesia de Natália Correia na introdução da Antologia Poética, das publicações Dom Quixote, de 2919, organizada e seleccionada, por Fernando Pinto do Amaral, com enfoque no seu prefácio.


Em comum, a percepção que dão da visão de si mesmos enquanto autores e do mundo, e a influência que exercem no decurso do tempo, do nosso tempo e da nossa história comum e particular.


Bonnie McCurry Reum, irmã e presidente do estúdio afirma acerca de Steve McCurry algo que, também na minha visão pessoal, se assemelha a toda a obra artística, seja de imagem, seja de escrita em prosa, prosa poética ou poesia, seja de pintura ou escultura, de cinema, de música, de dança, de teatro, e aqui na área da fotografia:


"Todas as fotografias que um fotógrafo tira são,  em certa medida um auto-retrato. São reveladoras de uma pessoa, do que lhe interessa...do que lhe toca, do que é profundo para ela. E há algo da sua psique que é revelado."

IMG_20230706_231248.jpg

(2)

Por outro lado, Steve McCurry começa o documentário afirmando:

"Um dia, o mundo vai ser uma espécie de terminal de aeroporto grande e homogéneo, Vai ser tudo vidro, metal e cimento. Podemos estar em Xangai, Cabul ou Buenos Aires, que vai ser tudo igual. Não sei se queremos viver num mundo sem cor sem diferença.(...)


Nós percebemos que o progresso é imparável, que é inevitável e que as coisas mudarão, mas vamos, pelo menos, guardar alguma recordação da forma como éramos.(...)


A fotografia é apreciar o mundo, encontrar uma imagem , uma situação, que fale uma linguagem universal. Tenho uma necessidade constante, ou um impulso, de criar um álbum fotográfico da nossa espécie, antes de o mundo avançar e as suas nuances desaparecerem."


E, também a propósito da cor, da sinestesia presente na poesia, cheguei a Natália Correia, e ao prefácio desta Antologia Poética:


"A poesia de Natália Correia surge relacionada com uma excepcionalidade inquietante e perturbadora, (...) acentua-se a dimensão gustativa, sensorial ou carnal da poesia, inscrevendo-se num entendimento global do mundo em que o o espírito é tão real como uma árvore, pressupondo uma integração harmoniosa com a natureza."


"A arpa do vento
e os teus dedos de ventania
compuseram uma canção
da mais fantástica alegria(...)

É uma onda de magia
onde se enrolam os mortos
erguidos da terra fria
dum rosto que lhes pintou
a nossa melancolia"


Natália Correia.

IMG_20230706_211513.jpg

(3) capa do livro "Natália Correia - Antologia Poética

(1), (2) e (4) capturas do documentário Steve McCurry: O desígnio da cor

P.S.

Ainda relativamente ao tema deste postal, a cor, mas no sentido do "colorido" da escrita conforme referi em  Natália Correia, á uma ocorrência especial relativa aos sentidos que é a sinestesia, mas da qual irei aqui fazer um pequeno apontamento, o da sinestesia como figura de linguagem, e, no caso, aplicada à poesia, e até são duas palavras que rimam.

"Cada modalidade sensorial possui receptores que só reagem a um tipo especifico de estímulo. Na criança pequena, todavia, a visão, audição, o tacto, o paladar e o olfacto estão ainda misturados, e poucas pessoas adultas conservam esta capacidade de sentir multiplos sentidos em simultaneo atraves dos mesmo receptores, uma em cada 500 000, ou sinestesia. (...) 

Poetas e escritores, fascinados pelo fenómeno, procuraram captar as correspondências secretas de um mundo onde os sentidos se correspondem mutuamente:

Depois de Baudelaire "os perfumes, as cores e os sons respondem uns aos outros" Rimbaud, no seu soneto das "Vogais" (1871), explora uma álgebra misteriosa "A preto, E branco, I vermelho, U verde, O azul" (...) in ABCeário dos Cinco Sentidos, Jornal Público.

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(4)

24
Mai23

Quimera

Poesia Soneto Decassilábico Fotografia


Cotovia (MC)

IMG_20230425_125110.jpg

(*) Quimera

**

Serão dois caminhando de mãos dadas,
Que seguem a vereda do convívio,
Quimera sem atalho nem desvio,
Dura via por linhas intrincadas.

