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{Cotovia} e Companhia

Olá Pessoas! Bem-vindas ao blogue da Cotovia onde (m)ando {cotovia}ando! Sigam a cor deste vôo: "Nascemos poetas, só é preciso lembrá-lo. Saber é quase tudo. Sentir é o Mundo." @mafalda.carmona

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{Cotovia} e Companhia

22
Abr25

Instruções para desobedecer


Cotovia@mafalda.carmona

20250412_200421.jpg

 

Desobedecer 

 

Não aprendas o medo
com quem o semeia.
Não vistas o silêncio
que te impõem.

Não aceites a verdade
sem antes a procurar —
não te comprometas com ela
antes de a conhecer.

Não te instrumentalizes
em causa alheia.
Não te penalizes,
por quem te engana.

Desobedece
na persistência das árvores
que se inclinam
dão passagem ao vento
mas não partem sem a raiz.

Desobedece
com a clareza das crianças
quando dizem
isso não quero, isso não é justo.

Desobedece.
Sê diligente,
exercíta a criatividade.
Se for preciso gritar, grita.
até uma pedra lançada tem voz.
Sê quem escuta
mas não se verga.
Sê quem permanece
quando tudo cede.

Desobedece
porque é da tua condição
interrogar o mundo.
E resistir, dizer não, é belo.
É uma das flores da beleza,
um dos ramos da coragem.

@mafalda.carmona
12.04.2025 | 09:11 hras

A coragem de desobedecer é condição da resistência,
dizer não é um atributo da beleza.

#poesiaautoraportuguesa #poesiacontemporanea #resistirécriar #desobedecer #escreverpararesistir #palavracoragem #poesiaeética #vozesfemininas #mafaldacarmona #belezadonão

10
Jan25

Canção ao Futuro {Poema}


Cotovia@mafalda.carmona

IMG_20250105_184440.jpg

Canção ao Futuro

 

Sei que te amo,

e não tens disso consciência.

Não é preciso.

Permanece na tua inocência,

sem alarme, sem pressa,

sem que a vida te roube a leveza.

 

No meu amor, quero-te a salvo,

proteger-te do mundo,

preparar-te para a ideia do futuro,

que poderia ser belo,

mas tantas vezes se revela insano,

perverso, armadilhado.

 

Não quero a tua luz

para me engrandecer

ou fazer de mim alguém amado ou amável.

Peço apenas que a mantenhas acesa,

por ti, pela tua candura,

pelo riso contagiante

e a tua beleza singular.

És o ar da esperança.

Sem o fogo da tua existência,

extinguimo-nos.

 

E se nada consigo mudar,

nem ao mundo somar tranquilidade,

que te embalem palavras gentis,

não o compasso rombo da moral.

Que nunca te cerquem

os braços da tirania.

 

Quando chegar o teu tempo,

meu grande amor pequenino,

que encontres a leveza

e a plenitude da alegria,

férteis no que hoje falta:

respeito, harmonia, igualdade e paz.

 

Não é justo, isso eu sei.

És uma criança, nada pediste,

mas sem que eu mude,

e se para lutar for incapaz,

deixo uma lâmina nos teus ombros,

que nas tuas costas traça, indelével,

o peso insuportável da desumanidade,

da falta de liberdade,

da desonestidade,

a marca da desigualdade.

 

Também sei, sabemos,

carregamos a chama da culpa,

dessa que se apagará

sob a claridade do teu olhar.

 

@mafalda.carmona

03.01.2025

 

#poesia #poesiaautoral #poesiaportuguesa #literaturaportuguesa #escrita #amor #esperança #futuro #maternidade #poetascontemporâneos #poetasdeinstagram #versos #inspiração #cultura #portugal #artepoética #palavrasquecuram #reflexão

11
Abr23

Há Mar e Mar...

Poesia {@mafalda.carmona}


Cotovia@mafalda.carmona

IMG_20230411_081704.jpg

*... há ir e há voltar...

  • ou porque neste grande mar das palavras todos somos pescadores...ou porque é mais fácil fazer chorar do que fazer rir, mas o caminho da alegria está livre e o do pranto cheio de pedras, porque nem chorar nem rir tiram da frente a vontade de aprender a nadar nas ondas deste mar...ou ainda a propósito de aprender a navegar nas correntes deste oceano da imensidão da poesia, aqui deixo a minha pescaria deste dia, nesta minha vida de Cotovia:

 

Viagem

 

Tivera nascido h'je, e era poeta.