*

Navegam pelas folhas agitadas
Em árvores de intrépido navio,
Talhadas por marceneiro bravio,
Movidos pelas Musas olvidadas.

*

Bordado escrito a ouro de mil fios,
Pontos dados por hábil cerzideira,
Ligeira em costurar tortos feitios.

*

Com coragem aguardam desafios
Sob o brilho da estrela aventureira,

Por aí vão desvelar cantos gentios. 

(E se iluminam cantos mais sombrios.)

****

Mafalda Carmona

23.05.23 23.30h

(*) Estas duas fotografias de elementos decorativos da área ajardinada do restaurante Aloendro, foram tiradas na viagem ao Redondo, no dia 25 de Abril, quando fui a passeio ao Alentejo festejar a data da Liberdade.

Estão incluídas numa zona que é contígua a um equipamento temporário e amovível, comummente chamado de "tenda", onde, presumivelmente se realizarão festas várias, entre elas as destinadas aos festejos de casamentos.

Ora é aqui chegado o momento de fazer a interligação entre este ambiente e a data que festejei no passado fim de semana, o aniversário de casamento, e daí o poema que aqui vos deixo, como um registo da data, que conta mais de três décadas, e que a seu favor teve todos os elementos subjectivos e folclóricos, como ser na Primavera, no mês de Maio, e para mais com aguaceiros, para beneficiar do adágio popular " boda molhada, boda abençoada", e também participei ativamente, de acordo com algumas tradições culturais, em estar o tempo todo muitíssimo aborrecida, que me desculpem os caros fotógrafos e caras fotógrafas, mas detesto tirar fotografias e portanto foi um suplício de má memória, desde a manhã desse dia, que à parte disso, tinha tudo para dar errado, e até deu, em algumas fases menos boas, os altos e baixos da tal navegação por mares bravios, onde as Musas, o marinheiro bravio, as costureiras, a sorte e o imponderável vão definindo os rumos do caminho a dois. 

De resto suponho que apenas a caturrice da Cotovia e espírito de contradição, para provar que os vaticínios de naufrágio certo, seriam exagerados, mantêm o navio à tona, a navegar, e por vezes até com alguma graciosidade.

No entanto, o tom do poema parece-me que pode estender-se à maioria das relações, sejam de amor ou amizade, companheirismo ou colaboração em trabalho, projectos, empreitadas e mesmo em hobbies ou actividades de tempos livres, ou seja tudo aquilo que implique cooperação.

E, suponho que quem de vós Pessoas são visita habitual, já tiveram a percepção de que o tom forte dos exercícios poéticos da Cotovia não será o amor romântico, e, assim não sendo uma Pessoa romântica, este será o exemplo mais aproximado de um poema de Amor que consegui, ou conseguirei, escrever, onde ainda assim não consegui evitar o ligeiro tom de humor.

Espero que gostem desta "Quimera", Pessoas!

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(*) Fotografias de Mafalda Carmona 25.04.2023

P.S.

Notas de aprendizagem do soneto. (*)

Fiz algumas ligeiras correções nos versos 4, 8, 9 e 14, de acordo com as correcções e sugestões da nossa querida Poetisa Maria João Brito de Sousa poetaporkedeusker. Partilho aqui, em nota de rodapé, ou post scriptum, o motivo das mesmas de modo a documentar as alterações no contexto da aprendizagem do exigente e apaixonante formato do soneto:

Verso 4, inicial:

Vi/a/ín/gre/me /por/ li/nhas /in/trin/ca/das - não é decassílabo, tem 11 sílabas poéticas, pois existe crase entre as duas vogais de via e íngreme, ou seja sendo í uma vogal tónica a divisão silábica ocorre. Assim o verso em decassílabo é possível se:

4- Dura via por LInhas intrinCAdas (heróico,  sílabas tónicas 6ª e 10ª)

Verso 9, inicial:

É/ um/ bor/da/do es/cri/to a /ou/ro /de /mil /fi/os - está em verso alexandrino, dois conjuntos de 6 sílabas poéticas,  6+6. Para ficar em decassílabo heróico:

9- Bordado escrito a ouro de mil fios (10)

Verso 14, inicial:

Que i/lu/mi/na/rá /os/ can/tos /mais/ som/bri/os (11)

14- Que iluminam os cantos mais sombrios (10)

Em 19.07.23 fiz a alteração do verso final deste soneto "Quimera" para acentuar o humor e discreta ironia sobre o par: 

14- Por/ aí /vão /des/ve/LAR/ can/tos/ gen/TI/os. (10)

Verso 8, inicial:

Movido pelas Musas esquecidas.