Ess'outra, sem marcas do passado,

Seguiria por caminho atapetado,

Longe do fado d'escrita pateta.

 

Mas aturdida e d'sassossegada,

Não percebe o tónico som da viagem,

O seu fim é o destino da vã miragem,

E o seu descompasso 'ma grande piada.

 

Com esperança e força de vontade,

Segue em frente com desvelo e paixão,

Nos braços da partilha e d'amizade.

 

Olh'á poesia escrita nas estrelas,

Estuda rima e divisão à exaustão,

Sonha com perfeições, vive sem elas.

 

Mafalda Carmona (11/04/23)

28
Mar23

1,9,6,8,50+4


Cotovia@mafalda.carmona

  • O título deste post parece uma previsão dos números para o totoloto, e, se forem estes os números do sorteio da próxima quarta-feira, algo vai mal! 

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Mal-me-quer foto de Mafalda Carmona 

Afinal o que se passa aqui, é que a Cotovia está a fazer um curso de poesia do poeta e escritor Ben Clark, coisa que está a fazer de forma muito lentificada, pois dá-se o caso de as asitas não estarem habilitadas para estes "enormes" voos, muito exigentes e mais adequados a outras espécies como as águias, gaviões e assim pássaros de porte para o grandote.

Mas, como nada pára esta Cotovia, haja saúde, lá vou devagar devagarinho fazendo os módulos e os exercícios propostos.

Comprometi-me a partilhar aqui o que for possível do meu percurso (no curso), sem faltar ao respeito devido ao Sr. Professor Ben, nem divulgar informação "sensível" do curso atentando contra o trabalho e conhecimento do senhor professor, autor do curso e dos materiais disponibilizados na plataforma onde colabora.

Foi assim que surgiu o "Meio Século", publicado ontem, sendo o segundo exercício do curso.

O primeiro foi escolher qualquer texto, poema, letra de música do agrado da Pessoa. Nesse caso escolhi a letra da música "Spirit" dos Waterboys. O segundo foi escolher 10 palavras com as quais nos identificassemos e com elas fazer uma apresentação em forma de poema, ou aquilo que entendessemos, para a partir daí, estudarmos as diferentes matérias.

Fiz a partilha dessa apresentação e recebi com muito alegria os vossos comentários, Pessoas!

Todas vós me levaram a reparar em fatores que podiam ser melhorados, e se bem que o Sr Professor Ben tenha falado nos poemas em formato Haiku, ainda não estou preparada para em 3 linhas conseguir usar 10 palavras de modo a fazerem sentido.

Assim, reescrevi o texto, tendo em atenção aquilo que intuí nos vossos comentários.

Os pontos em que trabalhei o poema inicial foram sobretudo a escolha das palavras para obter associações menos comuns (cliché, banais, frases feitas...difícil) ao mesmo tempo que expresso as ideias e sentimentos de forma precisa, com correção, o tal equilíbrio entre a razão e a emoção, e a métrica da rima, por isso tive o cuidado de usar rima consonante alternada com rima dissonante, e tentei ao máximo que tivesse versos de 10 sílabas métricas (parte complicada, agora é que percebi o que tenho uma pronúncia estranha e a minha cadência não ajuda a divisão), bem como a estrutura que alterei para 7 quadras para tentar melhorar a dinâmica. Eliminei os algarismos que aparecem agora apenas no título (notei uma certa perturbação no 100).

O exercício seguinte será manter o espírito do texto, do tema e da mensagem, mas escrever o poema nos diferentes formatos de soneto, sistina, haiku e villanelle (?!) Se a Cotovia esticar a patita de exaustão e frustração ficam claramente informados sobre as razões do colapso... 

E se isso acontecer, a culpa além de morrer solteira, é, também do sudoku, pois não consigo fazer um para amostra, e como é preciso exercitar os neurónios e os circuitos cá dentro deste cérebro, vamos fazendo estas experiências poéticas, tentando manter a alegria inicial deste processo de aprendizagem, enquanto testo a vossa paciência... e a do professor!

Ainda assim, como auto-critica de pontos fracos, sei que poderia apresentar mais ousadia em termos de vocabulário ou formato, que é tradicional, com estrofes de quatro versos, mas não perdem por esperar, nem eu que ainda não percebi que é isto da sistina e villanelle que só me remete para a Cruelle de Ville e seus 101 dálmatas, por isso não sei se a Sistina não será a ajudanta do mal da Cruela, e fiquei apreensiva em relação aos módulos seguintes.