Para que a rima seja dos quartetos seja em esquema ABBA ABBA, esquecidas foi substituído por olvidadas, sem que se perca o sentido, mantendo o verso decassílabo heróico com tónicas na 6ª e 10ª sílabas poéticas:

8- Movidos pelas Musas olvidadas.

Assim, a versão do soneto Quimera que resulta é a que consta deste postal, agora actualizado.

Obrigada Mª. João e obrigada a todas vós Pessoas pela vossa incrível disponibilidade!

11
Mai23

Sorte


Cotovia (MC)

IMG_20230510_231154.jpg

(*)

Sorte

**

Quando a vida desanda e te empata,

É triste mas não pares Cotovia,

Que amanhã te espera mais um dia,

Nesta existência que crês democrata.

*

Se não sabes, tens dúvidas, aguenta.

Que muito alcança quem sempre porfia,

É nessa vã esperança que confias,

É ela a subtil balança que te sustenta.

*

Porventura terás más notícias,

da barbárie, da guerra, doença e fome,

bem de quem sofre as suas consequências.

*

Não chores, nem te percas, ou ao teu norte,

Faz, vive em comunhão, e não te esqueças,

Luta pela Paz, não estás só, por sorte! 

****

Mafalda Carmona

11.05.2023 00.22

(*) Fotografias do Menir dos Namorados, Mafalda Carmona

P.S.

Esta fotografia foi tirada junto do Menir dos Namorados na estrada que vai de Évora para o Redondo, no dia 25 de Abril, quando fui festejar a data no Alentejo. O pormenor do poste com a indicação da A13, captou a minha atenção pois o número 13 tem grande significado, e está a aproximar-se o dia 13 de Maio, dia de Nossa Senhora se Fátima, sendo que existirão outras coincidências numéricas relacionadas com número 13, mas que ficam para um outro postal.

Assim, o Menir dos Namorados, que no Google é indicado como Pedra dos Namorados, fica na estrada que vem de Évora para o Corval e que passa por Reguengos e segue para a Praia fluvial de Monsaraz.

Deixo aqui a ligação do Google Maps para que possam ter as referências correctas para melhor chegar a este ponto no Alentejo:

Rocha dos Namorados

https://maps.app.goo.gl/eoF8HpHNPUt6dJ2j9

 

Neste postal, e por ter incluído a foto com o número 13, onde se adivinha o Menir dos namorados haverá motivo para partilhar mais três fotografias do Menir e da placa com os dizeres informativos e fotografados para posterior referência que aqui vos deixo, Pessoas.

 

Podem perguntar se atirei pedra ou não,  e será questão cuja resposta é fácil de adivinhar, mas em meu favor tenho a desculpa de só ter lido a placa já em casa quando estive a rever as fotografias que tirei, e confesso que não fiz nada como manda a tradição, por pura incompetência em ler as instruções.

 

Agora não sei quem de vocês arriscaria fazer a pergunta à qual o Menir, segundo a tradição, daria resposta? 

IMG_20230511_000621.jpg

" Afloramento natural, tem cerca de 7 metros de perímetro superior e a forma de um cogumelo. Apresenta várias 'covinhas' naturais, que se podem relacionar com as verdadeiras covinhas gravadas, elementos gráficos de significado desconhecido, mas comuns no megalitismo. Apresenta igualmente uma cruz que deve ter sido talhada para cristianizar um antigo ritual de fertilidade.

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Ainda hoje, as jovens tentam colocar uma pedra no topo da rocha, atirando de costas e com a mão esquerda. O número de tentativas falhadas significava o número de anos de espera até ao casamento."

IMG_20230425_161040.jpg

 

04
Mai23

Bravo Alentejo


Cotovia (MC)

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(*)

Bravo Alentejo 

**

Na tua dourada tão basta planície,

Mal eu sabia, ou intuía, que se escondia,

Da meninice até à minha velhice,

Tão profundo motivo de alegria.

*

Nos teus montes caminho com candura,

E não esquecerei a tua bem querença.

Sei que o teu forte amor sempre perdura,

Não alquebra por antiga desavença.

*

Na tua alma unes credos de mil cores,

Desde o azul Atlântico ao velho Tejo,

Cantas às formosas flores teus louvores.

*

A minha esperança é o teu renascer,

Pois corajoso és óh meu bravo Alentejo,

Nos teus braços serei livre de morrer.

****

Mafalda Carmona

30.04.2023 23.30h

Este poema "Bravo Alentejo" está incluído na publicação do ICE, Instituto Cultural de Évora, na Antologia digital "Era uma vez...Alentejo".

IMG_20230504_141503.jpg

E que está disponível para leitura e download aqui:

https://www.recantodasletras.com.br/e-livros/7779457

Quando submeti o poema foi com a esperança de que fosse aceite, e de facto fiquei muito feliz por ter reunido as condições mínimas para ser incluído na Antologia, pois parte do enunciado das condições de participação, e talvez a condição mais importante, é a inspiração que o Alentejo tem na criação artística, seja em que formato for, e suponho foi esse critério que permitiu a sua inclusão, pese embora tenha perfeita noção das inúmeras falhas poéticas deste Bravo Alentejo.

E assim, posteriormente a ter submetido a minha participação, ao reler o soneto, deparei-me com um tom que me pareceu deslocado por uma melancolia excessiva, quando o tom que pretendia seria, idealmente, o da esperança e alegria.

E visto que ninguém me impede de mudar e alterar ou burilar as poesias que vou escrevendo, para que de pedra tosca em pedra tosca desta aprendizagem, se vá fazendo o caminho, pois tal como na maioria das áreas artísticas, a aprendizagem é um processo contínuo, foi isso mesmo que fiz, e até o título do soneto alterei, para se adequar ao momento poético, meu e do Alentejo, pois na visita que fiz no passado dia 25 de Abril, verifiquei muitas mudanças na paisagem Alentejana, de que resultou esta versão, "Alentejo Renascido".

 

Alentejo Renascido

**

Na tua singela e dourada planície,

Mal eu sabia ou intuía que se escondia,

Da meninice até à minha velhice,

Tão esplêndida e profunda alegria.

*

Nos teus montes caminho com candura,

Jamais esquecerei a tua bem querença,

Sei que o teu forte amor sempre perdura,

E não quebra em antiga desavença.

*

Na tua alma unes credos de mil cores,

Do azul Atlântico até ao velho Tejo,

Cantas às gentis flores os teus louvores.

*

A minha esperança é o teu renascer,

Pois corajoso és, óh meu bravo Alentejo,

E em teus braços serei livre de viver.

****

Mafalda Carmona 

04.05.2023 14.10h

(*)

A fotografia apresentada neste postal é também da minha autoria, capturada junto à praia fluvial do Alqueva junto a Monsaraz, e, tal como a fotografia apresentada no postal Solitude, também foi incluída nesta coletânea.

P.S. 

Quero agradecer ao Blogger Francisco Carita Mata, pois foi através da partilha no blog Aquém-Tejo, onde num dos seus postais  tomei conhecimento desta iniciativa que embora seja alheia ao próprio Francisco, a divulgou, e que também partilhei num dos postais da Cotovia e Companhia, para que o "nosso" Alentejo possa ser mais uma vez, uma inspiração, assim como a divulgação da cidade de Évora como capital da cultura para 2027, nesta iniciativa do ICE.

É também  ao Francisco Carita Mata, pelo incentivo e apoio, pois persistiu em me incentivar a participar e acreditar que era possível, que quero agradecer por este passo na aprendizagem, formalizado neste certificado de participação. 

Obrigada caro Francisco! Saúde e Paz!

Screenshot_2023-05-04-14-43-56-166-edit_com.androi

P.S. 2

Partilho também a alteração feita ao poema inicial, para memória futura  ;)

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