Assim hoje partilho a versão "atual" do "Meio século" ou "50+4 =68" ou rebatizado: 

 

50 e 4 {Cinquenta e Quatro}

 

Nasci em 68 nos tempos de revolução,

Cinco décadas se passaram, desde então.

Entre prisão e liberdade, foi esse o destino,

Com profissão e maternidade, fiz o caminho.

 

Agora, sou feliz, dia a dia como cotovia 

Refletir e viver em comunidade com alegria.

Onde paz, amizade e partilha dão o mote,

O entusiasmo marca cada uma das vozes.

 

A vida é uma canção, e a cada dia,

Há nova nota e diferente harmonia.

Tem eco e toca em cada coração

Celebra a nossa humana condição.

 

O tempo passa, mas aqui fica a memória

Que permanece viva, e conta uma história.

Um legado deixado para futuras gerações,

Terão depois as suas próprias evoluções.

 

Com sorte, aprenderei a ser mais forte,

A transformar os desafios em suporte.

Sigo em frente, pelo tempo que Deus quiser,

Com a coragem de quem sabe agradecer.

 

O futuro é incerto, mas isso não me cala,

Viverei cada momento, sem perder a fala.

Com muita determinação amarei... felizmente

A morte é a conclusão, até lá, é... Presente!

 

Porque o presente é a vida que se gasta,

E é quem está, e o amor que se renova.

É estarmos juntos a cada dia que passa,

Para construir a nossa futura esperança.

 

Mafalda Carmona (28/03/23)

perfil.jpg

P.S.

Esta foto é para a Srª Presidente do sindicato de que, honrosa e voluntariamente,  sou Vice, para se atualizar a foto do cartão em condições! (nota: fotografia actualizada em Outubro 2023)

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{Cotovia} em Colectânea

Sinopse A Coletânea “ERA UMA VEZ…ALENTEJO” é uma obra que inclui poemas, fotografias, ou obras artísticas originais cujo tema e foco principal seja o Alentejo, e está abrangida no projeto europeu “Antologias Digitais”. Tendo a cidade de Évora sido recentemente nomeada Capital Europeia da Cultura 2027, faz todo o sentido homenagear não só a cidade como também toda a beleza circundante e riqueza cultural da região, e observar as maneiras como estas inspiram as pessoas de vários pontos do globo. Autor: Vários Formato: pdf Edição: 08.05.2023 Ilustração capa e contracapa: Ana Rosado; Vítor Pisco Editora Recanto das LetrasBaixar e-book

{Cotovia} em Antologia

Sinopse Aquilo que temos vindo a testemunhar desde 20 de fevereiro de 2022, provoca em nós sentimentos complexos, melhor expressados através da arte. Esta antologia recolhe estes sentimentos, e distribui-os para quem neles se reconforta e revê. Para o povo ucraniano, fica a mensagem de acolhimento, não só em tempos de crise, mas sempre. Porque é difícil expressar a empatia por palavras, mas aqui fica uma tentativa, por 32 autores, nacionais e internacionais. Autor: Instituto Cultural de Évora Formato: pdf Edição: 14.08.2023 Ilustração capa e contracapa: Ana Rosado Editora Recanto das Letras

{Apoio à Vítima}

A APAV tem como missão apoiar as vítimas de crime, suas famílias e amigos, prestando-lhes serviços de qualidade, gratuitos e confidenciais. É uma organização sem fins lucrativos e de voluntariado, que apoia, de forma qualificada e humanizada, vítimas de crimes através da sua Rede Nacional de Gabinetes de Apoio à Vítima e da sua Linha de Apoio à Vítima – 116 006 (dias úteis: 09h – 21h). Aquando de um crime, muitas pessoas, para além da vítima directa, serão afectadas directa ou indirectamente pelo crime, tais como familiares, amigos, colegas. A APAV existe para apoiar. Os serviços da APAV são GRATUITOS e CONFIDENCIAIS.

{Notícias Sobre a Ucrânia}

A UE condena com a maior veemência a agressão militar não provocada e injustificada da Rússia contra a Ucrânia. Trata-se de uma violação flagrante do direito internacional, incluindo a Carta das Nações Unidas. Apelamos à Rússia para que cesse imediata e incondicionalmente todas as hostilidades, retire o seu pessoal militar e equipamento de todo o território da Ucrânia, no pleno respeito pela soberania, independência e integridade territorial da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas. A UE apoia os princípios e objetivos fundamentais da fórmula de paz da Ucrânia enquanto via legítima e credível rumo a uma paz global, justa e duradoura.
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